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Migração

Agências (ca)19 de novembro de 2008

Relatório sobre migração dentro da UE aponta aumento da oferta de emprego no bloco em 2007. A tendência, no entanto, deverá se reverter. Espanha, Alemanha e Reino Unido foram os países preferidos pelos migrantes.

UE quer fim das restrições a trabalhadoresFoto: AP

O comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, o tcheco Vladimir Spidla, solicitou à Alemanha, Áustria, Bélgica e Dinamarca que acabem com as barreiras impostas a trabalhadores dos países do Leste Europeu que ingressaram na União Européia (UE) em 2004.

Na terça-feira (18/11), ao apresentar em Estrasburgo um relatório sobre o movimento migratório após a ampliação da UE para o Leste, há quatro anos, Spidla advertiu que uma prorrogação das atuais restrições para além de 1° de maio de 2009 só seria possível se os países temessem "uma séria interferência no mercado de trabalho".

"Abrir o mercado de trabalho é uma boa sugestão", comentou Spidla, salientando que nenhum Estado europeu se arrependeu de ter recebido trabalhadores da Polônia, República Tcheca e de outros países que aderiram ao bloco em 2004.

Segundo o comissário, a imigração não causou o aumento do desemprego nem provocou a queda do nível salarial. Houve somente alguns "problemas colaterais" de moradia e vagas em jardins-de-infância, salientou o comissário tcheco.

Pacto de Imigração e Asilo

Comissário europeu Vladimir Spidla quer uma Europa abertaFoto: AP

No mais tardar até 1° de maio de 2011, o mercado de trabalho dos países da UE deverá estar completamente aberto para cidadãos da Polônia, República Tcheca, Hungria, Eslovênia, Eslováquia, Estônia, Letônia e Lituânia. A proibição da livre circulação dos trabalhadores da Bulgária e da Romênia, que aderiram ao bloco em 2007, poderá ser prorrogada, no entanto, até o final de 2013. Em outubro último, os 27 países-membros da UE aprovaram o Pacto de Imigração e Asilo que coordenará os fluxos migratórios dentro do bloco.

Segundo o relatório da UE sobre emprego, que também foi divulgado nesta terça-feira, mais de 2 milhões de pessoas dos países que entraram para o bloco em 2004 emigraram para a Europa Ocidental. Destes, 600 mil vivem na Alemanha. Apesar das restrições, a Alemanha é, depois do Reino Unido, o país da Europa Ocidental que mais recebeu imigrantes do Leste Europeu.

A diferença fundamental é que já antes da ampliação em 1° de maio de 2004 a Alemanha absorvera cerca de 480 mil cidadãos da região. O Reino Unido, que diferentemente dos outros países da UE abriu completamente seu mercado de trabalho, recebeu por volta de 550 mil pessoas da Europa Oriental desde 2004.

Arrefecimento da economia

Segundo o relatório da Comissão Européia, por volta de 1,6 milhão de romenos e búlgaros vivem na Europa Ocidental. A Alemanha recebeu 120 mil destes cidadãos. Espanha e Itália são os países do oeste europeu que acolheram o maior número de imigrantes da Romênia e da Bulgária, respectivamente 840 mil e 430 mil.

O governo alemão, no entanto, pretende prorrogar suas restrições, mas há muito tempo vem fazendo exceções para determinadas categorias profissionais. Isso permitiu que, em 2006, empresas dos novos países-membros enviassem 133 mil empregados para a Alemanha. O número de trabalhadores sazonais chegou a 300 mil, em 2007, 230 mil dos quais vieram da Polônia, segundo o Ministério alemão do Trabalho.

O relatório do órgão executivo da União Européia apontou ainda que, com exceção da Hungria, a oferta de trabalho cresceu no bloco em 2007 (65,4% de ocupação). O arrefecimento da economia deverá fazer com que esta oferta diminua no ano que vem, apontou o documento.

Espanha, Alemanha e Reino Unido

Espanha, Alemanha e Reino Unido foram os países preferidos pelos migrantes dentro da UE em 2006. Segundo o Departamento Europeu de Estatística, Eurostat, por volta de 803 mil pessoas emigraram para a Espanha, 558,5 mil para a Alemanha e 451 mil para o Reino Unido.

Os alemães, por sua vez, também emigraram. Em 2006, por volta de 194 mil cidadãos da Alemanha procuraram trabalho no estrangeiro. Para os países da UE, deslocaram-se 90 mil alemães. Áustria e Holanda foram os principais países de destino.

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