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UE e EUA não chegam a acordo sobre isenção de tarifas

10 de março de 2018

Comissária europeia se reúne com responsável americano, mas afirma que não obteve clareza sobre procedimento de isenção das taxas sobre aço e alumínio. Também Japão pressiona para ficar de fora.

Cecilia Malmström, Robert Lighthizer e Hiroshige Seko em Bruxelas
Cecilia Malmström se reuniu em Bruxelas com Robert Lighthizer e Hiroshige SekoFoto: Getty Images/S. Lecocq

A comissária europeia de Comércio, Cecilia Mälmstrom, disse neste sábado (10/03) que a União Europeia (UE) continua sem ter clareza sobre o processo de isenção nas tarifas dos Estados Unidos sobre aço e alumínio e que continuará negociando na próxima semana.

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"Não houve clareza imediata no procedimento exato dos EUA para estar isento das medidas anunciadas, portanto as discussões continuarão na semana que vem", afirmou Mälmstrom no Twitter, depois de uma reunião em Bruxelas com o responsável americano de Comércio Exterior, Robert Lighthizer.

A UE considera que, dada a "estreita relação de parceria em segurança e comércio" que tem com os EUA, deveria se beneficiar de uma isenção das tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio, confirmadas esta semana pelo presidente americano, Donald Trump, e que entrarão em vigor dentro de duas semanas.

"Tive uma discussão franca com a parte americana sobre o grave assunto pendente das tarifas sobre o aço e o alumínio", afirmou a comissária após o encontro, do qual também participou o ministro da Economia, Indústria e Comércio do Japão, Hiroshige Seko. Também ele pressionou para que o país seja excluído da aplicação das tarifas.

Inicialmente apenas México e Canadá foram isentos, mas Trump afirmou que poderia considerar novas exceções para países aliados e anunciou que está sendo estudada a possibilidade de eximir a Austrália.

A UE manifestou que não fará concessões comerciais nem de outro tipo para conseguir uma isenção e advertiu que, se as tarifas forem adiante, está pronta para responder em menos de 90 dias com suas próprias tarifas e salvaguardas e um recurso na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Calcula-se que o impacto das tarifas será de 2,8 bilhões de euros para os exportadores europeus, uma quantia que Bruxelas utiliza para calcular o impacto de sua resposta.

AS/efe/rtr

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