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União Europeia

19 de novembro de 2009

Cúpula extraordinária da União Europeia escolhe primeiro-ministro belga, Herman van Rompuy, e britânica Catherine Ashton para ocupar, respectivamente, os cargos de presidente e alto representante para Política Externa.

Van Rompuy e Ashton foram escolhidos em BruxelasFoto: picture-alliance/ dpa / DW-Montage

Em uma cúpula extraordinária realizada em Bruxelas nesta quinta-feira (19/11), os líderes dos 27 países-membros da União Europeia (UE) indicaram o primeiro-ministro belga, Herman van Rompuy, para o cargo de presidente da UE.

A atual comissária europeia de Comércio, a britânica Catherine Ashton, foi escolhida para ocupar o cargo de alto representante para Política Externa do bloco. Ashton também ocupará o posto de vice-presidente da Comissão Europeia.

Longa carreira política

O primeiro-ministro belga foi apoiado pelos líderes da Alemanha, França, Reino Unido e Itália, as maiores economias da UE.

Eleito primeiro-ministro da Bélgica em 2008, Van Rompuy já era o nome favorito para ocupar a presidência da União Europeia. O democrata-cristão belga de 62 anos tem uma longa carreira política em seu país, tendo ocupado postos como o de presidente do Parlamento belga e ministro do Orçamento.

Como primeiro-ministro, ele conseguiu acalmar a tensão entre as comunidades de Flandres e da Valônia que provocou uma crise política de mais de um ano e meio. Quando era ministro do Orçamento, entre 1993 e 1999, Van Rompuy conseguiu diminuir a dívida orçamentária recorde de seu país.

Baronesa Ashton de Upholland

Catherine Ashton, por sua vez, foi indicada pelo Partido Socialista Europeu (PSE). Depois de aceitar que o ex-premiê britânico Tony Blair não tinha chances na disputa à presidência, o atual primeiro-ministro britânico Gordon Brown apoiou a candidatura de Ashton para o posto de chefe da diplomacia europeia ainda no início da cúpula.

Em 1999, Catherine Ashton tornou-se membro da Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento do Reino Unido, com o nome de Baronesa Ashton de Upholland. Em 2007, foi eleita presidente da Câmara dos Lordes, onde lutou pela aprovação do Tratado de Lisboa.

No ano passado, Ashton foi nomeada comissária europeia de Comércio. Embora bastante experiente em assuntos internos, a política britânica de 53 anos não tem quase nenhuma experiência em política exterior.

Extensa seleção de candidatos

A lista de prováveis candidatos à presidência do bloco também incluía o ex-premiê italiano Massimo D'Alema; a presidente da Letônia, Vaira-Freiberga; o chefe de governo de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, e o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.

Considerado um dos fortes candidatos a presidente da UE, o primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende, se retirou no início da cúpula da corrida para o cargo.

Além dos postos de presidente e alto representante para Política Externa, a cúpula confirmou o francês Pierre de Boissieu no cargo de secretário-geral do Conselho da UE, o cargo administrativo mais importante em Bruxelas.

A criação dos novos cargos é fruto do Tratado de Lisboa, que entra em vigor a partir de 1º de dezembro deste ano.

JBN/dpa/rtrs/lusa/afp

Revisão: Carlos Albuquerque

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