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PolíticaBelarus

UE, EUA e Reino Unido impõem sanções a Belarus

3 de dezembro de 2021

Países e União Europeia acusam regime de Lukashenko de usar migração ilegal como arma, violar direitos humanos e ignorar normas internacionais. Alvos são entidades, empresas e membros do governo belarusso.

Presidente Alexander Lukashenko em trajes militares, acompanhado de generais, bate continência em desfile militar. Sanções têm entre os alvos membros do governo de Lukashenko (c.), empresas aéreas e entidades
Sanções têm entre os alvos membros do governo de Lukashenko (c.), empresas aéreas e entidades de BelarusFoto: Getty Images/AFP/S. Gapon

A União Europeia (UE), os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá impuseram nesta quinta-feira (02/12), em ação conjunta, novas sanções contra Belarus, voltadas contra entidades e membros do governo do presidente Alexander Lukashenko, incluindo um de seus filhos.

As autoridades belarussas são acusadas de promover o contrabando de migrantes para a Europa, além de "ataques contínuos aos direitos humanos e liberdades fundamentais em Belarus, desprezo às normas internacionais e repetidos atos de repressão”, afirma a declaração conjunta dos três países e da UE.

Na declaração, eles exigem que Lukashenko "cesse imediata e completamente sua orquestração de imigração ilegal através de suas fronteiras com a UE”. A União Europeia acusa o regime belarusso de encorajar ou até forçar grupos de migrantes a tentaram atravessar as fronteiras do país com a Polônia, Lituânia e Letônia.

"Convocamos o regime a libertar incondicionalmente e sem atrasos os quase 900 prisioneiros políticos, e encerre sua campanha de repressão”, diz o texto.

Diplomatas europeus decidiram impor a quinta rodada de sanções contra 17 pessoas e 11 entidades ou empresas acusadas de envolvimento no contrabando de migrantes. As medidas punem vários comandantes militares belarussos envolvidos em conflitos na região de fronteira.

Empresas aéreas e personalidades

A UE também sancionou as empresas aéreas Belavia, de Belarus, e Cham Wings, da Síria. Ambas são acusadas de ajudar a trazer pessoas para Belarus e agravar a crise migratória europeia.

Também foram atingidas empresas estatais de viagens, além de juízes, promotores e pessoas da mídia associadas à repressão política e disseminação de desinformação.

O Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a 20 indivíduos e 12 entidades, e restringiu a comercialização de parte da dívida soberana de Belarus por entidades americanas. Além do filho de Lukashenko, as punições atingem autoridades de segurança de alto escalão, empresas que lidam com a defesa e uma grande exportadora de fertilizantes.

O governo americano afirmou que as sanções punem o "contrabando e vitimização de migrantes”.

"As ações de hoje demonstram nossa determinação inabalável de agir frente a um regime brutal que reprime cada vez mais os belarussos, mina a paz e a segurança na Europa e continua a abusar de pessoas que buscam somente viver em liberdade”, disse em nota o Secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Uma das ações adotadas pelo Reino Unido foi congelar os bens da estatal belarussa Ojsc Belaruskali, uma das maiores produtoras de fertilizantes do mundo.

"Essas sanções continuam a atingir importantes fontes de renda do regime de Lukashenko e colocar restrições severas aos responsáveis por alguns dos mais graves atos antidemocráticos em Belarus”, disse a ministra britânica do Exterior, Liz Truss.

O Canadá impôs restrições a 20 indivíduos e 12 entidades.

rc (Reuters, DPA, AFP)

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