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UE exige mais estabilidade na América Latina

Marion Andrea Strüssmann17 de maio de 2002

A União Européia exigiu maior estabilidade econômica e política na América Latina como condição para o incremento de acordos comerciais.

Presidente da UE, Jose Maria Aznar (d), e da Comissão Européia, Romano ProdiFoto: AP

No encontro de cúpula das duas regiões, em Madri, nesta sexta-feira (17), o primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar, que ocupa a presidência rotativa da UE, disse que as reformas na América Latina são imprescindíveis para contornar erros do passado e garantir tanto a democracia quanto o liberalismo econômico.

No primeiro dia da 2ª Cúpula União-Européia-América Latina e Caribe, os 48 países participantes manifestaram desejo de incrementar as transações comerciais entre ambos continentes.

Chefes de Estado e de governo de quinze países da União Européia e de 33 da América Latina e do Caribe participam do encontro de cúpula. O presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, presente à cimeira de dois dias, salientou que seu país almeja aprimorar as relações comerciais com a UE: "Estamos tentando dar um novo impulso para a nossa parceria."

O comissário das Relações Exteriores da União Européia, Chris Patten, acredita que a união entre as nações participantes é essencial. "A única possibilidade de transpor barreiras econômicas e políticas é através da cooperação", salientou Patten, nesta terça-feira, em Madri.

Associação com o Chile -

Os países da América Latina e do Caribe esperam que a União Européia ofereça facilidades econômicas. Neste sentido, a UE firmou um acordo de associação com o Chile, concedendo isenções e reduções de taxas no montante de 8,6 bilhões de euros. Um acordo parecido foi firmado há dois anos com o México. A intenção é fechar acordos deste tipo com outros países latino-americanos.

Temor -

A UE ainda teme que a instabilidade na América Latina possa interferir nas negociações transnacionais. A Argentina afundou em uma grave crise econômica, a Venezuela enfrenta conflitos políticos enquanto a guerra civil na Colômbia ainda perdura. Frente a essas realidades, a UE espera a adoção de novas reformas políticas e econômicas antes que ocorra de fato um maior avanço nos acordos comerciais entre a Europa e América Latina.

Relações comerciais -

O volume de comércio entre a União Européia e a América Latina duplicou nos últimos dez anos. As exportações da UE para a região somam 54,4 bilhões de euros e as importações 48,8 bilhões de euros.

O encontro em Madri é o segundo do gênero. O primeiro aconteceu em 1999, no Rio de Janeiro. Na ocasião, os países optaram por manter uma parceria estratégica, de fomento aos direitos humanos e a estabilidade local, bem como lutar peloa criação de uma zonas de livre comércio.

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