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Igualdade x Discriminação

(sv)1 de fevereiro de 2007

Conferência em Berlim discute a igualdade de direitos no continente e os perigos da discriminação nos 27 países que formam o bloco.

Foto: Illuscope

Durante dois dias, cerca de 500 pessoas – entre estas empresários, políticos, sindicalistas e representantes da sociedade civil – estão reunidas na capital alemã, com o objetivo de definir medidas de combate à discriminação nos países da União Européia. A Comissão Européia declarou 2007 como "o ano europeu da igualdade".

Segundo pesquisas de opinião, a maioria dos europeus acredita que minorias são com freqüência discriminadas no bloco, seja pela origem étnica, cor da pele, preferência sexual ou religião. No entanto, as enquetes apontam uma sensível falta de interesse da população, quando se fala em estabelecer medidas de combate a tais discriminações.

A Polônia é um exemplo típico. "Acho uma pena que não haja um debate público em função da falta de informação das pessoas em relação às leis e à forma de aplicá-las. Mesmo instituições públicas não estão aptas a fazer isso", diz a ativista Danuta Woidat.

"Suspeitos" por princípio

Polêmica em relação ao uso do véu muçulmanoFoto: AP

A Comissão Européia acredita que a discriminação é o principal fator que impede a integração de minorias na sociedade. Um problema que afeta, acima de tudo, as comunidades muçulmanas na Europa, cujos membros são vistos com freqüência como "suspeitos" desde os atentados do 11 de setembro.

"Nossa principal preocupação em relação à islamofobia é a sociedade em geral. Na Áustria, preferimos não apelar para as instâncias jurídicas, pois aprendemos com as experiências negativas na Alemanha", diz Taraffa Barajahi, membro do Conselho Austríaco dos Muçulmanos. Barajahi refere-se aos casos levados à Justiça na Alemanha, em que professoras reivindicavam o direito de dar aulas usando o véu muçulmano.

Posição retrógrada

Ursula von der Leyen, ministra alemã da FamíliaFoto: AP

A ministra alemã da Família, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE pode, mais do que nunca, aproveitar as vantagens da diversidade cultural existente entre os 27 países-membros, onde os riscos de discriminação de idosos, mulheres e migrantes são enormes.

"Há ainda muito menos mulheres em posições de liderança, no empresariado e em instituições de pesquisa. Elas muitas vezes recebem salários mais baixos, mesmo quando o trabalho é o mesmo que o executado por colegas do sexo masculino. E as tarefas de cuidar de crianças ou idosos continuam principalmente nas mãos das mulheres", aponta a ministra.

Além disso, a Alemanha não ocupa posições nada progressistas no ranking europeu de mulheres economicamente ativas: o sétimo lugar, considerando o leque de mulheres entre 15 e 59 anos, e o 16°, quando se analisa o índice de mães que exercem uma atividade profissional. "Isso mostra o quanto temos que melhorar", alerta Von der Leyen.

Diversidade cultural

Em 2007, "o ano da igualdade de oportunidades", a UE irá destinar 25 milhões de euros para projetos locais e regionais que combatem qualquer tipo de discriminação. Entre outros, serão distribuídos prêmios entre empresas e instituições públicas que promovam ativamente a diversidade cultural. Nas escolas dos países do bloco, serão desenvolvidos concursos com lemas afins.

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