A União Européia conclamou a população do Quirguistão a manter a calma e renunciar à violência na revolução em curso na ex-república soviética, que faz fronteira com Cazaquistão, China, Tadjiquistão e Uzbequistão.

"É preciso que, depois da tomada do poder, os quirguizes se comportem de forma responsável para restabelecer a ordem jurídica", disse o encarregado da política externa e de segurança da UE, Javier Solana.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) lamentou os saques ocorridos desde esta quinta-feira (24/03), quando cinco mil manifestantes tomaram as ruas da capital Bishkek. O protesto culminou com um intenso confronto com a polícia, a invasão da sede do governo, e a expulsão de vários ministros e outras autoridades do local.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, pediu a realização de novas eleições, já que o pleito de 27 de fevereiro passado foi considerado fraudulento pelos EUA e a UE. Na ocasião, os parlamentares oposicionistas perderam várias cadeiras no Parlamento, o que foi o estopim da revolta popular no Quirguistão.