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UE pede rapidez na saída do Reino Unido

24 de junho de 2016

Autoridades de Bruxelas pedem agilidade no processo de separação para evitar atrasos que "só prolongariam desnecessariamente a incerteza" e não querem esperar até que Reino Unido tenha um novo primeiro-ministro.

Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker
Foto: picture-alliance/dpa/W. Dabkowski

As principais autoridades da União Europeia (UE) pediram nesta sexta-feira (24/06) rapidez no processo de separação do Reino Unido. Em comunicado, os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Conselho Europeu, Donald Tusk, do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e da presidência rotativa da UE, Mark Rutter, afirmaram que atrasos só elevam a incerteza.

Divulgado após a decisão britânica de deixar o bloco, o texto lembra que o processo deverá ser doloroso, mas deve ser posto em andamento o mais rápido possível para evitar atrasos "que só prolongariam desnecessariamente a incerteza".

Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido deve sair da União Europeia, com 51,9% dos votos a favor, no referendo desta quinta-feira (23/06), cuja participação chegou a 72,2%.

Pouco depois do anúncio do resultado, o primeiro-ministro David Cameron anunciou sua renúncia em outubro. Ele também afirmou que é pouco provável que as ações para a saída do bloco sejam tomadas antes disso.

A UE, porém, não quer esperar até lá. A expectativa de que as ações sejam agilizadas é compartilhada pelos ministros do Exterior do bloco, que se encontraram nessa sexta-feira em Luxemburgo. Eles preparam uma reunião entre os líderes dos países-membros na próxima semana.

Comunicado sugere que Reino Unido dê o próximo passo

No comunicado, os líderes se disseram "prontos para iniciar rapidamente as negociações com o Reino Unido sobre os termos e condições da sua retirada" e mencionaram o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que prescreve as regras para sair do grupo.

Juncker, Tusk e Schulz afirmaram ainda que esperam que o Reino Unido venha a ser um parceiro próximo da UE. As propostas, no entanto, devem ser apresentadas pelos britânicos. "Qualquer acordo que venha a ser concluído com o Reino Unido como país terceiro terá que refletir os interesses de ambas as partes e ser equilibrado em termos de direitos e obrigações", afirmaram.

"Num processo livre e democrático, o povo britânico expressou o seu desejo de sair da União Europeia. Lamentamos esta decisão, mas a respeitamos", destacaram os presidentes.

Ministros têm pressa

"Há urgência e não há tempo a perder. Qualquer período de incerteza pode ser prejudicial", afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, que acrescentou ainda que a "coesão e estabilidade" da Europa estão em risco.

O ministro do Exterior da Eslováquia, Miroslav Lajcak, disse que a UE "não pode se dar o luxo de esperar até que o Partido Conservador britânico tenha um novo líder". A Eslováquia assume a presidência rotativa da UE na próxima semana, em substituição à Holanda.

Já o ministro tcheco, Lubomir Zaoralek, apontou que o bloco tem outros problemas urgentes, como a crise de imigração, para lidar.

TAM/lusa/dpa/ap

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