Bloco europeu quer reduzir a dependência do dinheiro de Pequim. Mas em meio à turbulência da guerra na Ucrânia e a demandas tecnológicas, muitos questionam essa atitude.
Anúncio
A coalizão de governo da Alemanha está considerando permitir que a gigante estatal chinesa de transporte marítimo Cosco assuma uma participação num terminal portuário de Hamburgo, revelaram fontes do governo à agência de notícias Reuters nesta terça-feira (25/10).
A Cosco originalmente planejava adquirir uma participação de 35% no terminal da empresa de logística HHLA em Hamburgo. Um meio-termo, supostamente defendido pelo chanceler federal alemão, Olaf Scholz, seria Berlim aprovar a venda para a Cosco de 24,9% de um de seus quatro terminais de contêineres. Contudo, os ministérios alemães da Economia e do Exterior desaconselham o negócio, mesmo com as modificações.
China é "rival com visão alternativa"
Essa proposta vem depois de os líderes da UE terem concordado que a China deveria ser vista principalmente como uma rival que promove "uma visão alternativa da ordem mundial". Na semana anterior, os 27 líderes discutiram maneiras de reduzir a dependência em relação à China quanto a equipamentos de tecnologia e minerais usados na fabricação de microchips, baterias e painéis solares. Mas em nível nacional e entre especialistas, as opiniões estão divididas obre a melhor forma de agir.
"A China não vai desaparecer. Pelo contrário, vai se tornar cada vez mais importante", avalia Martin Jacques, um dos principais especialistas globais em China e membro da diretoria do Instituto para China da Universidade de Fudan, em Xangai: "A Europa precisa de uma estratégia informada sobre isso, em vez de uma resposta automática a fatores de 'segurança', que pode ser uma frase genérica para dizer 'não'", disse à DW.
Alguns analistas fazem precisamente essa conexão estratégica entre interdependência econômica questões de segurança. "Podemos esperar níveis crescentes de assertividade chinesa – sobretudo se sua economia não se recuperar – e tentativas crescentes para instrumentalizar as dependências comerciais existentes da Europa", prevê Matej Simalcik, diretor executivo do Central European Institute of Asian Studies (Ceias), think tank sediado em Bratislava, Eslováquia.
Ruslan Stefanov, do think tank búlgaro Centro para o Estudo da Democracia (CSD) acredita que a UE deve aprender com sua experiência com a Rússia, em que, liderado pela Alemanha, o bloco "caiu como um sonâmbulo na armadilha de Putin". "A Europa aumentou sua dependência do gás russo mesmo após a invasão da Crimeia em 2014. Mas as empresas que saem da Rússia estão agora correndo para investir na China."
Investimentos em queda
A aquisição pela Cosco do Porto de Pireu, na Grécia, em 2016, foi o pico do investimento chinês na UE, com 44,2 bilhões de euros (R$ 230 bilhões) fluindo naquele ano, incluindo uma participação na montadora francesa PSA. O investimento chinês no bloco caiu entre 2016 e 2020, em parte devido à pressão de Donald Trump sobre aliados estrangeiros para evitar cooperação com a China.
Mas em 2021 houve uma breve recuperação, segundo a consultoria EY, com o investimento direto da China na UE e Reino Unido aumentando 17%, para 10,6 bilhões de euros, contra 7,9 bilhões de euros em 2020.
O aumento foi dominado pela aquisição da Philips por 3,7 bilhões de euros pela empresa de capital privado Hillhouse Capital, sediada em Hong Kong. A atividade no setor automotivo foi impulsionada principalmente pelos investimentos chineses em baterias para veículos elétricos. Esses dois setores somaram 59% do investimento total. Os três maiores setores seguintes foram saúde, farmacêutico e biotecnologia, tecnologia da informação e comunicação, e energia.
Desaceleração
As razões para a desaceleração incluem o aumento do investimento doméstico do governo chinês como parte de sua chamada política "2025 Made in China", que visa posicionar o país como potência tecnológica global. A segunda maior economia do mundo também foi prejudicada por controles de capital rígidos, redução de estímulos financeiros e as restrições ditadas pela covid-19.
Do lado europeu, as aplicações econômicas diretas chinesas foram desaceleradas por mecanismos de triagem introduzidos para pesar os riscos de segurança nacional desses investimentos. Isso está em parte ligado ao medo de uma disseminação de "capital corrosivo", ou seja, fontes externas de financiamento que carecem de transparência, responsabilização e orientação para o mercado.
"Os mecanismos de triagem de investimentos da UE ainda examinam as transações dos EUA com intensidade muito maior do que as provenientes da China", afirma Eric Hontz, diretor do Center for Accountable Investment em Washington: "Precisamos entender melhor os fluxos de capital [da China], os verdadeiros proprietários beneficiários das empresas e a estrutura legal e seus riscos na origem do investimento."
Segundo a EY, as empresas chinesas estão cada vez mais participando de financiamentos de capital de risco, o que torna difícil a coleta de dados. A Datenna, empresa holandesa que monitora os investimentos chineses na Europa, descobriu que 40% dos 650 dessas aplicações 2010 e 2020 tiveram "envolvimento alto ou moderado de empresas estatais ou controladas pelo Estado".
Anúncio
Pequenas empresas em foco
É improvável que a próxima fase do investimento chinês em infraestrutura na UE se pareça com as anteriores, num momento em que Pequim cada vez mais procura empresas menores, na tentativa de se manter abaixo do radar da triagem europeia.
De acordo com a consultoria de tecnologia e empresa de investimentos GP Bullhound, com sede em Londres, a Tencent foi a investidora chinesa mais ativa na Europa no fim de 2021. Cinco em cada seis negócios realizados envolvendo tecnologia de financiamento europeia foram feitos pelo conglomerado de tecnologia, incluindo investimentos na plataforma de pagamentos francesa Lydia, na empresa alemã Billie e na firma polonesa de software de jogos Gruby Entertainment.
Os setores mais atraentes para o investimento de capital de risco da China na Europa são biotecnologia, tecnologia limpa, tecnologia de financiamento, comércio eletrônico, jogos e inteligência artificial. Em 2021, os fundos chineses de capital de risco e criptomoedas mais que dobraram seu financiamento na Europa para um nível recorde de 1,2 bilhão de euros, concentrados principalmente no Reino Unido e na Alemanha. Outra maneira de evitar a triagem da UE é o investimento greenfield, ou seja, a construção de centros de pesquisa e desenvolvimento e a parceria com universidades europeias.
UE dividida ou unida?
Seja qual for a decisão da UE, alguns avalistas se preocupam com a falta de unidade dentro do bloco sobre como lidar com o impulso investidor da China. Eric Hontz acha que a China está "escolhendo vencedores e perdedores" para exercer pressão econômica significativa, causando atrito entre os países-membros da UE. "Se trocarmos o gás produzido na Rússia por energia solar e eólica produzida na China, onde vai parar a Europa?"
Então, como a UE deve fazer negócios com a China? "Em uma palavra: com cuidado", destaca Hontz, acrescentando que a UE precisa reconhecer que esta não é a China de 15 anos atrás, e. "a aparente intenção de Xi não é maximizar a prosperidade do povo, mas aumentar o poder e a influência do Estado".
Martin Jacques adota uma perspectiva diferente, perguntando: o que resultou da rodada de experiência do investimento chinês até então? "Parece-me que o investimento da [montadora chinesa] Geely foi crucial para transformar a Volvo numa força cada vez mais competitiva. Muito melhor do que seu proprietário anterior, a Ford, que a estava levando para o fundo."
O ceticismo europeu em relação ao investimento chinês pode ser motivado por "uma nova guerra fria e mentalidade sinofóbica", especula Jacques. "Isso é para o bem ou para o mal? Eu diria pessoalmente para o mal. A Europa precisa agir independentemente dos EUA e ter sua própria maneira de pensar e se relacionar com a China."
O mês de outubro em imagens
O mês de outubro em imagens
Foto: CARL DE SOUZA/AFP/Getty Images
Caminhoneiros bolsonaristas bloqueiam estradas
Após a derrota de Bolsonaro na eleição presidencial, caminhoneiros bolsonaristas bloquearam estradas em ao menos 18 estados e no Distrito Federal para contestar o resultado. Ao menos 140 bloqueios foram registrados. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram os motoristas usando os caminhões para bloquear o trânsito ou fazendo barricadas com pneus queimados. (31/10)
Foto: Mateus Bonomi/AA/picture alliance
Lula é eleito presidente do Brasil
O social-democrata Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o segundo turno da eleição presidencial e impôs a primeira grande derrota para a extrema direita brasileira em quatro anos. O petista obteve 50,9% dos votos, contra 49,1% do atual presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL). A margem de Lula sobre Bolsonaro foi de pouco mais de dois milhões de votos. (30/10)
Foto: Lincon Zarbietti/dpa/picture alliance
Halloween trágico em Seul
Mais de 140 pessoas morreram durante um tumulto em uma festa popular de Halloween no distrito de Itaewon, em Seul. A maioria das vítimas era de jovens na casa dos vinte anos, entre estes, muitas mulheres. Pessoas eram pisoteadas enquanto a polícia enfrentava dificuldades para controlar a multidão. Calcula-se que 100 mil pessoas tenham comparecido ao bairro boêmio de Itaewon. (29/10)
Foto: Jung Yeon-je/AFP
Lenda do rock Jerry Lee Lewis morre aos 87 anos
Autor de "Great Balls of Fire" e "Whole Lotta Shakin' Goin' On" era o último sobrevivente da geração de Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard. Ele era conhecido por performances energéticas e pela rebeldia, e teve sua vida retratada do filme "A fera do rock", de 1989. Jerry morreu de causas naturais em sua casa no Mississipi, ao lado de sua sétima esposa. (28/10)
Foto: Francois Durand/Getty Images
UE firma acordo para banir motores a combustão até 2035
Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia chegaram a um acordo para a redução de 100% das emissões de CO2 geradas por motores a combustão até 2035. A medida, prevista no pacote de ações de combate às mudanças climáticas da UE, o chamado Fit for 55, eliminará a comercialização de automóveis e vans a gasolina ou diesel. (27/10)
Foto: Philippe Desmazes/AFP/Getty Images
40 dias da morte de Mahsa Amini
Forças de segurança iranianas abriram fogo contra manifestantes reunidos na cidade natal da jovem curda Jina Mahsa Amini para marcar os 40 dias de sua morte sob custódia policial, de acordo com um grupo de direitos humanos e vídeos verificados. Milhares se reuniram em Saqez, na província ocidental do Curdistão, para homenagear Amini ao fim do tradicional período de luto de 40 dias. (26/10)
Foto: UGC/AFP
Meloni faz primeiro discurso
A nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, conseguiu obter o voto de confiança da Câmara dos Deputados. Pouco antes, em seu primeiro discurso à Casa, ela tentou se distanciar do fascismo, disse que seu governo – o primeiro de extrema direita na Itália desde a Segunda Guerra Mundial – não se desviará dos valores democráticos e não pretende sabotar a União Europeia. (25/10)
Foto: Remo Casilli/REUTERS
O novo primeiro-ministro britânico
Rishi Sunak foi anunciado novo premiê britânico, depois que seu rival Boris Johnson desistiu da disputa. O filho de imigrantes indianos de 42 anos será o primeiro chefe de governo britânico a pertencer a uma minoria étnica. Ele é casado com Akshata Murty, filha de uma família bilionária da Índia. Sunak foi ministro das Finanças durante o governo Johnson. (24/10)
Foto: Kirsty Wigglesworth/AP/dpa
A hora e a vez do (outro) jacarandá
Enquanto a Europa treme antecipando um inverno de carência de combustível e altas contas de energia, no Hemisfério Sul o frio se despede. Em Joanesburgo, África do Sul, os arautos da primavera são as árvores de jacarandá em flor. Essa planta provém da América do Sul, mas não se deve confundi-la com o jacarandá-da-bahia, fonte de madeira de lei, que atualmente conta como espécie ameaçada. (23/10)
Foto: Michele Spatari/AFP
O retorno de Boris Johnson
Ex-premiê, que renunciou ao cargo há três meses, antecipou sua volta das férias na República Dominicana, dois dias depois de sua sucessora, Liz Truss, anunciar sua própria saída do governo. Aliados garantem que ele possui apoio suficiente para concorrer novamente ao posto de chefe do Executivo. (22/10)
Foto: Gareth Fuller/AP/picture alliance
Um conselho para o Conselho
Quando o Conselho da União Europeia reúne-se para a cúpula em Bruxelas, lá estão não apenas os 27 chefes de estado e de governo dos países do bloco, mas também muitos profissionais da mídia. Um bom momento para ativistas apresentarem as suas pautas. Como estes representantes de povos indígenas brasileiros, que demandaram que o ecocídio seja reconhecido como um delito criminal. (21/10)
Foto: Kenzo Tribouillard/AFP/Getty Images
Manhattan acorrentada
O artista americano Charles Gaines gosta de intervenções grandes: recentemente, ele colocou árvores inteiras de cabeça para baixo na Times Square, em Nova York. Agora, instalou correntes enferrujadas que rangem na Governors Island, com vista para Manhattan. O porto da metrópole americana já foi o centro do comércio de escravos, e a obra de arte tem o objetivo de nos lembrar disso. (20/10)
Foto: Shannon Stapleton/REUTERS
Uvas passas, vinho e muita espuma
No Raisin Weekend em Saint Andrews, na Escócia, os estudantes mais jovens querem agradecer os veterenos pela ajuda e aprendizagem com uma luta de espuma. Além da espuma, há presentes: no passado, um saco de uvas passas; hoje, geralmente uma garrafa de vinho. Seja com uvas passas ou vinho, todos se divertem. (19/10)
Foto: Russell Cheyne/REUTERS
Greve geral na França paralisa transportes e outros serviços
Uma greve nacional convocada por vários sindicatos na França causou paralisações nos transportes, suspensão de aulas e atingiu também os hospitais públicos. O ato visou pressionar o governo francês por aumentos salariais que acompanhem a inflação.
O tráfego regional de trens foi reduzido pela metade, e cerca de 10% dos professores do ensino médio não compareceram às salas de aulas. (18/10)
Foto: Alain Pitton/NurPhoto/picture alliance
Concordar e beber chá
Cerca de 2300 delegados estão participando do Congresso do Partido Comunista Chinês, em Pequim. Eles não têm nada a dizer, pois todas as decisões são tomadas com antecedência. Essa pequena multidão é usada principalmente como claque para a demonstração de poder do presidente Xi Jinping. Para passar o tempo, há chá para todos no Grande Salão do Povo. (17/10)
Foto: Thomas Peter/REUTERS
Armênia vista dos céus
Cerca de 20 balões de diversos países enfeitam no momento o céu da capital armênia, Erevan, e da cidade de Garni. Lá, se realiza o festival de balões de ar quente Discover Armenia from the Sky. Porém, não se trata simplesmente de flutuar colorido e elegante, há também uma competição: cada tripulação deve cumprir uma série de tarefas. A equipe vencedora é revelada no fim do festival. (16/10)
Foto: Karen Minasyan/AFP/Getty Images
Incêndio em prisão no Irã
Um grande incêndio ocorreu em uma prisão na capital iraniana, Teerã, após cinco semanas de protestos pela morte de Mahsa Amini sob custódia policial. Vídeos postados nas redes sociais mostram fumaça saindo da prisão de Evin, que abriga presos políticos e cidadãos com dupla nacionalidade. Tiros e gritos podem ser ouvidos ao fundo. Não ficou imediatamente claro como o incêndio começou. (15/10)
Foto: NNSRoj
Ativistas jogam sopa em pintura de Van Gogh
Duas ativistas do grupo climático Just Stop Oil jogaram sopa de tomate no quadro Girassóis, de Vincent Van Gogh, em um museu de Londres. A pintura não sofreu danos por estar protegida por um vidro. A polícia informou que as duas foram detidas, Em junho, outros ativistas do grupo colaram suas mãos na moldura de outra pintura de Van Gogh exposta em Londres. (14/10)
Foto: Just Stop Oil/PA/dpa/picture alliance
Autor do massacre de Parkland é condenado à prisão perpétua
Um júri da Flórida decidiu poupar o autor do massacre de Parkland da pena de morte. Nikolas Cruz, de 23 anos, deve ser sentenciado à prisão perpetua. Em 2018, ele matou 17 pessoas na escola Marjory Stoneman Douglas, na cidade de Parkland. O julgamento, que durou três meses, atraiu atenção da mídia americana, já que é raro que atiradores como Cruz sejam capturados com vida e julgados. (13/10)
Foto: picture alliance / ASSOCIATED PRESS
Assembleia-Geral da ONU condena anexações pela Rússia
A Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução condenando "a anexação ilegal" pela Rússia de quatro territórios da Ucrânia. A resolução foi aprovada por 143 votos a cinco. Apenas Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Nicarágua e Síria votaram contra. Houve ainda 35 abstenções. O Brasil, que vinha optando por se abster nas votações sobre a guerra na Ucrânia, desta vez votou a favor (12/10)
Foto: Bebeto Matthews/AP/dpa/picture alliance
Alemanha entrega moderno sistema antiaéreo à Ucrânia
A Alemanha entregou à Ucrânia o primeiro de quatro sistemas de defesa antiaérea Iris-T SLM. O sistema, considerado por alguns especialistas como um dos mais modernos do mundo, foi desenvolvido pela empresa alemã de armamentos Diehl Defense. Segundo a revista alemã "Der Spiegel", a entrega da primeira unidade à Ucrânia ocorreu na fronteira do país com a Polônia. (11/10)
Foto: Jens Krick/Flashpic/picture alliance
Ataques russos atingem Kiev e outras cidades ucranianas
A Rússia disparou mísseis contra cidades da Ucrânia matando civis. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os disparos foram uma resposta ao ataque dois dias antes contra a ponte que liga a Crimeia ocupada à Rússia. Pelo menos 11 pessoas morreram e 60 ficaram feridas nos ataques russos contra Kiev, Lviv, Dnipro e Kharkiv. A UE classificou as ações como "ataques bárbaros e covardes". (10/10)
Foto: Gleb Garanich/REUTERS
Partido de Olaf Scholz vence eleição na Baixa Saxônia
Eleitores do estado alemão da Baixa Saxônia foram às urnas para escolher o novo Parlamento local. O pleito era visto como um teste de confiança para o Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler federal, Olaf Scholz. De acordo com os prognósticos, o SPD foi o vitorioso, com 33,5% dos votos. Em seguida, vem a CDU, com 27,5%. Assim, o atual governador, Stephan Weil, deve seguir no poder. (09/10)
Foto: Bernd von Jutrczenka/dpa/picture alliance
Explosões destroem parte da ponte entre Rússia e Crimeia
Um grande incêndio afetou a ponte que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada ilegalmente por Moscou em 2014. O fogo começou após várias explosões violentas. A ponte rodoviária e ferroviária, construída por ordem de Vladimir Putin e inaugurada em 2018, é a única via ligando a Crimeia à Rússia, sendo usada para transportar equipamentos para as forças russas na Ucrânia. (08/10)
Foto: AFP/Getty Images
Ativistas de Belarus, Rússia e Ucrânia ganham o Nobel da Paz
O ativista de direitos humanos de Belarus Ales Bialiatski (foto), o grupo russo de direitos humanos Memorial e a organização ucraniana Centro para Liberdades Civis ganharam o Prêmio Nobel de Paz deste ano. O trio foi escolhido "pelo direito de criticar o poder" e por "denunciar crimes contra a humanidade. Atualmente, Bialiatski está preso em Belarus e pode nem saber que recebeu a honraria. (07/10)
Foto: Tatyana Zenkovich/EPA/dpa/picture alliance
Líderes da Europa se reúnem para demonstrar apoio à Ucrânia
Os chefes de Estado e de governo de 44 países da Europa que apoiam a Ucrânia se encontraram na República Tcheca, para transmitir ao mundo uma imagem de união em meio à reunião inaugural da Comunidade Política Europeia. Participam do encontro todos os estados-membros da União Europeia (UE), bem como Ucrânia, Reino Unido, Turquia, Armênia e Azerbaijão, entre outros. (06/10)
Foto: Leonhard Foeger/REUTERS
Simone Tebet declara voto em Lula no segundo turno
A senadora Simone Tebet (MDB) declarou apoio no segundo turno ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em contrapartida, o petista teria concordado em incorporar ao seu plano de governo propostas apresentadas por Tebet, em temas como educação, saúde e mulheres. A emedebista ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 4,2% dos votos. (05/10)
Foto: SERGIO LIMA/AFP
Com aval de Ciro, PDT anuncia apoio a Lula
O PDT anunciou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Logo após o anúncio, o candidato pedetista derrotado ao Planalto, Ciro Gomes, divulgou um vídeo confirmando seu apoio à decisão do partido. "Frente às circunstâncias, é a única saída", afirmou o ex-ministro no vídeo. (04/10)
Foto: Carla Carniel/REUTERS
Nobel de Medicina premia descoberta sobre a evolução humana
O biólogo sueco Svante Pääbo, de 67 anos, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina de 2022. De acordo com o anúncio feito pelos organizadores da premiação, o cientista foi agraciado por suas descobertas sobre o genoma de ancestrais humanos extintos e sobre a evolução humana. As descobertas de Pääbo foram fundamentais para o desenvolvimento da paleogenética. (03/10)
Foto: Christian Charisius/dpa/picture alliance
Bolsonaro e Lula disputarão segundo turno
Após uma campanha eleitoral tensa, o petista Luiz Inácio Lula da Silva obtém mais de 48% dos votos, contra 43% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Em discurso após a apuração dos resultados, Lula diz que o 2º turno será bom para debate direto com Bolsonaro. O presidente por sua vez, afirma que tentará convencer eleitores de que "a mudança que alguns querem pode ser pior". (02/10)
Datafolha e Ipec indicam que Lula tem vantagem de 14 pontos
As últimas pesquisas antes da eleição presidencial de 2022 apontam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode vencer em primeiro turno. O petista aparece com 50% dos votos válidos no Datafolha e 51% no Ipec. O presidente Jair Bolsonaro registra entre 36% e 37%. No dia que antecede o pleito, ambos participaram de eventos com apoiadores em São Paulo. (01/10)