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UE pune violência da polícia da moral do Irã com sanções

17 de outubro de 2022

Em resposta à violência contra manifestantes e à morte de Maha Amini, sanções da União Europeia abrangem proibição de entrada e congelamento de bens no bloco europeu. Teerã ameaça reações "imediatas".

Mulheres correndo em rua onde ocorre protesto popular
Desde a mory de Mahsa Amini, em 16 de setembro, sobretudo mulheres protestam nas ruas do IrãFoto: picture alliance/dpa

A União Europeia (UE) impôs nesta segunda-feira (17/10) sanções que atingem principalmente a polícia da moral do Irã, em resposta à morte de Mahsa Amini, de 22 anos, e à repressão brutal dos protestosnas últimas semanas no país. As milícias Basij, a Força Disciplinar e o comando de defesa cibernética do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, também são afetadas.

De acordo com o Jornal Oficial da UE, a polícia moral é acusada de violência ilegal contra mulheres que não cumprem as leis iranianas sobre o uso do hijab islâmico, bem como de violência sexual e de gênero. Ela também teria realizado prisões e detenções arbitrárias e usou força excessiva e tortura.

Além do chefe da polícia da moral, Mohammad Rostami Cheshmeh Gachi, e da Força Disciplinar Iraniana de Teerã, Hossein Rahimi, lista inclui outros membros da liderança de ambas as unidades e das Forças Armadas, assim como o ministro de Tecnologia da Informação e Comunicações, Issa Zarepour.

Da mesma forma, foi sancionado o comando da Defesa Cibernética do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, que segundo a UE monitora os sites, e-mails e a atividade na internet de cidadãos considerados opositores políticos.

Irã ameaça "reação imediata"

Em relação à morte de Mahsa Amini, o diário oficial afirma que a jovem de 22 anos foi detida arbitrariamente em 13 de setembro por supostamente não usar seu hijab adequadamente. Em seguida, foi levada para o quartel-general do vice-esquadrão para um "curso de educação e orientação". De acordo com relatos e testemunhas, foi brutalmente espancada e maltratada, o que acarretou sua morte em 16 de setembro. A polícia nega as acusações.

Após a morte de Amini, eclodiram protestos no Irã, contra os quais as forças de segurança empregaram repetidamente violência maciça. A UE acusou as milícias Basij de ferirem e matarem vários manifestantes, e por fim aplicou as atuais sanções.

Teerã vai "agir imediatamente de acordo com as decisões e medidas dos Estados-membros da UE", anunciou um porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores, tachando as novas sanções europeias de "não construtivas e irracionais".

rw/av (AFP,DPA)

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