UE se opõe ao cerco de Israel à Faixa de Gaza, diz Borrell
10 de outubro de 2023
Ampla maioria dos países europeus se diz contrária à suspensão da ajuda humanitária ao enclave. Biden anuncia reforço da ajuda militar dos EUA e lamenta mortes de americanos, enquanto Irã nega envolvimento nos ataques.
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O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou nesta terça-feira (10/10) que a maioria absoluta dos países do bloco é contrária à suspensão da ajuda humanitária à Autoridade Palestina, após o ataque sem precedentes do grupo terrorista Hamas a Israel há quatro dias, que deflagrou uma nova onda de violência na região.
Após o término de uma reunião de emergência realizada em Mascate, capital de Omã, nesta terça-feira, os ministros do Exterior dos 27 Estados-membros da UE pediram que Israel mantenha o fornecimento de água, alimentos e eletricidade ao território palestino.
"Israel tem certamente o direito de se defender, mas isso deve ocorrer de acordo com os princípios das leis humanitárias internacionais. Pedimos também a libertação dos reféns, assim como o acesso a água, alimentos e remédios, que devem também estar de acordo com as leis", disse Borrell.
"Algumas decisões [israelenses] foram contrárias às leis internacionais", criticou o diplomata. Os europeus, segundo afirmou, pedem "uma solução política que possa evitar de vez esse ciclo de violência."
Nesta segunda-feira, Israel ordenou um "cerco total" a Gaza, cortando o fornecimento de eletricidade, água, combustível e comida para o enclave, enquanto continua a realizar bombardeios sistemáticos contra alvos do Hamas em Gaza.
Desde sábado, foram centenas de incursões aéreas israelenses no enclave, espremido entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, habitado por pouco mais de 2 milhões de palestinos.
"Nem todos os palestinos são terroristas"
Borrell assegurou que o envio de ajuda financeira à Autoridade Palestina deve ser mantido e ocorrer sem atrasos e pediu a criação de "corredores humanitários para ajudar as pessoas que querem escapar dos bombardeios em Gaza" através da fronteira com o Egito.
"Nem todos os palestinos são terroristas", disse Borrell. "Uma punição coletiva contra todos os palestinos será injusta e improdutiva; contra nossos interesses e contra os interesses da paz." O diplomata europeu disse que o ministro do Exterior de Israel e seu homólogo palestino recusaram convite para participar da reunião com os ministros europeus.
Bruxelas retrocedeu de comentários feitos anteriormente pelo comissário para Ampliação e Política de Vizinhança da UE, o húngaro Oliver Varhelyi, que chegou a anunciar que todos os pagamentos do programa de desenvolvimento para os palestinos seriam imediatamente suspensos.
Entretanto, o Executivo da UE deu início a uma análise em caráter de urgência para averiguar se fundos enviados para o território palestino teriam sido desviados para o Hamas.
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Contagem de reféns e vítimas aumenta
Nesta terça-feira, a contagem de mortos do lado israelense já era de mais de mil, no pior ataque ocorrido nos 75 anos de história deste a fundação do Estado de Israel. Em Gaza, autoridades locais relataram 756 mortes.
Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que 1.500 mil corpos de terroristas do Hamas foram encontrados dentro do território israelense após três dias de combates.
"Por volta de 1.500 corpos de combatentes do Hamas foram encontrados em Israel e ao redor da Faixa de Gaza", disse o porta-voz militar Richard Hecht. Ele ainda afirmou que as forças de segurança haviam "mais ou menos restaurado o controle da fronteira" com Gaza.
"Desde ontem à noite [segunda-feira], sabemos que ninguém entrou", disse o porta-voz. No sábado, terroristas do Hamas romperam a cerca que divide Gaza e Israel em mais de duas dezenas de pontos. Hecht, porém, advertiu que "infiltrações ainda podem ocorrer".
Mais de uma centena de israelenses e estrangeiros que estavam no país também foram sequestrados pelo Hamas e levados para Gaza como reféns. Nesta terça-feira, o embaixador israelense nas Nações Unidas estimou que número de reféns estaria entre 100 e 150.
Entre os civis assassinados em Israel estão cidadãos dos EUA e da França. Várias vítimas participavam de uma rave que ocorria a poucos quilômetros da fronteira com Gaza e que foi alvo de um ataque de homens armados do Hamas. No local, foram encontrados em torno de 260 corpos.
Outros 107 corpos também foram encontrados no kibbutz isralense de Be'eri, uma comunidade rural que tinha cerca de mil moradores antes do ataque terrorista. Muitos dos mortos eram moradores, mas também foram encontrados corpos de forças de segurança israelenses.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou em pronunciamento na Casa Branca que 14 americanos morreram nos quatro dias de violência entre o Hamas e Israel e disse que outros estão sob poder dos terroristas. No total, o Hamas detém em torno de 150 reféns, incluindo mulheres, idosos e crianças.
O democrata condenou o ataque do Hamas como "crueldade pura" e disse que seu país está pronto para reforçar o envio de ajuda militar a Israel. Biden advertiu os "adversários" dos israelenses para não se envolverem no conflito, numa clara mensagem ao Irã.
Antes do pronunciamento, o presidente e a vice, Kamala Harris, conversaram com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, para "discutir a coordenação do nosso apoio a Israel".
Além de reforçar a ajuda militar a Israel e ordenar o deslocamento de um porta-aviões e de navios de guerra para a região, Biden disse que os EUA estão prontos para enviar mais recursos ao país aliado.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que Washington ofereceu sua expertise em inteligência e no resgate de reféns.
Teerã nega estar por trás dos ataques
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, negou nesta terça-feira que seu país tenha tido qualquer envolvimento nos ataques do Hamas a Israel, mas exaltou o que chamou de uma derrota militar e de inteligência "irreparável" os israelenses.
Em pronunciamento transmitido em rede nacional, ele disse que seu país "beija as mãos" dos autores dos ataques. "Esse terremoto de destruição demoliu algumas infraestruturas críticas [em Israel] que não serão restauradas facilmente. As ações do regime sionista são as grandes culpadas por esse desastre", declarou.
Israel acusa os clérigos iranianos que governam o país de fomentarem a violência ao fornecerem armas ao Hamas. O Irã, que não reconhece o Estado de Israel, alega prover somente apoio financeiro e moral ao grupo terrorista.
O apoio à causa palestina é um dos pilares da República Islâmica desde a revolução de 1979, e uma das formas utilizadas pelo regime iraniano para manter sua posição de liderança no mundo muçulmano.
A missão do Irã na ONU já havia negado no último domingo que o país estivesse por trás do ataque. Os diplomatas disseram que Teerã apoia "de forma enfática e inequívoca a causa palestina", mas rejeitaram envolvimento.
rc/as (AFP, Reuters)
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Amir Cohen/REUTERS
Ataque atinge região de campo de refugiados em Gaza
Um ataque aéreo na região do campo de refugiados Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, deixou pelo menos 50 mortos e 150 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. As Forças de Defesa de Israel confirmaram ter conduzido um ataque à região, e que diversos militantes do Hamas foram mortos, incluindo Ibrahim Biari, comandante do Hamas que lideraria as operações do grupo no norte de Gaza. (31/10)
Foto: Anas al-Shareef /REUTERS
Israel anuncia 1ª refém resgatada de Gaza durante ofensiva
Soldada sequestrada pelo Hamas da base de Nahal Oz em 07/10, Ori Megidish foi libertada no 4º dia de ação terrestre na região. Ela é a quinta a regressar à família dentre mais de 200 pessoas mantidas reféns há mais de três semanas. Hamas divulgou vídeo com outras reféns para pressionar por acordo de libertação de palestinos presos em Israel, e Netanyahu rejeitou cessar-fogo. (30/10)
Foto: Israeli Security AgencyAP/picture alliance
Em busca de comida, multidão invade armazéns da ONU em Gaza
ONU diz que invasão às instalações com ajuda humanitária é "sinal preocupante" do desespero da população e do colapso da ordem civil após três semanas de conflito. Israel anuncia religação da segunda tubulação de água que abastece Gaza e diz que permitirá a entrada de mais ajuda, enquanto acusa o Hamas de deter "mantimentos suficientes". (29/10)
Foto: Mohammed Abel/AFP
Atirador que matou 18 nos EUA é encontrado morto
Autoridades do Maine afirmam que reservista do Exército que abriu fogo em um bar e um boliche em Lewiston, matando 18 pessoas, foi encontrado sem vida com um aparente ferimento autoinfligido. Caçada ao agressor de massacre durou dois dias. (28/10)
Foto: Matt Rourke/dpa/AP/picture alliance
Gaza fica sem internet em meio a ameaça de invasão, e ONU apela por trégua
Conflito na região se intensifica após Israel anunciar a expansão de operações militares em reação aos ataques terroristas de 7 de outubro do grupo radical islâmico Hamas. "Por que vocês não estão responsabilizando o Hamas?", reage Israel ao comentar resolução aprovada na Assembleia-Geral da ONU. (27/10)
Foto: AFP
Furacão Otis arrasa cidade mexicana de Acapulco
A passagem do ciclone deixou um saldo de ao menos 27 mortos e quatro desaparecidos, segundo as autoridades locais. Comércios e estabelecimentos (foto) foram danificados, comunidades inteiras ficaram incomunicáveis e sem luz. Pessoas saquearam supermercados em busca de água e alimentos. Pesquisadores afirmam que tempestade evoluiu em tempo recorde. (26/10)
Foto: Henry Romero/REUTERS
Aliado de Trump é eleito no líder da Câmara dos EUA
O deputado Mike Johnson, aliado do ex-presidente Donald Trump, foi eleito como novo líder da Câmara dos Representantes dos EUA ao superar o impasse interno no Partido Republicano que havia provocado caos parlamentar nas últimas semanas. Johnson, um conservador com pouca experiência em liderança, foi o quarto republicano que se lançou ao cargo em apenas duas semanas. (25/10)
Foto: ALEX WONG/Getty Images/AFP
China demite ministro da Defesa que estava "desaparecido"
O regime chinês destituiu oficialmente seu ministro da Defesa, na segunda mudança envolvendo um membro da alta cúpula do país em três meses e levantando questões sobre a estabilidade da liderança em torno de Xi Jinping. O general Li Shangfu, que não era visto publicamente há dois meses, foi demitido do cargo de ministro da Defesa e conselheiro de Estado, de acordo com a mídia estatal. (24/10)
Foto: Vincent Thian/AP/picture alliance
Ataque a tiros em escola de SP deixa uma estudante morta e outros três feridos
Uma aluna morreu e outros três ficaram feridos em um ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, um adolescente de 15 anos, também aluno, entrou armado no colégio e efetuou os disparos. Ele foi apreendido junto com a arma. Por meio de nota, a gestão estadual lamentou o episódio. (23/10)
Foto: Agência Brasil/T. Rêgo
Caminhões de transporte de combustíveis chegam à Faixa de Gaza
Pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, caminhões-tanque transportando combustíveis tiveram permissão para entrar no enclave palestino. A ONU vinha alertando que hospitais e outros serviços essenciais precisavam urgentemente de combustíveis para os geradores de energia, após Israel interromper o abastecimento de energia elétrica no território. (22/10)
Foto: Mohammed Abed/AFP/Getty Images
Manifestação pró-Palestina em Londres reúne 100 mil
Em torno de 100 mil pessoas participaram de uma enorme manifestação em Londres em prol da Palestina. Os manifestantes pediram o fim dos bombardeios israelenses e do bloqueio imposto à população de mais de 2 milhões de pessoas na Faixa de Gaza. Segundo a polícia, a manifestação transcorreu de maneira pacífica. Protestos semelhantes também foram realizados em diversas cidades europeias. (21/10)
Foto: Stefan Rousseau/empics/picture alliance
PF prende membros da Abin por espionagem ilegal de celulares
A Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar o uso de um esquema secreto de monitoramento de geolocalização de celulares sem autorização judicial por funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A prática ilegal teria ocorrido no governo de Jair Bolsonaro. O software teria sido usado contra jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente. (20/10)
Foto: JoŽdson Alves/Agência Brasil
Jovem cuja morte gerou onda de revolta no Irã ganha prêmio de direitos humanos
A iraniana Jina Mahsa Amini, morta sob custódia policial no Irã em 2022, foi premiada postumamente com o Prêmio Sakharov 2024 de direitos humanos, juntamente com o movimento iraniano Mulher, Vida, Liberdade. A honraria é concedida anualmente pelo Parlamento Europeu. Desde sua morte, os iranianos têm realizado inúmeros protestos contra a repressão aos direitos das mulheres. (19/10)
Centenas de pessoas morreram em um ataque aéreo ao Hospital Batista Al-Ahli, na Cidade de Gaza. O Ministério da Saúde, ligado ao Hamas, falou em até 500 mortos, com diversas pessoas sob os escombros. Palestinos acusaram Israel de ter perpetrado o ataque. Militares israelenses negaram envolvimento, dizendo que o incidente foi causado por um foguete palestino. (17/10)
Foto: Abed Khaled/AP/picture alliance
Bélgica eleva alerta de terrorismo após ataque em Bruxelas
Dois cidadãos suecos foram mortos a tiros na capital belga, o que levou as autoridades elevarem o alerta de terrorismo ao nível mais alto. Promotoria belga avalia "possível motivação terrorista". Suspeito abriu fogo contra pessoas que provavelmente estavam no país para assistir uma partida entre Bélgica e Suécia, que acabou sendo suspensa após ter sido iniciada. (16/10)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
Fuga em massa de Gaza
Milhares de palestinos deixaram o norte de Gaza depois que Israel deu um prazo de 24 horas para a evacuação, antes de uma possível invasão terrestre, em uma escalada de violência que, segundo a ONU, ameaça consolidar uma "catástrofe humanitária". Apesar da fuga, há pouca chance de a população sair do território palestino, inclusive pelo Egito, que não está disposto a abrigar refugiados. (13/10)
Foto: Hatem Moussa/AP/picture alliance
Alemanha oferece ajuda militar a Israel
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, destacou a responsabilidade histórica da Alemanha em relação à segurança de Israel e ofereceu ajuda militar ao país. Scholz também chamou o silêncio do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, de "vergonhoso". Mais tarde, Abbas se manifestou, condenando "as práticas que levam à morte ou ao abuso de civis de ambos os lados". (12/10)
Foto: Bernd von Jutrczenka/dpa/picture alliance
Bombardeios em Gaza
Autoridades de saúde de Gaza afirmaram que os ataques aéreos retaliatórios de Israel já deixaram mais de mil palestinos mortos e mais de 4 mil feridos. Regiões inteiras da Cidade de Gaza, principal área urbana do enclave, foram reduzida a ruínas. Segundo as Nações Unidas, cerca de 200 mil habitantes da Faixa de Gaza, que tem população de pouco mais de 2 milhões, fugiram de suas casas. (11/10)
Foto: Fatima Shbair/AP/picture alliance
Brasileiros mortos no ataque do Hamas em Israel
Foram confirmadas as mortes de dois brasileiros que estavam no festival de música próximo à fronteira com a Faixa de Gaza que se tornou um dos alvos da ofensiva do grupo terrorista Hamas em Israel. Ranani Glazer, de Porto Alegre, e Bruna Valeanu, do Rio de Janeiro, ambos de 24 anos, estavam no festival de música eletrônica quando militantes do grupo islamista deram início ao ataque. (10/10)
Foto: Jack Guez/AFP/Getty Images
Israel ordena "cerco total" à Faixa de Gaza
O ministro da Defesa de Israel anunciou um "cerco total" à Faixa de Gaza, o superpopuloso enclave palestino de onde partiu o ataque terrorista do Hamas que matou centenas de israelenses. Israel suspendeu o fornecimento de água, eletricidade, alimentos e combustível para Gaza, onde vivem cerca de 2 milhões de palestinos, que já sofre com um severo bloqueio econômico e de circulação há 15 anos.
Foto: Mohammed Salem/REUTERS
Pró-palestinos celebram em Berlim o conflito no Oriente Médio
Enquanto o governo da Alemanha reafirma seu apoio a Israel perante os ataques iniciados pela organização radical islâmica Hamas, na capital Berlim um grupo pró-palestino festejou o conflito. Integrantes do Samidoun realizaram sua manifestação no bairro de Neukölln, no sul da capital. De início a polícia se absteve, porém o evento escalou, terminando por ser dissolvido. (08/10)
Foto: Paul Zinken/dpa/picture alliance
Ataque sem precedentes do Hamas deixa centenas de mortos em Israel
Israel foi pega de surpresa por um ataque por ar, mar e terra lançado pelo grupo palestino Hamas, que combinou infiltração de terroristas armados, lançamento de foguetes e tomada de reféns. Terroristas massacraram civis e chegaram a tomar o controle de comunidades israelenses próximas da fronteira da Faixa de Gaza. Israel contabilizou pelo menos 600 mortos e mais de 2.200 feridos. (07/10)
Foto: Tsafrir Abayov/AP/picture alliance
Ativista iraniana recebe Prêmio Nobel da Paz
Comitê do Nobel concedeu prêmio a Narges Mohammadi por "sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e para promover os direitos humanos e a liberdade para todos". Vice-presidente do Defenders of Human Rights Centre, ela foi presa 13 vezes pelo regime fundamentalista e condenada a um total de 31 anos de prisão e a 154 chicotadas. Teerã criticou a premiação como "tendenciosa e política". (06/10)
Foto: www.nobelprize.org
Mais de 50 morrem em bombardeio russo na Ucrânia
Mísseis russos transformaram em ruínas uma mercearia e um café localizados no vilarejo de Hroza, em Kharkiv, nordeste da Ucrânia, matando ao menos 51 civis, incluindo uma criança de 6 anos. Outras seis pessoas ficaram feridas. O ataque foi um dos mais letais perpetrados pela Rússia contra civis ucranianos desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. (05/10)
Prelados atendem a missa presidida pelo papa Francisco na abertura do 16º Sínodo dos Bispos. Antecedendo evento histórico no Vaticano para debater os rumos da Igreja Católica, o pontífice pregou tolerância aos LGBTQI+ e sinalizou liberação para benção de casais do mesmo sexo. Ele abriu o evento frisando a necessidade de reparação para tornar a Igreja um lugar de acolhimento a todos. (04/10)
Foto: Andrew Medichini/AP Photo/picture alliance
Nobel de Física vai para trio de pesquisadores de elétrons
O Prêmio Nobel de Física de 2023 foi concedido a três pesquisadores que desenvolveram métodos experimentais para o estudo da dinâmica dos elétrons. Os premiados são Pierre Agostini, da Universidade de Ohio, EUA, Ferenc Krausz, do Instituto Max Planck para Ótica Quântica e da Universidade Ludwig-Maximilians de Munique, Alemanha, e Anne L'Huillier, da Universidade de Lund, na Suécia. (03/10)
Foto: Anders Wiklund/TT News Agency/REUTERS
Primeiro dia do julgamento de Trump por fraude empresarial
Teve início o julgamento do ex-presidente dos EUA em Nova York. Ele é acusado de fraude empresarial, com a qual ele e seus aliados teriam lucrado mais de 1 bilhão de dólares ao inflacionarem relatórios financeiros para obterem vantagens em bancos e seguradoras. Trump aproveitou para criticar seus detratores e repetir o discurso de que estaria sendo vítima de uma "vingança política". (02/10)
Foto: Charlie Neibergall/AP Photo/picture alliance
Começa transformação de casa natal de Hitler em delegacia policial
"Pela paz, liberdade e democracia, fascismo nunca mais, advertem milhões de mortos" diz a pedra diante da casa onde nasceu Adolf Hitler, na cidade austríaca de Braunau am Inn. Prédio que depois da 2ª Guerra Mundial serviu como biblioteca, escola e oficina para portadores de deficiência, será transformado em delegacia. Destinação cultural traria perigo de encorajar culto ao ditador nazista. (01/10)