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UE tenta afastar ex-repúblicas soviéticas da Rússia

22 de maio de 2015

Líderes europeus afirmam que Armênia, Azerbaijão, Belarus, Geórgia, Moldávia e Ucrânia tiveram poucos ganhos ao se manterem alinhados com Moscou. Durante reunião em Riga, UE acusa russos de usar táticas de "intimidação".

Lettland Riga Eastern Partnership summit Merkel
Chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente da Letônia, Andris BerzinsFoto: Reuters/I. Kalnins

Durante encontro nesta quinta-feira (21/05) em Riga, líderes da União Europeia instaram representantes das seis ex-repúblicas soviéticas que formam a chamada Parceria Oriental – Armênia, Azerbaijão, Belarus, Georgia, Lituânia, Moldávia e Ucrânia – a se aproximarem dos países europeus e resistirem às investidas da Rússia.

Ao discursar na abertura da cúpula de dois dias, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, destacou os seis países tiveram poucos ganhos ao se inclinarem novamente para Moscou, em vez de aprofundarem parcerias com o Ocidente. Ele acusou a Rússia de fazer uso de táticas "agressivas, destrutivas e de intimidação" contra os países vizinhos.

Ao chegar a Riga, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, declarou que a UE se diferencia "claramente" da Rússia, pois o bloco europeu aceita que os integrantes do programa Parceria Oriental sigam "seus próprios e diferentes caminhos".

As relações entre a União Europeia e Rússia estão em seu pior nível desde o fim da Guerra Fria. O bloco europeu vem impondo sanções contra os russos desde a anexação da Península da Crimeia, no ano passado, e das intensificação dos conflitos entre separatistas pró-russos e tropas ucranianas no leste do país. Os europeus acusam o Kremlin de dar suporte logístico aos insurgentes.

Pouco antes do encontro, o bloco europeu prometeu ajuda de até 200 milhões de euros a pequenas e médias empresas em alguns desses países, inclusive a Ucrânia. Merkel, no entanto, ressaltou que este não é um instrumento para ampliar o bloco europeu.

A oferta da União Europeia para a Parceria Oriental prevê a aproximação do bloco com as antigas repúblicas soviéticas, mas sem perspectivas de uma filiação plena.

Na última cúpula, realizada em novembro de 2013, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovytch, recusou-se a assinar um acordo de associação com o bloco europeu, reafirmando uma aproximação com Moscou. O ato desencadeou uma série de protestos no país que levaram à queda de Yanukovytch, à anexação da Crimeia e a um conflito armado que já registra mais de 6 mil mortes.

MSB/dpa/ap/rtr

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