Ultradireitista Zemmour sacode corrida eleitoral na França
Sonia Phalnikar
30 de novembro de 2021
Conhecido como "Trump francês", comentarista de TV e escritor radical oficializa candidatura à Presidência. Com agenda anti-imigração e anti-islã, ele se destacou em pesquisas e tumultuou o campo da direita.
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Até poucos meses atrás, a expectativa era que a próxima eleição presidencial na França, marcada para abril de 2022, fosse um previsível duelo entre o atual presidente, Emmanuel Macron, e a líder da Reunião Nacional (Rassemblement National, antiga Frente Nacional), Marine Le Pen.
Até que o comentarista de ultradireita e celebridade televisiva Eric Zemmour, conhecido como "Trump francês", apareceu no cenário político e causou um frenesi midiático com posicionamentos inflamatórios sobre islã, imigração e feminismo, os quais ele culpa pelo suposto declínio da França.
Após meses de suspense, Zemmour, de 63 anos, anunciou sua candidatura à Presidência nesta terça-feira (30/11), prometendo "salvar o país do trágico destino que lhe espera". "Decidi tomar o nosso destino nas mãos", afirmou em um vídeo divulgado no Youtube.
Antes mesmo de oficializar sua candidatura, várias pesquisas de opinião mostraram a popularidade de Zemmour em ascensão. Ele chegou a ficar brevemente em primeiro lugar, à frente de Macron, do partido social-liberal Em Marcha!, de centro. Embora pareça que o apelo de Zemmour arrefeceu nas últimas semanas, especialistas afirmam que ele certamente já sacudiu o cenário eleitoral.
"Zemmour está criando uma ruptura na corrida presidencial francesa", comenta Philippe Corcuff, cientista político do Instituto de Estudos Políticos de Lyon. "Ele parece mais respeitável e menos à direita do que Marine Le Pen, enquanto objetivamente ele está muito mais à direita dela com seu discurso racista e xenófobo."
O paradoxo é explicado pelo fato de, durante anos, Zemmour ter sido conhecido na mídia francesa e nos círculos intelectuais, fazendo com que ele pareça ser uma figura respeitável da direita tradicional.
"Ele está na televisão todos os dias"
Jornalista de longa data do jornal conservador francês Le Figaro, Zemmour é também um escritor de sucesso e foi até recentemente comentarista em horário nobre de uma rede de notícias ao estilo Fox. Ele tem atraído grandes multidões em eventos semelhantes a comícios em toda a França enquanto promove seu último livro – La France n'a pas dit son dernier mot (a França não disse sua última palavra).
E ele continua chamando atenção com suas opiniões polarizadoras. Ele defendeu a proibição de nomes "estrangeiros", como Mohammed, denunciou a "propaganda" LGBT, criticou a imigração de muçulmanos africanos e disse que o islã não compartilha dos valores fundamentais da França.
Zemmour, que é de ascendência judaica e argelina, também é acusado de tentar reabilitar o regime francês de Vichy, que colaborou com os nazistas. Ele já foi punido duas vezes por incitar o ódio racial.
"Há uma cobertura midiática incansável sobre Zemmour. Ele está na televisão todos os dias. E mesmo que não esteja, ele está sendo debatido", diz Jean-Yves Camus, diretor do Observatório de Política Radical da fundação Jean-Jaures, em Paris. "Ele determina a agenda, e os outros à direita são apenas os que respondem às questões que ele levantou."
Roubando a cena de Marine Le Pen
Embora pesquisas apontem que o apelo de Zemmour perpassa toda a direita, ele representa um desafio particularmente para Le Pen, que está despencando nas sondagens.
Nos últimos anos, Le Pen tem tentado suavizar a imagem de seu partido para ampliar seu apelo e abandonou algumas das posições mais extremas da ultradireita populares sob seu pai, Jean-Marie Le Pen. Isso a deixou vulnerável a Zemmour, que agora a ultrapassa à direita com sua visão linha dura sobre o islã na França, a imigração e a identidade nacional.
"As bases da Reunião Nacional podem ser mais radicais sobre essas questões. Para elas, Marine Le Pen é muito mole, muito mainstream, não suficientemente radical e, o mais importante, ela está se candidatando [à Presidência] pela terceira vez", disse Camus, que é especialista em extrema direita.
"Há um certo cansaço. Alguns estão esperando há anos para que o partido chegue ao poder e sabem pelas pesquisas de opinião que Marine Le Pen não será eleita", comenta.
Uma corrida para a direita
Zemmour também sacudiu o tradicional partido de centro-direita da França, Os Republicanos (Les Republicains), que esteve no poder pela última vez, embora com um nome diferente, em 2012, sob o presidente Nicolas Sarkozy. O partido ainda não indicou um candidato para a corrida presidencial em abril.
De acordo com o cientista político Philippe Corcuff, os republicanos caminharam para a direita sob Sarkozy, marginalizando os conservadores moderados dentro do partido. Desde então, as fronteiras com a ultradireita sobre os temas clássicos da direita se diluíram.
"A direita tradicional tem muito pouca resistência ao discurso de Zemmour. Os políticos estão competindo uns com os outros para serem mais de direita, e eles acham que imigração, segurança e soberania são as questões mais bancáveis", disse Corcuff. "Com isso, eles dão mais legitimidade ao que Zemmour diz."
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"Sem tabus"
O fato de Zemmour ser visto como um outsider e não ser membro de nenhum partido político também age em seu benefício.
"Os eleitores franceses estão completamente fartos dos políticos, eles não confiam neles", comenta Antoine Diers, porta-voz da Associação dos Amigos de Eric Zemmour, um grupo que levanta fundos para a campanha presidencial.
"Zemmour é destemido". Ele não tem tabus. Ele fala sobre como a imigração é ruim para a França. Ele é o único a dizer que temos um problema com o islã. Ele faz boas perguntas sobre segurança e falta de justiça."
Diers, que é membro do Republicanos, disse ter esperança de que Zemmour possa criar uma ampla base de apoio para derrotar Macron.
"Zemmour tem ressonância entre pessoas como eu e outros republicanos, também eleitores da ultradireita e até mesmo pessoas que pararam de votar", disse Diers. "Ele é capaz de unir todas essas pessoas mais do que qualquer outro político da direita."
Plantando ideias na campanha
Seja a candidatura presidencial de Zemmour bem-sucedida ou não, suas ideias já se tornaram mainstream na corrida eleitoral francesa.
"A disseminação de ideias de ultradireita não leva necessariamente à vitória de um candidato de ultradireita, mas atrai políticos de todos os lados, do centro e até mesmo da esquerda", afirma Corcuff.
Durante um recente debate televisivo para a primeira primária republicana na França, jornalistas perguntaram repetidamente aos candidatos sobre a teoria da "grande substituição", cunhada pelo escritor francês Renaud Camus e propagada por Zemmour.
Popular entre movimentos identitários na Europa, a teoria da conspiração afirma que um grupo elitista está conspirando contra franceses brancos e europeus para eventualmente substituí-los por não europeus da África e do Oriente Médio, a maioria dos quais são muçulmanos.
Nas últimas semanas, Arnaud Montebourg, candidato independente da esquerda, propôs a proibição de transferências de dinheiro por meio da empresa Western Union para países que se recusam a aceitar de volta seus próprios cidadãos deportados da França para combater a imigração ilegal. Logo depois, Zemmour afirmou que ideia tinha sido dele.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Luca Bruno/AP/picture alliance
Variante ômicron do coronavírus chega ao Brasil
O Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, os primeiros dois casos de infecções da variante ômicron do coronavírus no Brasil. Os pacientes infectados são uma mulher de 37 anos e de homem de 41 anos, que chegaram ao Brasil vindos da África do Sul, país onde a nova variante foi identificada pela primeira vez. (30/11)
Foto: AFP/N. Almeida
Inflação na Alemanha é a mais alta em 29 anos
Dados oficiais demonstram que os preços ao consumidor atingiram o patamar mais alto em 29 anos, em grande parte por causa dos crescentes custos de energia e gargalos na cadeia de abastecimento. A taxa anual de inflação acelerou pelo quinto mês consecutivo e teve alta de 5,2% em novembro, impulsionada por um aumento nos preços da energia de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. (29/11)
Foto: Thibaut Durand/Hans Lucas/picture alliance
Suíços dizem "sim" ao certificado de vacinação
Céticos da vacina em ato diante da sede do governo da Suíça. Após coletarem quase 190 mil assinaturas pelo referendo contra a lei do país de combate à covid-19, críticos da imunização amargam revés nas urnas. Mais de 60% votam por manter as regras, incluindo o certificado da vacina, que é alvo de protestos de negacionistas desde que foi adotado, em setembro. (28/11)
Foto: Arnd Wiegmann/REUTERS
Casos de ômicron confirmados na Alemanha
A Alemanha detecta duas infecções pela nova variante do coronavírus pela primeira vez no país. Ambas foram registradas em viajantes que chegaram da África do Sul em 24 de novembro pelo aeroporto de Munique. Outro caso suspeito da nova cepa é registrado no estado de Hessen e também envolve um viajante que chegou da África do Sul.(27/11)
A propaganda de Natal dos Correios da Noruega veiculada neste ano retrata um romance entre Papai Noel e um homem chamado Harry. Eles flertam brevemente todos os Natais, até que Papai Noel pede ajuda dos Correios para entregar os presentes e, assim, ter mais tempo para um beijo. A peça celebra os 50 anos desde que a homossexualidade foi descriminalizada no país. (26/11)
Foto: youtube.com/Posten
África do Sul detecta nova variante
Cientistas da África do Sul detectaram uma nova variante do coronavírus Sars-Cov-2 potencialmente mais transmissível e que representa uma "grande ameaça" aos esforços para conter a pandemia, anunciaram autoridades do país. O ministro da Saúde sul-africano, Joe Phaahla, afirmou que a variante, chamada B.1.1.529, está por trás de um recente aumento "exponencial" dos casos. (25/11)
Foto: Jerome Delay/AP Photo/picture alliance
Partidos alemães chegam a acordo de coalizão
Quase dois meses após as eleições parlamentares, os três partidos que negociam a formação de um governo alemão chegaram a um acordo. "Estamos unidos pela vontade de tornar este país melhor", disse o social-democrata Olaf Scholz ao lado dos chefes dos partidos Verde e Liberal. Com o acordo, o novo governo pode tomar posse já em dezembro, com Scholz sucedendo Merkel como chanceler federal (24/11)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Manuscritos da Teoria da Relatividade leiloados por valor recorde
Documento escrito por Albert Einstein com trabalhos preparatórios para sua maior descoberta é arrematado por 11,6 milhões de euros. Texto de 54 páginas com ensaios de sua teoria revolucionária publicada em 1915 são os manuscritos mais valiosos de Einstein que já foram a leilão, afirmou a casa Christie’s. (23/11)
Foto: Imago/Cinema Publishers Collection
"Ao fim do inverno só haverá vacinados, curados ou mortos", diz ministro alemão
"Possivelmente, ao fim deste inverno, praticamente todos aqui na Alemanha — isso às vezes é dito, de forma algo cínica — estarão vacinados, curados ou mortos. Mas de fato é assim", disse o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn. Ele decidiu usar palavras drásticas para motivar a parcela da população da Alemanha que ainda não havia se vacinado contra a covid-19 a aceitar o imunizante. (22/11)
Foto: Markus Schreiber/AP/picture alliance
Crepúsculo sem fim
A imagem pode transmitir a ideia de uma manhã agradável passeando de barco em um rio. Mas o cenário mostra a intensidade da poluição do ar em Nova Deli. Uma densa nuvem envolve a capital da Índia por mais de uma semana, que forçou o fechamento de escolas. (21/11)
Foto: Money Sharma/AFP/Getty Images
A joia mais antiga do mundo
Arqueólogos descobriram no Marrocos conchas perfuradas há 150 mil anos que deviam formar colares e pulseiras, no que eles acreditam ser as joias mais antigas do mundo. O pesquisador Abdeljalil Bouzouggar as descreveu como "objetos simbólicos que só podiam ser transmitidos por meio da linguagem". (20/11)
Foto: AFP
Agricultores na Índia comemoram derrubada de lei
Agricultores alimentam uns aos outros com doces no estado de Ghazipur. O primeiro-ministro indiano Narenda Modi afirmou que irá revogar três leis controversas sobre a agricultura no país, contra as quais os produtores rurais vinham protestando há um ano. (19/11)
Foto: Anushree Fadnavis/REUTERS
França vai proibir venda de cães e gatos em lojas
A França aprovou um projeto de lei de que proíbe a venda de filhotes de cães e gatos em pet shops e, progressivamente, a presença de animais selvagens em circos. Animais de estimação não são "nem brinquedos, nem mercadorias, nem produtos de consumo", disse o ministro da Agricultura, Julien Denormandie, classificando a lei como "um importante avanço" no combate ao abandono de animais. (18/11)
Foto: Fotolia/Carola Schubbel
Macron recebe Lula com honras de chefe de Estado em Paris
O ex-presidente Lula foi recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, sede do governo francês. Macron recebeu Lula pessoalmente na entrada do edifício ao lado de militares da Guarda Republicana francesa, um protocolo normalmente reservado a chefes de Estado estrangeiros. O gesto foi encarado como um recado a Jair Bolsonaro, que mantém relações tensas com Macron. (17/10)
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Estados alemães ampliam restrições para não vacinados
Devido aos altos números da quarta onda da covid-19 na Alemanha, Baviera, Renânia do Norte-Vestfália e outros estados permitem acesso a locais públicos somente para pessoas com esquema vacinal completo ou que já se recuperaram da doença – a chamada regra 2G (das palavras em alemão "Geimpfte" e "Genesene" – vacinados e recuperados). Munique cancela tradicional mercado de Natal. (16/11)
Foto: Sebastian Kahnert/ZB/picture alliance
França reimpõe obrigatoriedade de máscaras em escolas
A França reinstaurou a obrigatoriedade do uso de máscaras para os alunos da primeira série em diante nas escolas, após anúncio feito pelo presidente Emmanuel Macron. Além disso, todos os idosos devem receber a terceira dose da vacina. Sem ela, os maiores de 65 anos não poderão frequentar locais públicos, como restaurantes, teatros e museus. (15/11)
Foto: Reuters/S. Mahe
Áustria impõe lockdown para não vacinados
O governo da Áustria anunciou a imposição de um lockdown nacional para quem não está vacinado contra a covid-19. A medida proíbe os não vacinados maiores de 12 anos de saírem de casa, exceto para casos de necessidade, como trabalhar, ir ao médico, fazer compras de itens de primeira necessidade ou para serem vacinados. Violações à regra serão passíveis de punição de até 1.450 euros (14/11).
Foto: Leonhard Foeger/REUTERS
Rebelião em presídio no Equador deixa ao menos 68 mortos
A penitenciária de Guayaquil, no sudoeste do Equador, foi palco de uma nova rebelião que deixou ao menos 68 presos mortos e mais de 20 feridos, segundo a comandante da polícia local, Tannya Varela. O massacre foi resultado de disputas pelo controle do presídio entre grupos de narcotraficantes rivais. O local já havia sido palco de outra rebelião em setembro, que deixou 116 mortos. (13/11)
Foto: Maria Fernanda Landin/REUTERS
Lula se reúne com vencedor da eleição alemã
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em Berlim com o social-democrata Olaf Scholz, atual ministro das Finanças da Alemanha e o vencedor da eleição parlamentar de setembro. Lula ainda teve encontros com políticos e sindicalistas alemães. "Outro Brasil é possível. E vamos lembrar o mundo disso", disse Lula ao chegar à capital alemã. (12/11)
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Gilberto Gil é o mais novo "imortal" da ABL
O cantor e compositor Gilberto Gil, de 79 anos, é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele vai passar a ocupar a cadeira 20, que pertencia ao jornalista Murilo Melo Filho. Gil foi eleito num evento no palacete Petit Trianon, no Rio de Janeiro, uma semana após a atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, ter sido eleita para a cadeira 17. (11/11)
Foto: FAO/Giulio Napolitano
EUA e China anunciam acordo climático
Os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de CO2 do planeta, anunciaram um acordo para reforçar a cooperação bilateral no enfrentamento do aquecimento global.O pacto, anunciado de maneira surpreendente, inclui cortes nas emissões de metano, a eliminação escalonada do carvão como fonte de energia e a proteção das florestas.(10/11)
Foto: Alastair Grant/AP/picture alliance
Crise na fronteira ameaça UE
Premiê polonês, Mateusz Morawiecki, visita tropas de seu país na fronteira com Belarus. Polônia e UE acusam regime de Lukashenko de orquestrar onda migratória em retaliação a sanções europeias. Milhares de migrantes, a maioria curdos iraquianos, se aglomeram do lado belarusso. Varsóvia fechou a passagem próxima à cidade fronteiriça de Kuznica e enviou mais de 12 mil soldados à região. (09/11)
Foto: Polish Ministry Of Defence/Getty Images
EUA reabrem as fronteiras para viajantes vacinados
Depois de mais de um ano e meio com a entrada de estrangeiros restringida pela pandemia de coronavírus, os EUA reabriram suas fronteiras aéreas e terrestres para pessoas totalmente vacinadas. A lista de países inclui o Brasil e grande parte da Europa. As vacinas, porém, devem ser reconhecidas pelos Estados Unidos. (08/11)
Foto: Marie Le Ble/ZUMA Wire/picture alliance
Pequim coberta de branco
A estação gelada atingiu a capital de China quase um mês antes do usual, deixando o Museu da Cidade Proibida coberto de neve. As temperaturas na noite deste domingo foram as mais baixas em uma década para o início de novembro. (07/11)
Foto: picture alliance/Xinhua News Agency
Não à desflorestação?
A Indonésia assinou recentemente o Acordo Florestal da COP26. No entanto, políticos nacionais de alto escalão já criticaram a suspensão do desmatamento e relativizaram o pacto. O caminho para a proteção do clima se anuncia tortuoso. Enquanto organizações ambientalistas apostam na Indonésia, esta barcaça carregada de madeira em Bornéu parece um mau presságio para o futuro do planeta. (06/11)
Foto: AFP/Getty Images
Sobrevivente do Holocausto, Margot Friedländer completa 100 anos
A alemã que passou meses em esconderijos fugindo dos nazistas e sobreviveu a um ano no campo de concentração de Theresienstadt, na República Tcheca, chega aos 100 anos de vida. Margot Friedländer é amplamente reconhecida por promover um trabalho de lembrança e educação sobre o Holocausto. (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Kembowski
Alemanha registra recorde diário de novos casos de covid-19
A Alemanha registrou um recorde diário de novos casos de covid-19 desde o começo da pandemia, superando a marca estabelecida em dezembro de 2020. Os hospitais acusaram um aumento da ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva, na maior parte por pacientes não vacinados contra o coronavírus.(04/11)
Foto: RONNY HARTMANN/AFP
Quarta onda da covid-19 na Alemanha ameaça não vacinados
O ministro da Saúde, Jens Spahn, e o diretor do Instituto Roberto Koch, Lothar Wieler, alertaram que a baixa vacinação e desobediência aos protocolos estão por trás do aumento de casos no país. Muitas pessoas ficarão doentes e morrerão, e os serviços de saúde ficarão sob pressão extrema", disse Wieler. Por sua vez, Spahn afirmou que o governo cogita impor restrições aos não vacinados. (03/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Líderes mundiais prometem encerrar desmatamento até 2030
Na ocasião da COP26 em Glasgow, líderes de mais de 100 países se comprometeram a interromper e reverter o desmatamento e a degradação de terras até o fim desta década. Países signatários, entre os quais o Brasil, representam mais de 85% das florestas do mundo, incluindo a Floresta Amazônica, a floresta boreal do norte do Canadá e a floresta tropical da bacia do Congo. (02/11)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Bolsonaro é recebido com protestos no norte da Itália
O presidente Jair Bolsonao foi a Anguillara Veneta, na Itália, para receber um título de cidadão honorário. Houve registro de choques entre a polícia e manifestantes contrários a Bolsonaro. Os protestos se repetiram na cidade dos ancestrais do brasileiro desde o anúncio da homenagem, feita pela prefeitura local, chefiada por uma integrante do partido de extrema direita italiano Liga. (01/11)