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Ultrapassa 100 total de mortos em atentado no Afeganistão

22 de abril de 2017

Além dos dez atacantes, cerca de 140 militares já perderam a vida após a investida talibã contra uma base militar no norte afegão. Presidente Ghani fala de "ataque covarde" perpetrado por "infiéis".

Insurgentes talibãs usaram veículos militares para penetrar na base afegã na periferia de Mazar-e-Sharif
Insurgentes talibãs usaram veículos militares para penetrar na base afegã na periferia de Mazar-e-SharifFoto: Getty Images/AFP/F. Usyan

Sobe para no mínimo 138 a cifra dos soldados mortos no ataque talibã a uma base do Exército afegão no norte do país, nesta sexta-feira (21/04), e o número de feridos ultrapassa. As informações foram transmitidas por militares às agências de notícias Efe e AP, sob condição de anonimato.

O governo afegão tem sido muito cauteloso ao divulgar o total das vítimas, mas um porta-voz do Ministério de Defesa do Afeganistão confirma que "também morreram dez insurgentes, incluídos dois atacantes suicidas que se sacrificaram".

Os talibãs reivindicaram o atentado em comunicado enviado à agências Efe por seu porta-voz, Zabihullah Mujahid, enfatizando que mataram "mais de 100 soldados".

O ataque, que durou cerca de seis horas, começou pouco depois do meio-dia, quando os soldados deixavam a mesquita após as orações de sexta-feira, num quartel do distrito de Dihdadi, na periferia de Mazar-e-Sharif, capital da província de Balkh, uma das mais seguras de Afeganistão.

Os insurgentes talibãs trajavam uniformes militares e conseguiram penetrar na base militar em veículos do Exército, até serem descobertos no segundo posto de controle da entrada. Lá, o primeiro dos atacantes se suicidou, enquanto os outros iniciaram o tiroteio.

"Eles entraram no complexo usando dois caminhões do Exército, com metralhadoras na parte de cima. Eles abriram fogo sobre todo o mundo, e aí entraram na mesquita e no refeitório, matando todos, indiscriminadamente", relatou o oficial Mohammad Hussain, enquanto era tratado no hospital dos ferimentos sofridos na operação terrorista.

O gabinete do presidente afegão, Ashraf Ghani, publicou neste sábado uma única mensagem no Twitter, em que condena o "covarde ataque" contra os militares "durante a oração de sexta-feira": "Os atacantes são infiéis", conclui a nota.

AV/efe,afp,lusa,rtr

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