Em 13 de março de 2019, dois jovens encapuzados mataram sete pessoas na escola Raul Brasil. Instalados em prédio provisório, estudantes falam sobre o trauma sofrido e o temor de que a tragédia se repita.
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Quando soa o sinal do intervalo, uma longa fila da merenda começa a se formar no pátio. São os alunos da escola estadual Raul Brasil, em Suzano, instalados provisoriamente num outro prédio. Uma fronteira imaginária limita a circulação dos estudantes a uma parte do espaço, dominado pela sombra – nesta manhã fria de março, em pleno verão, os bancos iluminados pelo sol estão do lado restrito.
Foi num intervalo entre aulas como esse que, há um ano, em 13 de março de 2019, os alunos da escola na Grande São Paulo foram surpreendidos por dois atiradores encapuzados. Numa ação de horror planejada desde 2017, eles mataram cinco estudantes e duas funcionárias, e deixaram outros 11 feridos.
Os criminosos, de 17 e 25 anos, haviam executado o tio de um deles numa rua próxima momentos antes. Após a chegada da polícia à escola, na região central de Suzano, o atentado acabou com o atirador mais novo matando o comparsa e depois se suicidando. Ambos eram ex-alunos da escola.
Depois da tragédia, os intervalos das aulas ficaram mais silenciosos, conta um dos estudantes. No prédio provisório usado desde novembro do ano passado, quando a escola onde ocorreu a chacina entrou em reforma, não há espaço para educação física, reclamam.
As instalações pertencem a uma faculdade, que alugou salas de aula para a Secretaria Estadual de Educação abrigar os mil matriculados do 6º ano do ensino fundamental à 3ª série do médio, além dos 1,3 mil que frequentam o Centro de Ensino de Línguas da Raul Brasil.
"A gente tem medo de que aconteça de novo", diz um dos estudantes. "Dá medo de andar na rua, de estar num lugar com muita gente. Eu logo olho para os lados e penso: 'Por onde vou correr se alguém entrar atirando?'", complementa.
Muitos alunos ouvidos pela DW Brasil disseram que não falam sobre a tragédia com outras pessoas. "Tem colegas que ficam apavorados quando surge esse assunto. A gente queria, mas não consegue esquecer", explica outra estudante.
A mesma reação é relatada por professores. "Mexer na ferida talvez seja importante para curar a dor, mas muitos preferem não falar. Com os alunos, a gente também evita", conta uma professora que pediu para não ter o nome revelado nesta reportagem.
Na sala onde estudavam dois colegas da mesma turma mortos no massacre, ninguém ocupava as carteiras onde eles se sentavam. "Era como se ainda estivessem presentes", diz a professora.
Ainda em luto, muitos familiares das vítimas preferem não dar entrevistas.
"Nunca imaginei que isso pudesse acontecer aqui"
A cerca de um quilômetro dali, as obras na escola Raul Brasil estão em fase final. Com apoio financeiro de empresas, salas foram demolidas e reconstruídas, novos ambientes e laboratórios foram planejados. Os custos das obras ultrapassam 3 milhões de reais.
O acesso dos alunos passará a ser por uma nova via. O portão de entrada será em frente à casa de Carlos dos Santos Feitosa. No dia do ataque a tiros, o aposentado viu da janela do quarto o pânico de alunos que tentavam escapar subindo nas árvores da escola para pular o muro alto.
"Eu liguei para a polícia e abri o portão de casa para dar abrigo para eles", relembra Feitosa . "Nunca imaginei que isso pudesse acontecer aqui. Só tinha visto pela televisão, nos Estados Unidos."
Sobrevivente, José Vitor Ramos Lemos, de 19 anos, diz que não quer mais falar sobre as lembranças daquela manhã. Ele foi atingido por um dos criminosos no ombro direito, com um machado, e se recuperou depois de uma cirurgia. O jovem, que iria para o último ano do ensino médio na Raul Brasil, agora frequenta um curso supletivo em outra escola e planeja estudar Artes Cênicas.
A família também mudou de endereço. Sandra Lemos, mãe de José, conta que eram vizinhos do terceiro responsável pelo massacre que, segundo a investigação policial, foi um dos chamados autores intelectuais. O adolescente, porém, não participou ativamente no dia do crime e está detido na Fundação Casa.
"As mães têm que olhar mais para os filhos, a gente tem que ter uma atenção a mais, ter mais a amizade deles", sugere Lemos a todas as famílias depois do episódio trágico. "O governo também tem que olhar mais para isso. O último lugar que uma tragédia dessa poderia acontecer é na escola", comenta.
Rhillary Barbosa de Souza, 17 anos, não quer que o caso seja esquecido. "Temos que lembrar, isso não pode mais acontecer", diz a estudante. Atleta de jiu-jitsu, ela lutou com um dos assassinos, conseguiu fugir e abrir o portão da escola para que outros também escapassem.
"Foram pessoas que estudaram lá", diz sobre os atiradores. "A gente tem que conversar mais, a escola tem que acolher mais os alunos, os amigos precisam acolher os amigos sem tentar ofender ou diminuir ninguém", fala Rhillary sobre prevenção da violência.
Respostas e prevenção
Depois do atentado que chocou a população, o serviço de saúde mental de Suzano foi reforçado. Numa parceria com o governo do estado, a prefeitura contratou 41 psicólogos e estendeu o atendimento a todas as 23 unidades básicas de saúde e quatro centros especializados.
De julho a dezembro de 2019, o número de atendimentos na saúde mental chegou a 40,5 mil. "É o dobro em relação ao período anterior. Mas, neste primeiro ano, é natural o aumento da demanda", avalia Dulcinéia Gomes Ramos, coordenadora da área. A maior parte dos pacientes, 35%, têm entre 10 e 20 anos de idade.
O espaço para abordar os problemas e traumas é, por outro lado, só uma das formas de lidar com a violência, alerta Ramos. Aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos também precisam ser considerados nas soluções. É o que também indica a pesquisa feita por Flaviany Ribeiro, psicóloga e professora da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Ela conduziu estudos sobre o tema após o massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, em 2011.
"A escola fala pouco da vida social. É preciso envolver toda a comunidade e a família para falar sobre violência, depressão, sofrimento psíquico, automutilação", comenta Ribeiro sobre prevenção da violência nas escolas.
Embora o bullying seja muitas vezes apontado como justificativa para atos semelhantes ao de Suzano, é preciso evitar generalizações. "Usar só esse termo pode mascarar uma série de agressões, que podem ser racistas, de intolerância religiosa, homofóbica, entre outras", ressalta a psicóloga. "É preciso discutir tudo isso."
Olhar sobre o futuro
O atentado na escola Raul Brasil levou a rede estadual de ensino a incluir na grade uma nova disciplina desde o começo do ano, chamada "projeto de vida", com o objetivo de provocar reflexão e debater a visão de futuro dos estudantes. Devido à limitação do tempo de aula, a disciplina não é oferecida nas escolas no período da noite.
Na prática, porém, os professores que ficaram encarregados da disciplina, que são de diversas áreas do conhecimento e já davam aulas nas escolas, apontam dificuldades. Na visão deles, para que a disciplina "projeto de vida" tenha efeito, o debate deveria ser conduzida por profissionais habilitados, como psicólogos. Faltaria também um material específico para trabalhar com os alunos em sala de aula, criticam professores da rede estadual ouvidos pela DW Brasil.
Nas escolas municipais de Suzano, professores estão sendo capacitados para identificar alunos que possam estar vivendo num ambiente problemático e que podem ser levados a cometer atos violentos.
"A gente acredita que, com esse programa, está entregando alunos em melhores condições para a rede estadual, que pega os nossos alunos a partir do ensino fundamental 2", comenta Rodrigo Ashiuchi, prefeito de Suzano.
Nesta sexta-feira, quando a tragédia completa um ano, os alunos da Raul Brasil sabem que o massacre será lembrado em detalhes. Para aliviar o sofrimento, alguns organizam atividades diferentes durante a aula.
"Estamos arrecadando dinheiro pra fazer brincadeiras, distribuir doces, pipoca e ver filmes", explica uma das alunas, que diz ter o apoio de professores.
Organizados em pequenos grupos, eles passaram a semana vendendo itens e pedindo doações a vizinhos da escola e pedestres. "A gente só queria que nossos colegas que viveram aquela dor tivessem um dia bom", afirma a estudante.
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Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/M. Greif
Europa tem um dos dias com mais vítimas
As mortes por coronavírus saltaram na Europa, com Espanha, França e Reino Unido registrando suas taxas diárias mais altas desde o início da pandemia. Tanto a Espanha (foto) quanto a Itália confirmaram mais de 800 mortes em apenas 24 horas. A França, por sua vez, registrou a morte de 499 pacientes, enquanto o Reino Unido confirmou mais 381 óbitos. (31/03)
Foto: Imago-Images/Agencia EFE/S. Saez
Redes sociais removem postagens de Bolsonaro
Facebook e Instagram removeram vídeos publicados por Jair Bolsonaro sobre a visita que ele fez ao comércio da região de Brasília, contrariando as recomendações para que se evitem aglomerações. Na véspera, o Twitter já havia apagado vídeos do presidente, que se juntou a um pequeno grupo de chefes de Estado que já tiveram mensagens removidas pela rede social por violação das regras de uso. (30/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Mais de 3 bilhões estão em confinamento no mundo
Mais de 3,3 bilhões de pessoas, quatro em cada dez habitantes do mundo, estão confinadas em 78 países num esforço global para conter a propagação do novo coronavírus. Pelo menos 43% da população global, estimada pelas Nações Unidas em 7,79 bilhões em 2020, foi "obrigada ou aconselhada" a ficar em casa pelas autoridades de seus respetivos países ou territórios autônomos. (29/03)
Foto: Getty Images/D. Ramos
Alemanha recebe pacientes da Itália
A Luftwaffe (Força Aérea alemã) embarcou seis pacientes com covid-19 em Bérgamo, no norte da Itália, onde os serviços de saúde estão sobrecarregados. Os pacientes foram levados para o aeroporto de Colônia e transportados para diferentes hospitais para tratamento. (28/03)
Foto: Reuters/Luftwaffe/K. Schrief
Papa conduz oração em Praça de São Pedro esvaziada
O papa Francisco realizou uma histórica benção 'Urbi et Orbi' (À cidade e ao mundo), em uma Praça de São Pedro completamente vazia, como medida de prevenção diante da propagação do novo coronavírus. Para completar o cenário, o Vaticano levou para o local um crucifixo milagroso, que, segundo a tradição, salvou Roma da peste negra em 1522. (27/03)
Foto: Reuters/Y. Nardi
Casos de coronavírus pelo mundo superam marca do meio milhão
O número de casos registrados de infecção pelo coronavírus no mundo alcançou a marca de 510.000 casos. Mais de 23.000 pessoas morreram. No mesmo dia, os EUA ultrapassam Itália e China e se tornaram o país com maior número de casos da covid-19, com 82.404 registros. Já o Brasil alcançou a marca de 77 mortes e quase 3 mil casos da covid-19. (26/03)
Foto: Reuters/D.Ryder
Detectado buraco na camada de ozônio no Polo Norte
Um cientista alemão detectou o que diz ser o primeiro buraco na camada de ozônio acima do Polo Norte. Nas últimas duas semanas, a espessura da camada sobre o Ártico vem mostrando estar menor do que a que define o buraco sobre a Antártida, no Polo Sul. Em algumas áreas, a perda chega a 90%. (25/03)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Goldmann
Em pronunciamento, Bolsonaro minimiza novo coronavírus
Em seu terceiro pronunciamento em menos de 20 dias, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a pandemia de covid-19, atacou a imprensa e criticou medidas aplicadas por governadores para tentar conter o avanço do surto. "Caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho", afirmou Bolsonaro. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Teste negativo para covid-19
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, teve um primeiro resultado negativo para o coronavírus, anunciou nesta segunda um porta-voz do governo alemão. A chefe de governo, entretanto, deverá realizar novos testes. Ela está em casa, de quarentena, desde a noite de domingo. (23/03)
Foto: Reuters/M. Kappeler
Merkel em quarentena
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, ficará em quarentena em sua casa pelos próximos dias, após ter tido contato com um infectado pelo novo coronavírus, informou seu porta-voz, Steffen Seibert. Segundo ele, a chefe de governo foi tratada por um médico que foi diagnosticado com o vírus. A medida de quarentena é aplicada a todos aqueles que tiveram contato com infectados. (22/03)
Foto: Reuters/M. Kappeler
Morre o cantor Kenny Rogers
O cantor de música country americano Kenny Rogers, vencedor de três prêmios Grammy e 18 American Music Awards numa carreira de sucesso de seis décadas, morreu aos 81 anos de idade. O músico, intérprete de sucessos como "The Gambler" e "Just Dropped In", morreu de causas naturais, em sua casa em Sandy Springs, no estado da Geórgia. (21/03)
Foto: Reuters/M.J. Masotti
Governo reduz a zero crescimento do PIB em 2020
O governo federal reduziu a previsão oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2,1% para 0,02%, diante da crise provocada pela pandemia de coronavírus. O Ministério da Economia prevê um rombo de 161,2 bilhões de reais nas contas públicas em 2020. O governo já havia revisado a projeção de crescimento de 2,4% para 2,1% na semana anterior. (20/03)
Foto: Reuters/A. Machado
Itália supera China em número de mortos
O número de mortos por coronavírus na Itália superou o da China. O país europeu registrou 427 novos óbitos nas últimas 24 horas, elevando o total de vítimas a 3.405 desde o início do surto. Já a China registrou 3.245 mortes. A Itália, contudo, tem apenas pouco mais da metade do número de casos confirmados de infecção: são 41.035 até o momento, ante os 80.907 registrados no país asiático. (19/03)
Foto: Cindi Emond
"É sério. Levem a sério"
A luta contra a pandemia de coronavírus é o maior desafio que a sociedade alemã enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial, disse a chanceler federal Angela Merkel, em pronunciamento raro na televisão. Ela pediu à população que leve a sério as medidas de isolamento social e apelou à razão e à disciplina. "Podemos ser bem-sucedidos nessa tarefa se todos a entenderem como sua própria tarefa." (18/03)
Foto: Reuters/F. Bensch
Brasil tem primeira morte por coronavírus
O Brasil registrou a primeira morte em decorrência do coronavírus Sars-Cov-2. A vítima era um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que também sofria de diabetes e hipertensão. Ele não tinha histórico de viagem para o exterior. Até esta data, o Brasil contava 291 casos confirmados da doença covid-19, segundo o Ministério da Saúde. Os casos suspeitos em investigação somavam 8.819. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
França restringe circulação de pessoas
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a imposição de restrições drásticas na circulação de pessoas para tentar controlar a propagação do novo coronavírus. Pelos próximos 15 dias, os franceses poderão deixar suas casas apenas para ir ao trabalho, supermercado e realizar viagens estritamente necessárias. "Nós estamos em guerra", disse Macron. (16/03)
Foto: picture-alliance/abaca/E. Blondet
Protestos apesar do coronavírus
Brasileiros saíram às ruas em várias cidades do país em atos de apoio ao governo de Jair Bolsonaro e contra o Congresso e o STF, ignorando recomendações de autoridades de saúde de vários estados e da OMS para que se evitem aglomerações. Bolsonaro estimulou os atos com postagens em redes sociais e até participou da manifestação em Brasília, deixando o isolamento ao qual estava submetido. (15/03)
Foto: Reuters/M. Carnaval
Dois anos sem Marielle
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou dois anos. Com as investigações ainda em andamento, familiares cobram respostas da Justiça sobre quem foram os mandantes do crime. "É como se a gente estivesse num labirinto sem saída", desabafa Anielle Franco (foto), irmã de Marielle, em entrevista à DW Brasil. (14/03)
Foto: DW/J. Soares
Tranquilidade na Coreia do Norte
Com a pandemia do novo coronavírus, comandantes do Exército norte-coreano não precisam somente proteger o país dos inimigos ocidentais, mas também da covid-19. Quase todos os presentes no exercício militar usam máscaras de proteção, apenas o líder norte-coreano, Kim Jong-un, parece não se importar com o vírus. (13/03)
Foto: Reuters/Kcna
Chefe da Secom com coronavírus
O secretário de Comunicação do governo federal, Fábio Wajngarten, testou positivo para o coronavírus. Wajngarten voltou nesta semana de uma viagem aos Estados Unidos com o presidente Jair Bolsonaro, que já realizou exames para conferir se contraiu a doença. Os demais integrantes da comitiva também estão sendo monitorados.Nos EUA, Wajngarten ainda teve contato com o presidente Donald Trump. (12/03)
Foto: Reuters/U. Marcelino
OMS declara pandemia do novo coronavírus
A disseminação da doença covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, pode ser caracterizada como uma pandemia, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra, Suíça.egundo a OMS, já há mais de 118 mil casos de infecção com o vírus Sars-Cov-2 em 114 países, com 4.291 mortes oficialmente confirmadas. (11/03)
Foto: Getty Images/AFPV. Simicek
Putin sinaliza caminho para permanecer no poder até 2036
Enquanto a Rússia se prepara para uma reforma constitucional, o presidente Vladimir Putin sugeriu que poderia se candidatar mais uma vez à Presidência do país. Ele afirmou que aprovaria a proposta de mudanças constitucionais que lhe permitiriam ser reeleito duas vezes, caso o Tribunal Constitucional não tenha objeções. Se isso ocorrer, Putin poderia ficar na Presidência até 2036. (10/03)
Foto: Reuters/E. Novozhenina
Itália declara quarentena em todo o território
Em um esforço para conter a epidemia do novo coronavírus, a Itália anunciou que vai restringir o deslocamento de pessoas em todo o território nacional por três semanas. Todas as aglomerações públicas foram proibidas. No dia do anúncio, 9.000 pessoas já haviam contraído a doença no país. O número de mortes chegou a 463. (09/03)
Foto: Reuters/G. Mangiapane
Dia Internacional da Mulher
Centenas de milhares de mulheres saíram às ruas em protestos que marcaram o Dia Internacional da Mulher. Elas pediam igualdade de gênero. Apesar do cancelamento de várias manifestações devido ao surto de coronavírus, as marchas ocorrem em várias cidades do mundo, como Paris, São Paulo, Bangcoc, Istambul e Bogotá (foto). (08/03)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/J.C. Torres
Hotel em quarentena desaba na China
Um hotel usado para abrigar pessoas em quarentena devido ao coronavírus desabou na cidade de Quanzhou, no sudeste da China. Cerca de 70 pessoas estavam dentro do edifício com 80 quartos; muitas ficaram soterradas. A China, onde o novo coronavírus surgiu pela primeira vez, já confirmou mais de 80 mil casos de infecção, sendo o país mais atingido pela doença. (07/03)
Foto: Reuters/CNS Photo
Mais de 100 mil casos de coronavírus
O número de pessoas infectadas pelo coronavírus Sars-CoV-2 em todo o mundo ultrapassou a marca dos 100 mil. Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação especialmente com o fato de a doença se espalhar para países com sistemas de saúde menos preparados para lidar com possíveis surtos. (06/03)
Foto: Imago Images/AFLO/Lee Jae-Won
Putin e Erdogan fecham acordo sobre cessar-fogo na Síria
Líderes de Rússia e Turquia chegam a acordo após agravamento do conflito deixar tropas dos dois países próximas a um confronto direto. Crise na província de Idlib levou à fuga de quase um milhão de pessoas.(05/03)
Foto: picture-alliance/AA/M. Cetinmuhurdar
Líderes políticos homenageiam vítimas dos ataques em Hanau
Chanceler Angela Merkel assina livro de condolências em cerimônia para honrar mortos nos atentados de motivação racista. Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier pede a defesa da liberdade e da democracia no país.(04/03)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
UE promete apoio à Grécia para deter migrantes na fronteira
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, diz que Bruxelas repassará 700 milhões de euros para ajudar Atenas. Grécia é o "escudo da Europa", afirma Von der Leyen, enquanto milhares de refugiados tentam cruzar a fronteira com a Turquia.(03/03)
Foto: Getty Images/AFP/A. Messinis
Lula recebe título de cidadão honorário de Paris
Na capital francesa, ex-presidente Lula criticou o que chamou de "enfraquecimento do processo democrático" no Brasil e agradeceu o apoio da prefeita Anne Hidalgo. Honraria é concedida a personalidades que se destacam pela defesa dos direitos humanos. (02/03)
Foto: AFP/A. Jocard
Centro-direita assume o poder no Uruguai
O novo presidente do Uruguai, o centro-direitista Luis Lacalle Pou, tomou posse no cargo, encerrando 15 anos de governos de esquerda no país. Em discurso, ele defendeu o fortalecimento do Mercosul e pediu que questões ideológicas sejam deixadas de lado. Presente na cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro foi aplaudido e vaiado pelo público do lado de fora do Palácio Legislativo. (01/03)