Um ano depois, assassinato de Khashoggi segue impune
Tom Allinson fc
2 de outubro de 2019
Morte do jornalista saudita completa um ano com questões em aberto. Assassinos não foram condenados, e as principais figuras na investigação até agora escaparam de um julgamento em Riad, questionado internacionalmente.
Anúncio
Os detalhes arrepiantes do assassinato de Jamal Khashoggi, há exato um ano, e a incriminação de indivíduos próximos à realeza saudita ainda contaminam a imagem de modernizador do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, e corrompem as relações com aliados ocidentais.
Embora a emissora americana CBS tenha citado no sábado (28/09) que Salman assumiu, como líder saudita, a "responsabilidade total" pelo crime, ele negou ter ordenado o atentado contra Khashoggi, o que foi descrito como "desonesto" por autoridades do país.
Investigadores da ONU sustentam que o assassinato do jornalista dissidente, dentro do consulado saudita em Istambul, foi "planejado e perpetrado por funcionários do Estado da Arábia Saudita".
As investigações da CIA e das Nações Unidas apontam que um esquadrão de 15 sauditas com status diplomático, incluindo um perito forense carregando uma serra de osso, voou para Istambul para interceptar Khashoggi no momento em que ele entrava no consulado saudita para obter os papéis para seu casamento.
A equipe da ONU teve acesso – mas não pôde verificar – às transcrições das gravações de áudio turcas que sugerem que Khashoggi teria recebido uma injeção com um sedativo, sido sufocado e esquartejado. O corpo do saudita não foi encontrado, e os investigadores afirmam que a cena do crime foi limpa de maneira forensicamente adequada antes de as autoridades turcas terem acesso a ela.
Os senadores dos Estados Unidos informados pela CIA apontaram uma série de telefonemas entre Salman, seu assistente próximo Saud al-Qahtani e um membro do esquadrão que participou do assassinato, o que compromete o príncipe herdeiro.
A relatora da ONU Agnès Callamard afirmou que as evidências de uma organização estatal do crime exigiam uma investigação criminal que incluísse o príncipe Salman.
O julgamento saudita
O processo em curso na Arábia Saudita para julgar os envolvidos tem recebido fortes críticas.
Os promotores sauditas realizam um julgamento fechado que envolve 11 suspeitos, com cinco deles enfrentando pena de morte. Mas figuras importantes como Qahtani foram resguardadas do processo, que não atende aos padrões internacionais, segundo afirmou Callamard em entrevista à DW.
"[O julgamento] é mantido a portas fechadas, e os mentores não foram incluídos nele. Não se sabe por que essas 11 pessoas foram acusadas e mais nenhuma outra, considerando que havia 15 pessoas na equipe do assassinato, mais seu cúmplice em Riad", disse Callamard.
"O julgamento não inclui Saud al-Qahtani, embora o próprio procurador, em uma declaração pública, o tenha reconhecido como a pessoa que incentivou o esquadrão a sequestrar o senhor Khashoggi", completou.
Os promotores sauditas disseram que o braço direito de Qahtani, Ahmed al-Asiri, supervisionou a operação para repatriar Khashoggi, mas não para matá-lo. Mas o próprio Qahtani desapareceu silenciosamente desde que o rei Salman o demitiu por conta do caso.
Fontes turcas e árabes citadas pela agência de notícias Reuters disseram que Qahtani, durante o assassinato, foi colocado em contato com o consulado via Skype e proferiu insultos contra Khashoggi.
Para Yasmine Farouk, especialista do think tank Fundo Carnegie para a Paz Internacional, a liderança saudita fica numa posição difícil ao sacrificar sua equipe de inteligência pelo cumprimento de suas alegadas ordens.
"Se eles consideram suas próprias pessoas culpadas pela morte de Khashoggi, e foi alguém do palácio que a ordenou, [...] isso pode ter implicações para sua credibilidade dentro do sistema", afirmou Farouk à DW.
Chances de desvelar a verdade?
Embora o pedido de Agnès Callamard para uma investigação criminal internacional ainda não tenha ganhado muita força, o assassinato de Khashoggi continua sendo um elemento vivo na diplomacia internacional e nas relações entre Estados Unidos e Arábia Saudita.
"Esse crime e esse relatório sempre estarão lá na prateleira. Sempre assombrarão a Arábia Saudita e sempre estarão lá para serem usados em tempos de crise com a Arábia Saudita", disse Farouk. "Mas, para além disso, se estamos esperando ações concretas da ONU, isso não vai acontecer por enquanto."
Callamard afirmou que, embora o julgamento saudita tenha falhas, ela acredita que se chegará a uma verdade "definitiva" e "credível". Contudo, "a justiça para Khashoggi deve apresentar outras dimensões".
Isso significa acolher novas evidências de jornalistas, agências de inteligência e governo; dirigir sanções a pessoas com patentes mais altas dentro do Estado; celebrar os valores pelos quais Khashoggi morreu e reforçar a proteção aos jornalistas – desde o assassinato do dissidente saudita, em 2 de outubro do ano passado, 26 jornalistas foram mortos, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Relações internacionais
Embora tenha havido sinais de um degelo nas relações desde que os aliados ocidentais de Riad se uniram para apoiar a Arábia Saudita contra o que ela chamou de ataques iranianos às suas instalações petrolíferas, as relações continuam espinhosas.
Na quinta-feira passada, uma tentativa saudita de bloquear uma investigação no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre as atrocidades da guerra no Iêmen foi rejeitada, apesar do forte lobby.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou previamente várias medidas denunciando a liderança saudita, mas o presidente Donald Trump vetou a legislação para bloquear as vendas de armas e retirar o apoio à guerra no Iêmen, a fim de manter um parceiro estratégico contra o Irã.
A Alemanha, por sua vez, estendeu o congelamento nas vendas de armas para os sauditas após o assassinato de Khashoggi, mas anunciou que vai reiniciar o treinamento conjunto das forças policiais, ao mesmo tempo que se juntou ao Reino Unido e à França para expressar "total solidariedade" em culpar o Irã pelos ataques recentes.
Para Callamard, o legado de Khashoggi está em sua inspiração a jovens críticos sauditas e em como sua morte manchou a imagem reformista que o príncipe Salman tentou cultivar.
"Sua reputação como rei ou príncipe modernista foi desmascarada e se mostrou o que é: uma concha vazia", afirmou Callamard. "O imperador está nu, e os servos cada vez mais expressarão sua opinião."
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/A. Schmidt
Protesto em Berlim
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de protesto em Berlim. Dezenas de ativistas do braço alemão do Greenpeace organizaram uma manifestação em frente à sede da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), no centro da capital alemã, contra a visita do brasileiro. Na Alemanha, ministro tenta reverter derretimento da imagem do Brasil no exterior. (30/09)
Foto: DW/C. Neher
Vitória conservadora na Áustria
Apoiadoras do ex-chanceler federal Sebastian Kurz reagem surpresas à vitória do Partido Popular (ÖVP) nas legislativas, superando as expectativas, com 37,1% dos votos. Em 2º lugar, Partido Social-Democrata (SPÖ) limitou-se a 21,8%. Abalado por escândalo, ultranacionalista Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), que governava em coalizão com Kurz, despencou, obtendo apenas 16% nas urnas. (29/09)
Foto: AFP/J. Klamar
Choques isolados em manifestação pacífica
"Radicais lançaram coquetéis molotov contra escritórios do governo", anunciou a polícia de Hong Kong. No entanto os bloqueios de ruas e trocas de pedras e gás de pimenta foram exceção no quinto aniversário do fim da chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, em que dezenas de milhares de cidadãos foram às ruas num protesto pró-democrático pacífico. (28/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
Nigéria resgata mais de 300 jovens torturados em escola islâmica
A polícia da Nigéria resgatou mais de 300 crianças e jovens do sexo masculino de uma escola islâmica na cidade de Kaduna, no norte do país. Muitos deles estariam sendo torturados e abusados sexualmente, e cerca de 100 foram encontrados acorrentados. O proprietário da escola e seis funcionários foram presos durante a operação. (27/09)
Foto: Reuters/Television Continental
Morre ex-presidente francês Jacques Chirac
O ex-presidente da França Jacques Chirac morreu aos 86 anos. Chefe de Estado, entre 1995 e 2007, ele se destacou por ter se oposto à invasão do Iraque pelos EUA em 2003. No poder, reconheceu ainda o papel da França na perseguição de judeus na 2° Guerra. Seus últimos anos foram marcados por problemas de saúde e com a Justiça. Foi o primeiro ex-presidente da França condenado por corrupção. (26/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Kovarik
Pequim inaugura um dos maiores aeroportos do mundo
O novo aeroporto internacional de Daxing, um dos maiores terminais do mundo, começou a operar em Pequim. O presidente chinês, Xi Jinping, inaugurou a infraestrutura cuja construção começou em 2015. O terminal possui cinco andares e uma área de 700 mil metros quadrados. As autoridades chinesas esperam que, até 2025, o novo terminal receba 72 milhões de passageiros anuais. (25/09)
Na ONU, Bolsonaro ataca “globalismo” e "ambientalismo radical"
Em seu primeiro pronunciamento na ONU, Jair Bolsonaro usou um tom de confronto, repetindo o estilo que usou nas eleições de 2018, ao mesclar denúncias sobre uma suposta ameaça de um "globalismo" socialista que colocaria em risco a soberania brasileira e acusações contra a imprensa internacional. Ele disse ainda que é uma "falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade". (24/09)
Foto: Getty Images/AFP/L. Marin
Quebra da operadora britânica Thomas Cook cancela 600 mil viagens
A agência de viagens Thomas Cook, com 178 anos de história, encerrou as operações após o fracasso das negociações de emergência com o principal acionista e credores. Por causa do fechamento, será necessário aplicar um plano de emergência para a repatriação de 600 mil turistas em todo o mundo, incluindo 150 mil britânicos, numa operação inédita no Reino Unido desde a 2° Guerra Mundial. (23/09)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Stein
Violência em Hong Kong
Ativistas mascarados depredaram uma estação de metrô durante o 16º fim de semana consecutivo de protestos em Hong Kong. Os manifestantes usaram martelos para quebrar os sensores dos portões e danificaram as câmeras de segurança e telas das máquinas de bilhetes. A polícia de choque chegou depois do ataque e a estação foi fechada com uma grade de metal. (22/09)
Foto: Reuters/Aly Song
Alerta contra "coletes amarelos"
O governo da França deslocou cerca de 7,5 mil agentes da lei para evitar tumultos e vandalismo em mais uma jornada de protestos no país, desta vez promovida por ativistas do clima. Autoridades francesas alertaram contra "coletes amarelos" violentos infiltrando-se nas manifestações em Paris. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no centro da capital. (21/09)
Foto: Getty Images/AFP/Z. Abdelkafi
Protestos pelo mundo pedem ações contra mudanças climáticas
Manifestações pedindo ações políticas concretas contra as mudanças climáticas ocorreram em todo o mundo como parte da Greve Global pelo Clima, uma mobilização global iniciada pelo movimento Greve pelo Futuro, lançado pela ativista Greta Thunberg. Estudantes em cerca de 150 países saíram às ruas mundiais. Na Alemanha, movimento reuniu 1,4 milhão de pessoas. (20/09)
Foto: DW/Vladimir Esipov
Ex-ditador tunisiano Ben Ali morre aos 83 anos
O ex-ditador da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali morreu aos 83 anos. Ele vivia na Arábia Saudita desde 2011, quando foi deposto após uma série de protestos que desencadeou a Primavera Árabe. Ele comandou a Tunísia de 1987 ao início de 2011. No período, o país registrou um crescimento econômico substancial, mas também abuso de direitos humanos e supressão da liberdade de imprensa. (19/09)
Foto: Reuters/Z. Souissi
Arábia Saudita exibe destroços de armas usadas em ataque e acusa Irã
O Ministério da Defesa da Arábia Saudita exibiu destroços de drones e mísseis de cruzeiros que, segundo os investigadores sauditas, foram usados no ataque a duas instalações petrolíferas do país. De acordo com um porta-voz da pasta, a análise do material e da trajetória das armas mostra "que o ataque foi sem dúvida patrocinado pelo Irã". (18/09).
Foto: picture-alliance/dpa/Bildfunk/A. Nabil
Eleitores israelenses vão às urnas – de novo
Israel foi mais uma vez palco de uma eleição geral – a segunda em cinco meses – para a escolha dos 120 membros do Parlamento. O pleito foi convocado após o premiê Benjamin Netanyahu não conseguir formar uma coalizão em abril. A boca de urna apontou empate técnico entre o partido do premiê e o do seu rival, Benny Gantz, levantando dúvidas sobre quem vai liderar a próxima coalizão de governo.
Foto: Getty Images/AFP/M. Kahana
Preço do petróleo dispara após ataque a instalações sauditas
O ataque a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, que resultou na perda de 5% da produção mundial de petróleo bruto, fez o preço do produto no mercado internacional disparar. Logo após a abertura dos mercados, o preço do petróleo bruto disparou nos Estados Unidos, aumentando rapidamente em 15%, com o preço do petróleo tipo brent subindo quase 20%. (16/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Planet Labs Inc
O 99° dia de protestos
A polícia dispara bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água colorida. Os ativistas respondem com pedras e coquetéis molotov. Assim decorre o 99° dia de manifestações pró-democracia em Hong Kong. Apesar da proibição, dezenas de milhares de militantes tomam as ruas nos arredores do Parlamento e da sede do Executivo local. (15/09)
Foto: Reuters/J. Silva
Tomando o espaço dos carros
Por ocasião do Salão do Automóvel de Frankfurt, cerca de 10 mil ciclistas fecham temporariamente estradas nos arredores da cidade alemã. Ambientalistas a pé também organizam marchas para protestar contra a poluição causada pelo motor de combustão e pedir mais investimentos em transportes menos poluentes. Ao todo, cerca de 20 mil participam dos atos.(14/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Probst
Greve contra reforma da Previdência paralisa Paris
Paris viveu um dia de caos no transporte público, com centenas de milhares de pessoas afetadas por causa de uma greve de motoristas de ônibus e metroviários, que protestaram contra a reforma da previdência promovida pelo governo francês. Dez linhas de metrô da cidade ficaram completamente paralisadas e apenas um terço dos ônibus saiu das garagens. (13/09)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Mais da metade dos alemães vê democracia sob ameaça
Mais da metade dos alemães acredita que a democracia está em perigo, segundo pesquisa divulgada pelo instituto YouGov. A ascensão da extrema direita é a principal causa dessas preocupações. Dos entrevistados, 53% concordam que a democracia está sob ameaça na Alemanha. Para 79%, a democracia é a melhor forma de governo, embora apenas 54% considerem satisfatório o atual regime democrático. (12/09)
Foto: Getty Images/AFP/C. Bilan
Água em planeta potencialmente habitável
Cientistas anunciaram que detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera de um exoplaneta – fora do Sistema Solar – com temperaturas semelhantes às da Terra, o que significa que sua superfície pode conter água líquida. O planeta rochoso K2-18b orbita sua estrela na chamada "zona habitável". Segundo os cientistas, ele é o melhor candidato na busca por vida fora da Terra. (11/09)
Foto: picture-alliance/T. Nyhetsbyran
Trump demite John Bolton
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, informou que pediu ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, que renunciasse ao cargo, em meio a fortes discordâncias entre os dois em várias questões políticas. No cargo há pouco mais de um ano, Bolton foi o primeiro enviado de Trump a Bolsonaro e vinha defendendo uma abordagem linha-dura dos EUA com adversários. (10/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Zemlianichenko
Alemanha lança selo para roupas sustentáveis
A Alemanha lançou um selo para têxteis fabricados de forma sustentável. Batizado de Botão Verde, o novo carimbo estatal visa fornecer garantia aos consumidores para roupas cuja produção atende a certos padrões sociais e ambientais, incluindo salário mínimo para trabalhadores, proibição de trabalho infantil e uso de certos produtos químicos e poluentes. Críticos afirmam que medida é fraca. (09/09)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/M. Hasan
STF proíbe que Prefeitura do Rio censure livros
Dois ministros do STF cassaram uma decisão do TJ-RJ que autorizou a prefeitura do Rio a apreender livros com temática LGBT na Bienal do Livro. Dias Toffoli disse que a apreensão violava a “ordem jurídica". Gilmar Mendes declarou que o caso configurava “discriminação de gênero”. A controvérsia começou quando o prefeito Marcelo Crivella tentou apreender uma HQ que mostrava um beijo gay (08/09).
Foto: AFP/Bienal Do Livo Do Rio/M. Mercante
Primeiro 7 de Setembro de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro participou de seu primeiro desfile de 7 de Setembro como chefe de Estado. A celebração do Dia da Independência foi marcada por quebra de protocolo por parte do presidente e protestos contra o governo em várias cidades do país. Além de familiares, estiveram na tribuna ao lado de Bolsonaro em Brasília políticos e empresários, como Silvio Santos e Edir Macedo. (07/09)
Foto: Reuters/A. Machado
Morre o ex-ditador Robert Mugabe
O ex-ditador do Zimbábue Robert Mugabe morreu aos 95 anos, quase dois anos após ser forçado a deixar o poder. Ele liderou seu país com mão de ferro por 37 anos. Mugabe chegou a ser um figura internacional popular nos anos 1980 por seu papel na luta pela independência do país, mas o com o tempo seu governo foi marcado pela corrupção generalizada, autoritarismo, crimes e ruína econômica. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Magakoe
A estafa do Brexit
Manifestante pró-UE descansa no gramado diante do Parlamento britânico. Em meio ao caos instalado no Reino Unido, Jo Johnson, irmão do primeiro-ministro Boris Johnson, renuncia como ministro e diz que deixa também seu lugar no Parlamento, alegando conflitos pessoais entre a vida familiar e política. Anúncio ocorre pouco depois de premiê expulsar 21 deputados de seu próprio partido. (05/09)
Foto: picture-alliance/PA Wire/J. Brady
Hong Kong cede à pressão popular
Após três meses de intensos protestos, a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, anuncia a retirada definitiva do polêmico projeto de lei de extradição que originou a onda de manifestações na região administrativa especial chinesa. Em declaração gravada e exibida pela televisão, Lam anuncia "ações para iniciar um diálogo" com os diversos setores da sociedade. (04/09)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
À espera do furacão
Abrigo emergencial na Flórida, nos EUA, realiza os últimos preparativos para receber afetados pelo Dorian. Um dos mais poderosos furacões já registrados no Atlântico, a tempestade seguiu rumo ao litoral americano após provocar devastação e enchentes nas Bahamas. As autoridades dos EUA ordenaram que mais de um milhão de pessoas deixem suas casas. (03/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Herbert
Italianos apreendem navio de resgate alemão
Autoridades da Itália apreenderam o navio Eleonore, que pertence à ONG alemã Mission Lifeline. A ação ocorreu pouco depois de a embarcação entrar em águas territoriais italianas para tentar atracar em Pozzallo, na Sicília, com 104 migrantes resgatados no Mediterrâneo. Segundo as autoridades, o navio violou uma proibição de entrar em águas territoriais italianas. (02/09)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Filous
A AfD cresce, mas o centro resiste no Leste da Alemanha
Eleitores dos Estados da Saxônia e de Brandemburgo foram às urnas para escolher seus novos parlamentos locais. Os resultados consolidaram os populistas de direita da Alternativa para a Alemanha (AfD) como a segunda maior força política nos dois Estados. Mas legendas como a CDU de Angela Merkel e o Partido Social-Democrata conseguiram impedir que os populistas terminassem em primeiro lugar. (01/09)