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Um encontro com obstáculos

lk11 de novembro de 2002

O conflito na Chechênia e o enclave russo de Kaliningrado são os temas do encontro entre o presidente da Rússia e representantes da UE.

Presidente da Rússia anunciou um plano para a ChechêniaFoto: AP

Para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o encontro com a cúpula da União Européia – o atual presidente do conselho, o primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, e o coordenador da política externa, Javier Solana –, nesta segunda-feira (11/11), em Bruxelas, representa um grande desafio.

O debate sobre o conflito na Chechênia, que voltou a escalar depois que rebeldes chechenos tomaram reféns num teatro em Moscou, duas semanas atrás, pode ser motivo de tensões entre as delegações participantes. A União Européia assevera seu apoio à Rússia no combate ao terrorismo, mas insiste também na observação dos direitos humanos e numa solução pacífica para o conflito na província do Cáucaso.

Putin apresenta plano para a Chechênia

Após receber líderes chechenos fiéis ao governo federal no Kremlin, o presidente da Rússia anunciou neste domingo(10/11) um plano de pacificação progressiva da província: suspensão das lutas, realização de um referendo sobre uma Constituição e eleição de um presidente.

O governo russo quer uma nova Constituição que conceda autonomia à Chechênia, mas a mantenha sob o controle de Moscou. O problema é que a administração pró-Rússia, encabeçada por Akhmad Kadyrov, não conta com o apoio da população local.

A proposta de Putin é um sinal de que o presidente russo está disposto a encaminhar uma solução política para a questão da Chechênia, a que ele passou a atribuir prioridade. Até agora, o presidente russo sempre defendera uma linha dura no tratamento da questão. Tanto que cancelou recentemente sua participação na conferência de cúpula, que deveria ter se realizado em Copenhague, depois que a UE se recusou a proibir a realização de uma conferência de chechenos na capital dinamarquesa. O encontro precisou ser adiado e transferido para Bruxelas.

Num ponto, porém, Putin se mantém firme: voltou a excluir a possibilidade de diálogo com o líder dos separatistas e presidente checheno, Aslan Maskhadov, que vive na clandestinidade, referindo-se a ele como um "assassino que optou pelo terrorismo".

Solução para Kaliningrado à vista

Com relação ao enclave russo de Kaliningrado, espera-se um consenso entre russos e europeus com base numa proposta apresentada pela UE. Para facilitar as viagens da Rússia para o enclave, que ficará completamente cercado por territórios da UE após a expansão da comunidade para o Leste do continente, em 2004, os europeus propõem a introdução de um documento simplificado de trânsito, abdicando da exigência de um visto. Asseguram também a existência de uma ligação férrea direta entre a Rússia e Kaliningrado. A solução desta questão, da qual Putin diz "que toca os interesses existenciais de todos os russos", deverá dar grande impulso às relações entre a Rússia e a UE.

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