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União Africana exige que militares de Burkina Faso deixem o poder

3 de novembro de 2014

Organização dá a Forças Armadas prazo de duas semanas para devolverem governo aos civis. Tomada do poder veio após revolta popular que resultou na renúncia do presidente.

Isaac Zida, subchefe da Guarda Presidencial, foi nomeado chefe de Estado interinoFoto: ISSOUF SANOGO/AFP/Getty Images

A União Africana (UA) deu nesta segunda-feira (03/11) ao Exército de Burkina Faso duas semanas para que devolva o poder a um governo civil. A organização ameaçou aplicar sanções caso os militares não cumpram a exigência.

As Forças Armadas tomaram o poder depois que o presidente Blaise Compaore renunciou na última sexta-feira, depois de 27 anos no cargo. O passo foi tomado pelo governante após violentos protestos contra sua tentativa de estender o mandato.

O subchefe da Guarda Presidencial de Burkina Faso, tenente-coronel Yacouba Isaac Zida, foi nomeado pelos militares como chefe de Estado interino.

"A União Africana está convencida de que a mudança foi antidemocrática. As circunstâncias foram aproveitadas pelas Forças Armadas para tomar o poder, mas tudo começou com a população", disse Simeon Oyono Esono, chefe do Conselho de Paz e Segurança da UA. "Levando em conta a origem da revolta popular que levou os militares a assumirem o poder, determinamos um período de duas semanas, e, depois disso, aplicaremos sanções."

A ONU, os Estados Unidos e a União Europeia também pediram que os militares devolvam o poder aos civis.

Após o prazo de duas semanas, a AU enviará um enviado especial ao país e se reunirá novamente "para analisar a situação e ver que passos tomar a seguir".

LPF/afp/rtr

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