A União Européia (UE) decidiu nesta quinta-feira (18/05) bloquear os bens e fundos do presidente bielo-russo, Alexander Lukashenko, e de outros 35 altos funcionários devido à fraude cometida nas eleições presidenciais de 19 de março e à repressão à oposição democrática.

As sanções somam-se às restrições impostas a Lukashenko e a outros 30 altos funcionários para viajar à União Européia. A UE já tinha proibido antes a entrada de outros seis membros do alto escalão do governo bielo-russo, devido à fraude cometida nas eleições legislativas e no plebiscito realizados em 2004, no qual Lukashenko reformou a Constituição para poder disputar um novo mandato.

Lukashenko tomou posse de seu terceiro mandato consecutivo em abril passado, após ganhar – com mais de 82% dos votos – eleições que a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) considerou fraudulentas.

A UE pediu a Minsk que liberte os 500 a 1000 manifestantes que foram detidos nos protestos que aconteceram após o pleito. No entanto, a União Européia descartou adotar sanções econômicas contra Belarus, para não prejudicar a população civil.

A Comissão Européia anunciou que pretende intensificar as relações com a sociedade civil e continuar a difusão de informação independente por rádio, televisão e internet para Belarus. O Parlamento Europeu pediu no mês passado novas eleições em Belarus, antiga república soviética hoje aliada de Moscou.