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União Européia preocupada com segurança de Arafat

Marcio Weichert29 de março de 2002

Na presidência da UE, Espanha pede a Israel que suspenda ataques à sede da presidência palestina. Embaixador alemão diz que Arafat é peça-chave para fim da violência no Oriente Médio. Polícia reforça segurança em Berlim.

Tanque israelense pára diante da sede palestina em Ramallah e aponta seu canhão para o gabinete de ArafatFoto: AP

O governo espanhol, que exerce atualmente a presidência da União Européia, reagiu oficialmente na noite de sexta-feira ao ataque de Israel à sede da Autoridade Palestina, em Ramallah, iniciada quase 24 horas antes. Em nota divulgada em Madrid, a UE exige que o Exército israelense suspenda sua ofensiva e retire suas tropas da cidade palestina.

A União Européia vê como legítimas a luta de Israel contra o terrorismo e sua reação aos brutais atentados dos últimos dias. No entanto, é preciso garantir a imunidade do presidente Yasser Arafat, assim como das demais autoridades palestinas, afirma a nota.

Por outro lado, Madrid apelou ao líder palestino que se engaje "com toda força" pelo fim do terrorismo e puna os responsáveis pelos ataques à população civil israelense. Para o embaixador alemão em Israel, Rudolf Dressler, Arafat continua sendo "figura-chave no conflito do Oriente Médio" e precisa tomar uma atitude de fato para acabar com a onda de violência.

Berlim

– A escalada do conflito começa a refletir-se nas ruas da capital alemã. Nesta sexta-feira, centenas de palestinos e simpatizantes reuniram-se espontaneamente num ato público na praça Breitscheidplatz. Um dos iniciadores do protesto disse que a manifestação era pelo fim do massacre e da ocupação israelense e em solidariedade ao povo palestino. Não houve incidentes. Um novo protesto está convocado para sábado.

A polícia berlinense informou que está reforçando as medidas em segurança próximo a prédios israelenses e judeus. Eles já vinham recebendo atenção especial desde o início da semana, devido à festa do Pessach, uma das mais tradicionais dos judeus, que comemora a saída de Moisés do Egito.

Marchas de Páscoa

– Sem divulgar números, os organizadores das Marchas da Páscoa anunciaram, em Frankfurt, ter crescido o interesse da população alemã nas mobilizações pela paz deste ano. Vários cultos religiosos, caminhadas, passeios ciclísticos e atos públicos foram realizados em diversas cidades nesta sexta-feira. Outros eventos estão programados para os próximos dias do feriadão.

Junto com organizações pacifistas israelenses e palestinas, os organizadores das Marchas da Páscoa reivindicam "o fim da espiral da violência no Oriente Médio". No entanto, o alvo principal da campanha é a presença das Forças Armadas alemãs em zonas de conflito. Os pacifistas alemães querem o retorno de todos os soldados da Bundeswehr em missão no exterior, especialmente "na guerra dos EUA" no Afeganistão e nos Bálcãs.

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