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Para salvar o euro

10 de maio de 2010

Pacote de estabilização da moeda disponibiliza 750 bilhões de euros para países que precisarem de ajuda. O dinheiro virá da Comissão Europeia, dos países da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional.

Foto: bilderbox

Depois de uma maratona de negociações – foram mais de 12 horas de conversas em Bruxelas –, ministros das Finanças da União Europeia (UE) anunciaram durante a madrugada desta segunda-feira (10/05) a criação de um mecanismo de estabilização para proteger a moeda comum. O pacote disponibiliza 750 bilhões de euros.

Desse total, 60 bilhões de euros foram garantidos pela Comissão Europeia. Os 16 países da zona da moeda se comprometeram a disponibilizar 440 bilhões de euros, dos quais 123,2 bilhões – a maior parcela – viriam da Alemanha. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) pode contribuir até com 250 bilhões.

Esse é o maior plano de resgate financeiro anunciado pela UE desde o início da crise. O pacote de crédito poderá ser acionado por países da União Europeia que tiverem problemas de solvência. O objetivo é manter a moeda estável.

Reações

"Estamos protegendo o dinheiro das pessoas na Alemanha", comentou nesta segunda-feira, em Berlim, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, numa referência ao "efeito cascata" que a insolvência da Grécia traria para os demais países europeus. Ela acrescentou que o pacote é importante para "assegurar o futuro do euro".

Na Ásia, os mercados reagiram bem às medidas anunciadas: o euro subiu 2% no início da manhã. Na Europa, as bolsas também registraram alta na abertura dos negócios, e o euro ultrapassou a barreira de 1,30 dólar. Na semana passada, e moeda atingira a cotação mais baixa frente ao dólar dos últimos 14 meses, sendo negociada a 1,26 dólar.

Na última sexta-feira, a União Europeia liberou 110 bilhões de euros para a Grécia, país que desencadeou o temor de que a moeda comum do bloco sofra com a especulação financeira. Economistas calculam que, caso Portugal, Irlanda e Espanha tenham que pedir ajuda semelhante ao caso grego, os custos podem chegar a 500 bilhões de euros.

NP/dpa/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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