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União Europeia decide suspender parte das sanções a Mianmar

23 de abril de 2012

Em reconhecimento às reformas democráticas, UE suspende por um ano a maioria das sanções a Mianmar, mas mantém o embargo à venda de armas. Líder opositora Suu Kyi se recusa a prestar juramento à Constituição.

Foto: Reuters

Os ministros do Exterior da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira (23/04) em suspender por um ano a maioria das sanções a Mianmar, em reconhecimento às reformas democráticas implementadas no país após meio século de regime militar, segundo fontes diplomáticas ouvidas pelas agências de notícias AFP e DPA.

Reunidos em Bruxelas, os ministros dos 27 países do bloco suspenderam sanções econômicas e comerciais e também restrições a indivíduos, mas não mexeram no embargo à venda de armas. As sanções, suspensas por um ano, afetam diretamente cerca de 500 pessoas e mais de 800 empresas.

A decisão tomada pelos ministros é um reflexo das mudanças presenciadas em Mianmar, onde o governo levou adiante reformas democráticas e a veterana opositora Aung San Suu Kyi conquistou recentemente um assento no Parlamento.

Desde 1988 a UE impunha sanções econômicas ao país para penalizar seu antigo regime militar por desrespeito aos direitos humanos e devido à ausência de reformas democráticas. Diplomatas disseram que a UE escolheu suspender as sanções em vez de revogá-las por ser a única opção consensual entre os 27 países-membros.

Ausência da Liga Nacional Democrática no Parlamento

Nesta segunda-feira, Suu Kyi e seu partido Liga Nacional Democrática (NLD) discordaram do juramento que os obriga a "salvaguardar" a Constituição redigida pela antiga junta militar do país. Ele se recusaram a comparecer à sessão inaugural do Parlamento.

A NLD pediu ao presidente de Mianmar, Thein Sein, para que a palavra fosse alterada para "respeitar" a Constituição. Suu Kyi e 36 membros de seu partido conquistaram lugares no Parlamento nas eleições de 1º de abril. "Nós só estamos defendendo os nossos princípios", disse o porta-voz da NLD, Nyan Win.

"Eu não acho que Aung San Suu Kyi vai ficar longe do Parlamento", disse Kwin Maung Swe, líder da Liga Nacional da Força, um partido que se originou da NLD. "No final, ela vai participar. Seria completamente errado se eles não participassem do Parlamento, além de ignorar o desejo da população", acrescentou.

Em Tóquio, Thein Sein declarou que não irá alterar o juramento e que depende de Suu Kyi querer fazer parte do Parlamento. As eleições que deram a vitória a Suu Kyi e seu partido renderam elogios a Mianmar e melhoraram a imagem do país no exterior.

AKS/dpa/rtr/lusa
Revisão: Alexandre Schossler

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