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UE e Japão formam maior área de livre-comércio do mundo

1 de fevereiro de 2019

Entra em vigor acordo comercial que abrangerá cerca de um terço do PIB mundial. Bruxelas descreve pacto como "mensagem sobre futuro do comércio aberto e justo".

Jean-Claude Juncker (esq), Shinzo Abe (centro) e Donald Tusk durante assinatura de acordo de livre-comércio, em 2018
Jean-Claude Juncker (esq), Shinzo Abe (centro) e Donald Tusk durante assinatura do acordo, em 2018Foto: picture-alliance/kyodo

Entrou em vigor nesta sexta-feira (01/02) o Acordo de Parceria Econômica (EPA) entre a União Europeia (UE) e Japão, que elimina praticamente todas as tarifas aduaneiras impostas sobre produtos de ambas as partes.

O pacto econômico criará a maior área de livre-comércio do mundo, abrangendo 635 milhões de pessoas e cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Maior pacto econômico já firmado pelo bloco europeu, o acordo foi descrito pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, como "uma mensagem ao mundo sobre o futuro do comércio aberto e justo".

"Acima de tudo, o nosso acordo mostra que o comércio é mais do que cotas e tarifas, ou milhões ou bilhões. É sobre valores, princípios e justiça", disse Juncker.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmou que ambos os lados têm algo a celebrar. "Hoje, colocamos em vigor a maior área de livre-comércio de todos os tempos."

Assinado em julho de 2018, o EPA faz frente ao protecionismo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vem inquietando aliados e provocando a ira de rivais com pesadas tarifas e ameaças de uma guerra comercial com a China.

Enquanto o acordo deve impulsionar exportações agrícolas da UE para o Japão, eliminando tarifas sobre produtos como alguns tipos de vinho e queijo e carne suína processada, o país asiático está interessado principalmente na redução das tarifas sobre bens industriais, particularmente automóveis.

Ao mesmo tempo, o acordo comercial protege os direitos de propriedade intelectual da UE nos mercados japoneses e abrirá os mercados de serviços e o acesso de empresas europeias a contratos públicos no Japão, de acordo com o Conselho Europeu. 

Segundo Juncker, empresas europeias poderão economizar anualmente bilhões de euros em tarifas, ao passo que consumidores terão maior oferta de produtos e preços reduzidos.

O pacto elimina cerca de 99% das tarifas sobre produtos japoneses vendidos à UE, e, inicialmente, cerca de 94% das impostas sobre produtos europeus. Essa percentagem também deve chegar a 99% no futuro.

O acordo foi descrito como um marco pela Federação das Indústrias Alemãs (BDI). "Com ele, Japão e Europa demonstram uma abertura de mercado exemplar, altos padrões de comércio e regras de mercado confiáveis diante das incertas perspectivas econômicas mundiais", afirmou a entidade.

Associações de proteção ao meio ambiente e ao consumidor criticaram o acordo, afirmando que ele atende principalmente aos interesses de grandes empresas e que dificultará a implementação de padrões de qualidade.

PJ/lusa/dpa/ap

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