Universo pode ser 2 bilhões de anos mais jovem, diz estudo
John Silk ca
13 de setembro de 2019
Pesquisadores da Alemanha concluem que cosmo se expande mais rápido que se pensava, levando a acreditar que ele é significativamente mais jovem. Resultados do estudo são controversos.
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O universo está se expandindo muito mais rapidamente do que se acreditava, de acordo com pesquisadores na Alemanha. Essa rápida expansão levou os cientistas a sugerir que ele possa ser mais de 2 bilhões de anos mais jovem do que o estimado.
A idade do universo pode ter que ser reduzida para menos de 12 bilhões de anos, em vez dos 13,8 bilhões anos que havia sido projetado anteriormente. Os astrofísicos estimam a idade aproximada do universo usando o movimento das estrelas para calcular a velocidade com que o cosmo está se expandindo.
Se o universo está se ampliando mais rapidamente do que se pensava anteriormente, isso significa que ele chegou ao seu tamanho atual de forma mais rápida e, portanto, deve ser mais jovem.
"Temos uma grande incerteza sobre como as estrelas estão se movimentando na galáxia", disse Inh Jee, do Instituto Max Planck de Astrofísica, na Alemanha, e principal autor do estudo publicado nesta quinta-feira (12/09) na revista especializada Science.
As estimativas anteriores sobre a idade do universo foram baseadas na constante de Hubble, ou taxa de expansão, de 71 km/s/Mpc (a velocidade de recessão das galáxias aumenta 71 km/s a cada megaparsec). A equipe de pesquisadores de Jee, no entanto, apresentou uma taxa de 82,4 – o que colocaria a idade do universo em torno de 11,4 bilhões de anos.
Grande margem de erro
No entanto, Jee usou apenas duas lentes gravitacionais para a pesquisa, o que significa que a margem de erro é tão grande que é possível que o universo possa ser mais antigo que o calculado, e não mais jovem.
Devido a essas limitações, alguns especialistas questionaram os resultados. O astrônomo de Harvard Avi Loeb disse que essa seria uma maneira interessante e única de calcular a velocidade de expansão do universo, mas que seriam necessárias mais informações para adicionar peso às evidências. "É difícil se ter certeza de conclusões quando se usa uma escala que não se entende completamente", acrescentou.
Adam Riess, ganhador do Prêmio Nobel de 2011 por pesquisas sobre a idade e a taxa de expansão do universo, bem como a descoberta da "energia escura", apontou que o estudo publicado na quinta-feira carecia de precisão. "Não acho que isso acrescente muito ao atual estado das coisas. Mesmo assim, é bom ver as pessoas procurarem métodos alternativos", ressaltou.
Físico e cosmologista britânico não foi apenas um autor de bestsellers, mas também uma figura inconfundível em filmes e séries. Conheça algumas das obras que o transformaram numa espécie de pop star.
'Uma Breve História do Tempo' (1991)
Inspirado pelo bestseller de 1988 de Stephen Hawking, "Uma Breve História do Tempo", no qual o cientista apresentou suas teorias sobre cosmologia, o documentário dirigido por Errol Morris se concentra na biografia do físico. Inclui música do compositor minimalista Philip Glass.
Foto: picture-alliance
'Hawking' (2004)
Benedict Cumberbatch foi o primeiro a representar o físico nas telas. Sua atuação no filme televisivo da BBC sobre os primeiros anos de Stephen Hawking como doutorando levaram à sua primeira indicação como melhor ator no prêmio BAFTA da TV britânica. A foto mostra Hawking e Cumberbatch durante evento em apoio à Motor Neurone Disease Association (Associação de Doenças do Neurônio Motor), em 2015.
Foto: picture-alliance
'A teoria de tudo' (2014)
Eddie Redmayne venceu o Oscar de melhor ator por seu retrato de Hawking na cinebiografia britânica "A teoria de tudo". O filme de James Marsh foi inspirado no livro de memórias da ex-mulher do cientista, Jane Hawking. Ela descreve como eles se conheceram e formaram uma família, assim como seus primeiros sucessos e o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), aos 21 anos.
Foto: Focus Features/Liam Daniel
'O Universo de Stephen Hawking' (2010)
Intitulada "Into the Universe with Stephen Hawking", em inglês, essa série-documentário composta por seis episódios explora a visão do grande cientista que, ao lado de outros especialistas, revelou suas visões sobre o Big Bang, as origens do universo e até sobre viagens no tempo e alienígenas.
Foto: picture-alliance/D.Parry
'Os Simpsons'
O popular desenho animado é conhecido por aparições de estrelas da cultura pop. Hawking foi retratado diversas vezes. No episódio "They Shaved Lisa's Brain" ("Rasparam o cérebro da Lisa"), o físico britânico salva Lisa usando sua cadeira de rodas especial, com acessórios que até o fazem voar. No capítulo, o protagonista Homer Simpson pergunta à filha se ela se divertiu com seu "amigo robô".
Foto: picture-alliance
'Futurama'
Hawking também teve várias aparições na série cômica animada de ficção científica "Futurama". Ele emprestou a voz ao seu próprio personagem. No episódio da foto, sua cabeça (e.) discute com outros intelectuais em jarras numa convenção científica sobre um rasgo no universo.
'Jornada nas Estrelas: A Nova Geração' (1993)
Na série de TV que foi ao ar entre 1987 e 1994 nos Estados Unidos, Hawking apareceu como o seu próprio holograma num episódio da sexta temporada, jogando pôquer com os hologramas de Isaac Newton e Albert Einstein. O "físico-celebridade" foi o único convidado da saga "Star Trek" a representar a si mesmo.
Foto: Paramount
'Super-Herói: O Filme' (2008)
A sátira do gênero de filmes de super-heróis inclui uma paródia deo Hawking, representado pelo ator Robert Joy. Aparecendo numa feira de ciências do ensino médio, seu personagem não apenas revela pensamentos profundos, mas também se mostra inesperadamente rude, chocando a todos na escola. Ele acaba apanhando por ser tão vulgar, mas discursa de forma emocionada no final.
'Monty Python Live (Mostly)' (2014)
Hawking fez uma aparição no show ao vivo de reencontro do grupo cult de comédia britânico Monty Python. Ele foi mostrado em "The Galaxy Song" ("A Canção da Galáxia"), um vídeo previamente gravado que o mostra em sua cadeira de rodas, cantando a música depois de ter atropelado outro físico popular, Brian Cox. Depois, ele sai viajando pelo espaço.
'The Division Bell', de Pink Floyd (1994)
A voz que se tornou a marca registrada de Hawking foi gravada pela banda inglesa de rock progressivo para a canção "Keep Talking", do álbum "The Division Bell". A voz do físico também pode ser ouvida numa outra faixa da banda, no álbum "The Endless River", de 2014. O nome da canção é "Talkin' Hawking".
Foto: DW/J. von Larcher
Versão em rádio do 'Guia do Mochileiro das Galáxias' (2018)
A voz gerada por computador de Stephen Hawking também pode ser ouvida em vários tipos de mídia, de spots publicitários a videogames. A nova série da rádio BBC Radio 4 "Hitchhiker's Guide to the Galaxy" começou a ser difundida este mês e usa a voz do físico britânico para o personagem Mark 2º.