Von der Leyen é reeleita presidente da Comissão Europeia
18 de julho de 2024
Política alemã assegurou um segundo mandato à frente do Executivo europeu, apesar do apoio vacilante no período que antecedeu a votação. Ela prometeu reduzir emissões de carbono e reforçar a segurança nas fronteiras.
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Os recém-empossados membros do Parlamento Europeu reelegeram nesta quinta-feira (18/07) a alemã Ursula von der Leyen para um segundo mandato de cinco anos como presidente da Comissão Europeia. Foram 401 votos a favor, 284 contra e 15 abstenções. Ela precisava de uma maioria de pelo menos 361 votos dos 720 assentos do parlamento para ser reeleita.
A reeleição sela a continuidade da liderança do bloco de 27 países, que enfrenta crises que vão desde a guerra na Ucrânia até mudanças climáticas, migração, falta de moradia e alta no custo de vida.
A Comissão Europeia é o órgão executivo da União Europeia, com sede em Bruxelas. Tem a função tanto de apresentar propostas como de executar o que é aprovado pelo Parlamento Europeu, como leis e orçamento. É composta por comissários de cada país do bloco e um presidente.
Von der Leyen levantou os dois punhos em sinal de vitória enquanto a presidente do parlamento, Roberta Metsola, anunciou o resultado. "Mais cinco anos. Não tenho palavras para expressar o quanto sou grata pela confiança de todos os deputados que votaram em mim”, disse ela na rede social X (antigo Twitter).
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, foi rápido em enviar suas felicitações pelo X, chamando a reeleição de von der Leyen de "um sinal claro de nossa capacidade de agir na União Europeia, especialmente em tempos difíceis".
Resistência dentro e fora do partido
Apesar de seu bloco de centro-direita, o Partido Popular Europeu (PPE), ser o maior no parlamento, von der Leyen não tinha garantia sobre sua vitória. Após as eleições europeias em junho, líderes tiveram que fazer um acordo sobre sua candidatura.
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A maior resistência vinha de figuras da extrema direita, como a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que reclamam ser excluídas dos diálogos na casa.
A presidente também enfrentou resistência de seu próprio partido. Como a votação é secreta, os eurodeputados sofrem menos pressão para se ater às linhas partidárias. Um grupo de legisladores franceses do PPE escreveu uma carta acusando von der Leyen de "desvio tecnocrático", ameaçando não votar nela.
A política alemã foi elogiada por seu papel de liderança durante a pandemia de covid-19, quando a UE comprou vacinas coletivamente para seus cidadãos. Mas ela também foi alvo de críticas pela opacidade das negociações com os fabricantes de vacinas.
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), inclusive, anulou na quarta-feira (17/07) a decisão da Comissão Europeia de ocultar certas partes dos contratos relativos a compras de vacinas.
Antes do início da votação no parlamento, a maioria dos legisladores rejeitou uma moção de um bloco de esquerda pedindo que a eleição fosse adiada até setembro em função da decisão judicial.
Em um aparente esforço para apaziguar os críticos no período que antecedeu a votação, von der Leyen disse que pressionaria mais por um cessar-fogo.
"O derramamento de sangue em Gaza deve parar agora", disse. E acrescentou que "o povo de Gaza não pode suportar mais, a humanidade não pode suportar mais... Precisamos de um cessar-fogo imediato e duradouro. Precisamos da libertação dos reféns israelenses e precisamos nos preparar para o dia seguinte."
Ela também prometeu reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 90% até 2040, dizendo que uma nova lei de energia também reduziria os preços para os consumidores.
Von der Leyen também se comprometeu a continuar apoiando a Ucrânia e a reforçar a agência de segurança de fronteiras da UE, a Frontex, e a reduzir a migração irregular.
"Precisamos fortalecer a Frontex para torná-la mais eficaz, respeitando plenamente os direitos fundamentais. Vou propor triplicar o número de guardas de fronteira e costeiros europeus para 30 mil", disse ela.
Ao lado de von der Leyen estarão duas caras novas: Antonio Costa, de Portugal, como presidente do Conselho Europeu, e Kaja Kallas, da Estônia, como a principal diplomata do maior bloco comercial do mundo.
Enquanto a nomeação de Costa precisou apenas da aprovação de líderes, Kallas também precisará ser aprovada pelos legisladores europeus no final deste ano.
sf (AP, ots)
O mês de julho em imagens
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Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
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Foto: Gustavo Moreno/AP Photo/picture alliance
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Foto: Gofa Zone Government Communication Affairs Department
Arrecadação recorde após Kamala ser cotada para disputa presidencial
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Foto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance
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Foto: Susan Walsh/AP/dpa/picture alliance
Scholz exalta militares que tentaram matar Hitler há 80 anos
Membros da classe política alemã, incluindo o chanceler federal Olaf Scholz, participaram de uma cerimônia que marcou o 80º aniversário da tentativa de assassinato de Adolf Hitler por oficiais do exército alemão. "A tentativa de golpe em 20 de julho de 1944 fracassou. Mas os objetivos unificadores da resistência não falharam", disse Scholz durante a cerimônia comemorativa em Berlim. (20/07)
Foto: Hannes P Albert/dpa/picture alliance
Apagão cibernético paralisa setores essenciais ao redor do mundo
Falha em software da empresa global de cibersegurança Crowdstrike levou ao colapso do sistema operacional Windows. Aviões tiveram que pousar às pressas, aeroportos e estações de trens paralisaram, hospitais cancelaram atendimentos e até mesmo emissoras de TV saíram do ar. Recuperação pode levar semanas, e computadores afetados podem ter que ser consertados manualmente. (19/07)
Foto: Bodo Marks/dpa/picture alliance
Ursula von der Leyen é reeleita presidente da Comissão Europeia
Com 401 votos favoráveis, novo Parlamento Europeu deu à alemã um segundo mandato de cinco anos no órgão executivo da UE – ela precisava de ao menos 361 votos. Bloco tem pela frente crises que vão desde a guerra na Ucrânia até mudanças climáticas, migração, falta de moradia e alta no custo de vida. Von der Leyen prometeu reduzir emissões de carbono e reforçar a segurança nas fronteiras. (18/07)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
O 10° aniversário da derrubada do voo MH17 na Ucrânia
Em cerimônia no monumento ao MH17 no povoado de Vijfhuizen, na Holanda, familiares e autoridades lembraram as 298 vítimas do voo da Malaysian Airlines, que foi abatido sobre a Ucrânia em 17 de julho de 2014 por um míssil de fabricação russa disparado de território controlado por rebeldes e tropas ligadas ao Kremlin. (17/07)
Foto: Sem van der Wal/ANP/picture alliance
Roberta Metsola é reeleita presidente do Parlamento Europeu
A eurodeputada maltesa de centro-direita Roberta Metsola foi reeleita para a exercer por mais dois anos e meio a presidência do Parlamento Europeu. Representante do Partido Popular Europeu (PPE), ela foi reconduzida ao cargo por 562 dos 623 parlamentares que participaram da votação, a maior margem de vitória já registrada para um presidente do Parlamento. (16/07)
Foto: Jean-Francois Badias/AP/picture alliance
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A decisão foi rápida: em sua convenção nacional em Milwaukee, Wisconsin, o Partido Republicano a candidatura do ex-presidente Donald Trump na eleição presidencial de novembro. Como vice, ele escolheu o senador do Ohio J.D.Vance. (15/07)
Foto: Ines Pohl/DW
Trump passa bem após atentado em comício na Pensilvânia
Candidato republicano à Casa Branca, ex-presidente sobreviveu a uma tentativa de assassinato enquanto discursava a apoiadores no dia anterior. A ação durou segundos, e Trump foi escoltado às pressas for agentes do Serviço Secreto, com a orelha ferida por uma bala. Além do suspeito, uma pessoa que acompanhava o evento da plateia foi morta. Outras duas estão gravemente feridas. (14/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A 13 dias de início dos Jogos, ministra francesa dos Esportes nada no Rio Sena
Ao lado do triatleta triatleta paralímpico Alexis Hanquinquant, Amélie Oudéa-Castéra quis mostrar que as águas do rio parisiense estão prontas para acolher as provas de natação. Ao custo de 1,4 bilhão de euros, a descontaminação das águas do Sena era um dos principais pontos de dúvida da competição, já que chuvas recorrentes nos últimos meses comprometeram a qualidade da água. (13/07)
Foto: Ministry Of Sport, Olympic And Paraolympic Games/AP/picture alliance
Selo azul no X de Elon Musk viola regras da UE, diz bloco
Rede social do bilionário viola regras para conteúdo digital, aponta relatório preliminar da Comissão Europeia. Órgão alega que comercialização do "selo azul" na plataforma outrora conhecida como Twitter "afeta negativamente a capacidade que os usuários têm de tomar decisões livres e informadas sobre a autenticidade das contas e do conteúdo com o qual interagem". (12/07)
Foto: Alain Jocard/AFP [M]
Envio de mísseis americanos à Alemanha irrita Rússia
Reagindo ao anúncio de que a Alemanha abrigará bases de mísseis americanos de longo alcance a partir de 2026, a Rússia disse que avalia medidas para frear a "séria ameaça à segurança" do país por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Essa decisão foi preparada por muito tempo e não é uma surpresa", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz. (11/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Perigo de vida no Vale da Morte
O Death Valley, no deserto do leste da Califórnia e condado de Nevada, já é considerado o local mais quente do planeta. Em meio à atual onda de calor, então, as temperaturas nesse parque nacional americano têm ultrapassado diariamente os 50ºC. As autoridades dos EUA expediram alertas aos visitantes. (10/07)
Foto: Mario Tama/Getty Images
Rússia condena artistas de teatro à prisão
Em nova ofensiva contra liberdade artística, regime russo considerou que peça teatral "Finist", escrita cinco anos atrás e encenada em 2020, sobre o destino de "noivas do Estado Islâmico", é "apologia do terrorismo" e sentenciou diretora Zhenya Berkovich e dramaturga Svetlana Petriychuk a seis anos de prisão. (09/07)
Uma série de bombardeios russos na Ucrânia deixou mais de 35 mortos em vários pontos do país e atingiu dois hospitais, um deles em Kiev, especializado no atendimento de crianças. Os ataques geraram condenação internacional e levaram à convocação de uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, agendada para o dia seguinte. (08/07)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Esquerda e centro conseguem frear ultradireita na França
A esquerda e o centro conseguiram frear o que parecia uma ascensão implacável da ultradireita francesa no segundo turno da eleição legislativa francesa. A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a coligação de centro Juntos, do presidente Emmanuel Macron, conseguiram formar as maiores bancadas de deputados, ficando à frente da ultradireitista Reunião Nacional (RN). (07/07)
Foto: Christophe Ena/AP/picture alliance
Reforma vence pleito presidencial do Irã
O reformista Masud Pezeshkian se impôs no segundo turno do pleito presidencial do Irã, que teve uma participação nas urnas de 49,9 %. Ele obteve 53,6 % dos votos, contra 44,3 % para o ultraconservador Saeed Jalili. Em seus primeiros comentários após o resultado eleitoral, o presidente eleito definiu a votação como o início de uma "parceria" com o povo iraniano. (06/07)
Foto: Vahid Salemi/AP/picture alliance
Após 14 anos com conservadores no poder, Reino Unido tem premiê trabalhista
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Foto: JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images
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Foto: Eraldo Peres/AP/picture alliance
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Foto: Curlan Chrissey Campbell/Reuters
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Mais de uma centena de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram após um tumulto ocorrido ao final de uma cerimônia religiosa hindu no norte da Índia. Forte calor e falta de ar no local do evento podem ter contribuído para a tragédia. Pessoas que participaram da cerimônia disseram que cerca de 50 mil devotos estavam presentes no local. (02/07)
Foto: Manoj Aligadi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA diz que Trump tem imunidade contra processos criminais em ações oficiais como presidente
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