Rakhmat Akilov, detido após atentado com caminhão no centro de Estocolmo, aceita a acusação de delito terrorista e assassinato e será mantido sob prisão preventiva.
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O cidadão uzbeque de 39 anos que foi detido após o atentado de sexta-feira passada com um caminhão, no centro de Estocolmo, admitiu nesta terça-feira (11/04), perante um tribunal, ser o autor do ataque.
Rakhmat Akilov, cuja identidade foi confirmada pelas autoridades e que está detido desde a madrugada do sábado, se declarou culpado da acusação de crime terrorista com assassinato durante seu comparecimento ao juiz, numa audiência para decidir se haverá prisão preventiva.
Silêncio em memória das vítimas do ataque em Estocolmo
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Akilov "reconheceu ter cometido um ato terrorista e aceitou a prisão preventiva", afirmou Johan Eriksson, o advogado de defesa, durante uma audiência na presença do seu cliente, que se manteve em silêncio.
A pedido do promotor, que mencionou a investigação em andamento, o depoimento continuará a portas fechadas. O atentado deixou quatro mortos e 15 feridos.
O ataque eliminou a sensação de segurança entre os cidadãos suecos de que estariam protegidos da violência extremista que atingiu outras partes da Europa. As autoridades, porém, adotaram uma postura desafiadora, afirmando que o país se manterá como uma sociedade aberta e tolerante.
AS/efe/lusa/rtr
Ataque em Estocolmo
Caminhão avança contra pedestres numa movimentada rua comercial no centro da capital sueca, deixando vários mortos e feridos. "A Suécia foi atacada", diz primeiro-ministro.
Foto: Reuters/TT News Agency/F. Sandberg
O ataque
Um caminhão avançou nesta sexta-feira (07/04) contra pedestres na rua Drottninggatan, uma movimentada via de pedestres no centro de Estocolmo. O incidente deixou vários mortos e feridos. Rapidamente, a região foi isolada pela polícia (foto).
Foto: Reuters/D. Dikson
Região movimentada
O incidente ocorreu pouco antes das 15 horas (horário local), no momento em que as ruas estavam cheias. O caminhão avançou contra os passantes na esquina da loja de departamentos Åhléns (foto). A rua, a maior zona de pedestres da cidade, se localiza nas proximidades da estação central de metrô e trens da capital sueca.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Jaakonaho
Polícia isola a região
A região onde se localiza a rua Drottninggatan foi isolada pela polícia. Momentos após o ataque, as autoridades pediram que a população evitasse transitar pelo centro da cidade.
Polícia e equipes de emergência na região
O tráfego do metrô de Estocolmo foi interrompido, e a estação de trens e metrô da cidade foi evacuada. A região onde ocorreu o incidente contou com a presença de um grande número de policiais e equipes de emergência.
Foto: picture-alliance/AP Photo/TT News Agency
Caminhão usado no ataque foi roubado
A cervejaria sueca Spendrups, proprietária do caminhão, afirmou que o veículo de entregas foi roubado no início do dia. Segundo o diretor de comunicação da empresa, durante uma entrega no restaurante Caliente alguém subiu na cabine e levou o caminhão embora enquanto o motorista descarregava.
Desde o início, o incidente foi tratado pelas autoridades como um ato terrorista. Momentos após o atropelamento em massa, o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, já falava que "a Suécia foi atacada" e que tudo apontava para "um atentado terrorista".
Foto: Reuters/TT News Agency/J. Gow
Ataque semelhante a outros feitos na Europa
O ataque na capital sueca é parecido com outros que deixaram mortos e feridos em cidades europeias. Em março, um veículo avançou contra pedestres na ponte Westminter (foto), em Londres, matando três pessoas. Outro atropelamento deixou 12 vítimas em um mercado de Natal em Berlim, em dezembro de 2016; e, em Nice, na França, um caminhão avançou contra uma multidão e matou 84 pessoas.
Foto: Reuters/T.Melville
Empresa ferroviária cancela todos os trens
As forças de segurança da Suécia afirmaram que não havia indicações de que um ataque terrorista estava prestes a ocorrer. Diversos centros de compras da cidade foram evacuados a pedido da polícia, e a companhia ferroviária estatal da Suécia, SJ, disse que todos os trens que partiriam ou chegariam à estação central foram cancelados. Foto mostra local do incidente na rua Drottninggatan.
Foto: Reuters/TT News Agency/A. Schyman
Divulgada imagem de suspeito
A polícia sueca divulgou a imagem de um suspeito capturada por uma câmera de segurança nas proximidades do local do incidente. A foto mostra um homem com suéter branco e um capuz escuro debaixo de uma jaqueta militar de cor verde.
Foto: Reuters/Police/Handout/TT News Agency
Polícia restringe tráfego na ponte Oresund
O tráfego de veículos ficou restrito na ponte Oresund (foto), que liga Suécia a Dinamarca. Devido ao ataque em Estocolmo, policiais nas maiores cidades da Noruega e no aeroporto de Oslo passaram a carregar armas, até segunda ordem. No país vizinho à Suécia, os policiais geralmente andam desarmados. Na Finlândia, as autoridades aumentaram a vigilância e patrulha nas ruas da capital Helsinki.
Foto: picture alliance / Tetzlaft/Helga Lade
Suécia lança caçada nacional
As autoridades disseram que a Suécia lançou uma caçada nacional para prender "o responsável ou os responsáveis" pelo incidente na rua Drottninggatan (foto), no centro de Estocolmo.
Foto: Reuters/D. Armada
Polícia detém suspeito após ataque
As autoridades suecas afirmaram no sábado (08/04) que as investigações apontam que a pessoa detida no dia anterior é realmente o autor do atentado. De acordo com a mídia local, o suspeito é um homem de 39 anos, natural do Uzbesquistão, cujas características se assemelham com as imagens anteriormente divulgadas pela polícia e teria mostrado simpatia pelo "Estado Islâmico" nas redes sociais.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Schreiber
Autoridades dizem que suspeito era procurado
Em coletiva, autoridades suecas afirmaram no domingo (09/04) que o autor do atentado é um solicitante de asilo do Uzbesquistão cujo pedido tinha sido rejeitado e que tinha uma ordem de expulsão do país escandinavo. Foi revelado também que o suspeito mostrou simpatia pelo "Estado Islâmico" nas redes sociais e que os quatro mortos no ataque são dois suecos, um britânico e um belga.