Agente infeccioso ataca aves e é fatal. Casos suspeitos de pássaros infectados passam de mil. Verão alemão úmido contribuiu para a proliferação de seu hospedeiro, os mosquitos. Vírus foi descoberto em 1959 na África.
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A Federação de Proteção Ambiental da Alemanha (Nabu) afirmou nesta terça-feira (07/11) que 1.380 casos suspeitos de pássaros infectados com o vírus usutu foram registrados na Alemanha neste ano. O agente causa a morte de aves em poucos dias.
A maioria dos casos suspeitos foi registrada no estado da Renânia do Norte-Vestfália, onde mais de 500 pássaros foram encontrados mortos. Outros 100 foram achados em Baden-Württemberg e na Saxônia. Também há casos suspeitos em Bremen e Hamburgo.
De acordo com o especialista em proteção de aves da Nabu, Marius Adrion, as suspeitas de infecção mostraram que o vírus está avançando em direção ao norte da Alemanha.
Até o momento, o Instituto Bernhard Nocht de Medicina Tropical examinou 130 aves encontradas mortas e a infecção foi confirmada em 45 casos.
O vírus usutu é de origem africana e foi descoberto em 1959 na região do rio Usutu na Suazilândia, que fica entre Moçambique e a África do Sul. O agente infeccioso foi registrado na Europa pela primeira vez em 2001, atacando pássaros na Áustria. Nos anos seguintes, houve casos na Hungria, Suíça e Itália.
Desde 2011, o vírus tem se espalhado pela Alemanha. Há seis anos foi registrada a primeira onda de infecções em aves no país. Em 2016, uma epidemia de usutu matou cerca de 600 pássaros, atingindo principalmente os melros-pretos.
O vírus é transmitido por mosquitos e suas larvas. Devido ao verão quente e úmido em 2017, houve uma grande proliferação do inseto em diversas regiões da Alemanha. Especialistas acreditam que o aumento dos mosquitos tenha impulsionado os casos de infecções em aves.
O usutu também pode atacar humanos. Na maioria das infecções, não causa nenhum dano à saúde. No entanto, pessoas com o sistema imunológico fraco podem ter febre, dores de cabeça, erupção cutânea e, em casos raros, encefalite.
CN/dpa/ots
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As cores dos pássaros
Entre as aves, a plumagem colorida é mais comum nos machos, mas não é exclusiva deles. As penas vibrantes também são importantes nas fêmeas. Confira belos (e coloridos) resultados da evolução dos pássaros.
Foto: picture-alliance/dpa/P.Pleul
Impressionante como uma arara
Só pássaros machos são coloridos? Claro que não, em muitas espécies de aves, sequer há diferença de aparência entre machos e fêmeas. É o caso dessas araras-vermelhas das florestas tropicais da América do Sul.
Foto: picture-alliance/dpa/P.Pleul
Dimorfismo de gênero
Em outras espécies, os machos têm cores realmente muito mais vibrantes do que as fêmeas, como o saíra-beija-flor, da América Central. É fácil diferenciar quem é quem: o da direita é o macho.
Foto: Bill Holsten
Completamente diferente
Às vezes, nem parece que machos e fêmeas pertencem a uma mesma espécie. Na Ramphocelus passerinii, o macho é preto com a parte traseira escarlate. A fêmea, no entanto, tem a cabeça cinzenta, um corpo cor verde-oliva e asas acastanhadas.
Foto: Bill Holsten
Depende da espécie
Pesquisadores da Alemanha e da Austrália analisaram 6.000 espécies de aves sob as lentes de um microscópio. Eles queriam descobrir por que algumas aves do sexo feminino são têm tão pouca cor, em comparação com os machos.
Foto: Bill Holsten
Concorrência acirrada
Quanto maior o pássaro, maior a probabilidade de fêmea ser colorida. Grandes pássaros não são presas fáceis dos predadores e podem exibir cores mais vibrantes. Além disso, as fêmeas são mais coloridas nos trópicos, ricos em recursos naturais. E não só os machos competem pelas fêmeas: segundo os pesquisadores, elas também concorrem entre si pelos parceiros.
Foto: Bill Holsten
Dança do acasalamento
Os machos da ave-do-paraíso se esforçam para impressionar as potenciais parceiras — não apenas com a cor, mas também com longas penas de formato incomum na cauda. Como a ave-do-paraíso-rei, na foto. Assim como todas da espécie, ela protagoniza uma impressionante dança de acasalamento, em que balança as penas da cauda e deixa-as fofas como uma bola de algodão.
Foto: picture-alliance/dpa/P.Schulze
Único como um pavão
Para cortejar e impressionar a fêmea, o pavão abre suas penas em uma roda e balança para frente e para trás. Os pavões são, originalmente, da Índia e do Sri Lanka.
Foto: picture-alliance/dpa/U.Anspach
Urubu-rei
Os urubus-rei da América do Sul têm, na verdade, uma plumagem discreta branca-cinza-preta. Sua cabeça calva, no entanto, é de uma coloração marcante. A espécie ganhou esse nome pelo hábito de empurrar outros abutres menores ao redor de uma carcaça para ter a comida só para ele.
Foto: picture-alliance/dpa/M.Lopez
Aves com chifres
Sim, isso é um pássaro: o calau. Todas as espécies de calau têm bicos de formato incomum e coloridos. Algumas espécies são caçadas por essas partes do corpo.
Foto: picture-alliance/dpa/R.Jensen
Apenas um estorninho
Na Alemanha, o estorninho-comum não é, necessariamente, muito colorido. Mas em outras partes do mundo, sim. Esse é um estorninho-soberbo da África Oriental.
Foto: picture-alliance/dpa/G.Graudins
Fauna alemã colorida
Pássaros coloridos existe apenas nos trópicos? Longe disso! Mesmo na Alemanha, alguns pássaros se esforçam para serem notados. Por exemplo, o guarda-rios-comum. Bonito, não é?
Foto: picture-alliance/dpa
Vermelho de comida
Flamingos não são vermelhos para impressionar os parceiros. Esse é um efeito secundário da sua alimentação: camarão e plâncton que eles filtram para fora da lama. Os corantes nesses animais marinhos conferem aos flamingos sua cor avermelhada.