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Vacina da Moderna mostra resultado e vai para fase final

15 de julho de 2020

Candidata a vacina gera anticorpos e é bem tolerada por participantes, afirma empresa americana. A partir de 27 de julho, 30 mil pessoas vão participar da fase final e decisiva dos ensaios clínicos nos Estados Unidos.

Mãos de luva aplicam injeção em braço
A Moderna foi a primeira empresa a iniciar já em março testes clínicos em voluntáriosFoto: picture-alliance/dpa/C. Schmidt

A vacina em fase de desenvolvimento contra o novo coronavírus da empresa Moderna foi bem tolerada e criou anticorpos neutralizantes em todos os participantes do estudo, anunciaram nesta terça-feira (14/07) os pesquisadores responsáveis na revista especializada The News England Journal of Medicine.

A candidata a vacina, chamada ARNm-1273, está sendo desenvolvida por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergias e Enfermidades Infecciosas (NIAID, en inglês), que é parte dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, en inglês), e pela empresa de biotecnologia Moderna, con sede em Cambridge (Massachusetts).

Em nenhum dos 45 participantes, com idades entre 18 e 55 anos, ocorreram efeitos colaterais graves, mas mais da metade relatou reações leves ou moderadas, como cansaço, dor de cabeça, calafrios, dores musculares ou dores no local da injeção.

A Moderna anunciou que vai entrar na fase final dos ensaios clínicos da sua vacina contra o novo coronavírus em 27 de julho, devendo durar até 27 de outubro.

A empresa anunciou através de comunicado que 30 mil pessoas vão participar nesta fase decisiva do ensaio clínico nos Estados Unidos. Metade dos participantes vai receber uma dose de 100 microgramas e as restantes, um placebo.

O objetivo principal da próxima fase é prevenir quaisquer sintomas da covid-19, e o objetivo secundário é a prevenção da infecção pelo novo coronavírus.

A Moderna foi a primeira empresa a iniciar já em março testes clínicos em voluntários, colocando a companhia na vanguarda da corrida global por uma vacina contra a doença, que já infectou mais de 13,3 milhões de pessoas e matou cerca de 580 mil no mundo.

A tecnologia explorada pela Moderna, baseada em RNA-mensageiro, procura fornecer ao corpo humano as informações genéticas necessárias para o proteger preventivamente do novo coronavírus.

AS/lusa/efe/afp

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