Vacina da Novavax tem eficácia de 89% em testes clínicos
29 de janeiro de 2021
Imunizante de empresa americana também se mostra eficaz contra variante britânica do coronavírus, mais contagiosa, mas tem resultados modestos contra cepa sul-africana. Reino Unido deve encomendar 60 milhões de doses.
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O laboratório americano Novavax informou nesta quinta-feira (28/01) que uma vacina contra a covid-19 desenvolvida por seus pesquisadores apresentou eficácia de 89,3%.
A empresa disse que a terceira fase de testes clínicos realizados em humanos comprovou a eficácia da vacina também contra a variante britânica do coronavírus, mais contagiosa, que se espalhou rapidamente pelo Reino Unido e foi detectada em vários outros países.
Segundo testes preliminares, a eficácia contra a cepa britânica do vírus é de 85,6%. Se avaliada a versão original do coronavírus Sars-Cov-2, a resposta positiva é ainda maior, com eficácia de 95,6%.
Os testes da vacina, batizada de NVX-CoV2373, envolveram 15 mil voluntários no Reino Unido, de idades entre 18 e 84 anos. Em torno de 27% dos participantes tinham idade acima de 65 anos.
A vacina em fase experimental demonstrou resultados menos animadores em testes envolvendo a cepa sul-africana do coronavírus. Exames realizados em 4,4 mil pacientes na África do Sul comprovaram eficácia de apenas 49,4%. Mas, entre pessoas que não eram portadores do vírus HIV (94% dos participantes), a eficácia foi de mais de 60%.
A Novavax disse que cerca de um terço dos participantes sul-africanos haviam sido infectados com a cepa original do coronavírus, enquanto as demais infecções eram quase que totalmente pela nova variante.
Reino Unido quer encomendar 60 milhões de doses
Esse é o primeiro estudo que avaliou o desempenho de um imunizante sobre as variantes no mundo real, tanto no Reino Unido quanto na África do Sul. As vacinas das farmacêuticas Moderna e Pfizer-Biontech tiveram suas eficácias testadas contra as novas cepas apenas em laboratório.
A Novavax também conduz testes clínicos com 30 mil voluntários nos Estados Unidos e no México desde dezembro.
As vacinas da Moderna e da Pfizer-Biontech, aprovadas pelas agências regulatórias dos EUA e da Europa, por exemplo, se baseiam numa nova plataforma tecnológica, a de RNA mensageiro.
Já o imunizante da Novavax é desenvolvido de forma mais convencional, com base em proteínas, utilizando metodologia semelhante a algumas vacinas contra a gripe.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou o resultado dos testes e disse que as agências reguladoras de seu país vão avaliar a nova vacina. Se for aprovada, o Reino Unido fará uma encomenda de 60 milhões de doses.
rc/DPA, Reuters, AFP
Doenças prevenidas com vacinas
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
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Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
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Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
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Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
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Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.