1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Vacina de Oxford induz produção de anticorpos, indica estudo

20 de julho de 2020

Resultados preliminares são promissores, afirmam pesquisadores. Efeitos colaterais foram brandos, e vacina provocou resposta imune com anticorpos e células T. Terceira fase de testes inclui aplicação em brasileiros.

Laboratório
Em teste no Brasil, vacina de Oxford contra a covid-19 é a mais adiantada do mundoFoto: picture-alliance/AP Photo/J. Cairns

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela empresa farmacêutica AstraZeneca é segura e induziu uma resposta imune, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (20/07).

No mesmo dia, pesquisadores chineses que desenvolvem uma vacina paralela também anunciaram resultados promissores.

De acordo com pesquisadores de Oxford, testes em 1.077 pessoas com idades entre 18 e 55 anos mostraram que a vacina foi capaz de estimular a produção de anticorpos e células T (células do sistema imunológico que destroem outras células contaminadas por vírus ou bactérias).

Os resultados abordam as duas primeiras fases de testes. A terceira fase de estudos clínicos, mais ampla e que inclui testes em 50 mil pessoas, ainda está em andamento.

Essa terceira etapa, a última antes do registro, deve determinar se a vacina é realmente eficaz. Ela inclui testes em 5 mil voluntários brasileiros e está sendo feita em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

"Ainda há muito trabalho a ser feito antes que possamos confirmar se nossa vacina ajudar a combater a pandemia de covid-19, mas esses resultados iniciais são promissores", disse Sarah Gilbert, uma das desenvolvedoras da vacina.

"Ainda não sabemos quão forte é a resposta imune que precisamos provocar para uma proteção eficaz contra a infecção por Sars-CoV-2 ", completou.

De acordo com os resultados preliminares, publicados na revista científica The Lancet, o efeito autoimune da vacina, chamada AZD1222, deve ser reforçado de maneira mais efetiva com uma segunda dose da vacina, segundo observações em subgrupo de dez participantes.

O estímulo à produção de células T nos voluntários foi observado 14 dias após a aplicação da primeira dose. Já os anticorpos (que neutralizam o vírus) foram observados 28 dias após a aplicação.

Os efeitos colaterais observados foram brandos, consistindo na maior parte em fadiga e dor de cabeça. A análise aponta que os sintomas foram, em grande parte, suavizados com o uso de paracetamol.

Vacina chinesa

Ainda nesta segunda-feira, pesquisadores chineses anunciaram que a fase 2 da vacina Ad5-nCOV, desenvolvida pela empresa CanSino Biologics, também mostrou resultados promissores semelhantes ao da vacina de Oxford. Segundo os chineses, ela é segura e também induz resposta imune. 

Os autores, no entanto, ressaltam que nenhum dos 500 participantes foi exposto ao vírus Sars-CoV-2 após a vacinação. Então ainda não é possível determinar se ela oferece mesmo proteção contra o coronavírus. 

Outra vacina contra a covid-19, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, também está sendo testada no Brasil, em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo do estado de São Paulo.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no total, existem no mundo 160 iniciativas para desenvolver uma vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus. 

JPS/rtr/dpa

______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube 
App | Instagram | Newsletter

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo