Vacina russa contra covid-19 será testada nas Filipinas
13 de agosto de 2020
Testes em massa para avaliar eficácia e segurança devem começar em outubro e durar até março de 2021. Governo filipino garante que imunização passará por análise rigorosa antes de liberação.
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As Filipinas pretendem dar início aos testes clínicos da vacina russa contra o novo coronavírus no mês de outubro, anunciou nesta quinta-feira (13/08) o governo filipino.
Os testes da fase 3 serão realizados até março de 2021 e serão totalmente financiados pela Rússia, esclareceu o porta-voz da presidência filipina, Harry Roque. O país espera registrar a vacina junto à Agência do Departamento de Saúde até abril.
De acordo com a agência, os testes envolvem de "300 a 3 mil voluntários" e têm como objetivo testar a eficácia da imunização e monitorar reações adversas.
O anúncio dos testes foi feito um dia após cientistas filipinos se reunirem com representantes do instituto de pesquisa russo Gamaleya, que desenvolveu a vacina.
A Rússia se tornou na terça-feira o primeiro país do mundo a registrar e aprovar para uso da população uma vacina contra a covid-19, batizada de Sputnik V, em referência ao pioneiro satélite soviético lançado nos anos 1950, que marcou o início da corrida espacial.
No entanto, muitos cientistas no país e no exterior têm se mostrado céticos com as declarações do governo russo, questionando a decisão de registrar a vacina antes mesmo dos testes da fase 3, que normalmente duram meses e envolvem milhares de voluntários.
Ainda há desconfiança sobre a falta de publicação de dados em revistas científicas que atestem sua eficácia. Pouco se sabe também sobre as fases de todo o processo de pesquisa e quantas pessoas foram efetivamente testadas.
Segundo Roque, os testes clínicos vão começar após um painel de especialistas avaliar os resultados das pesquisas realizadas na Rússia.
Duterte já afirmou que possui total confiança na eficácia da vacina russa, que considerou "um bem para toda a humanidade", e declarou que seria o primeiro a aplicá-la publicamente quando estiver pronta.
Autoridades filipinas garantiram que qualquer vacina deverá passar por uma avaliação regulatória rigorosa antes de ser liberada no país. O diretor-geral do Departamento de Alimentação e Medicamentos, Eric Domingo, disse que Manila será "muito cuidadosa" na aprovação da Sputnik V.
Segundo Domingo, o país é um ótimo local no momento para a fase 3 de testes de vacinas devido ao grande número de novas contaminações desde julho.
As Filipinas são o principal foco do novo coronavírus no Sudeste Asiático, com mais de 143 mil casos, incluindo 2,4 mil mortes, e Duterte sugeriu em mais de uma ocasião que o país não será capaz de voltar ao normal, com o início do ano letivo, a reativação total da economia e a reabertura das fronteiras, até que não haja vacina disponível.
Além das Filipinas, o Paraná, no Brasil, mostrou interesse em testar e produzir a vacina, e assinou na quarta-feira um memorando com Moscou para este fim.
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, expressou nesta quinta-feira dúvidas sobre a imunização russa, cujos dados seriam "incipientes" e "rasos". "Nós não temos profundidade nas respostas. Não temos acompanhamento dos números", afirmou numa audiência no Congresso Nacional.
Pazuello avaliou ainda que a melhor opção atualmente está sendo desenvolvida pela universidade britânica de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, e que já está sendo testada no país.
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
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Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
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Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
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Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
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Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
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Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.