Vacina teuto-americana entra em fase final de testes
28 de julho de 2020
Estudos com participação de 30 mil voluntários serão realizados em 120 centros de estudo em todo o mundo, incluindo o Brasil. Caso seja bem-sucedida, a vacina será submetida à aprovação regulatória já em outubro.
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A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica americana Pfizer receberam permissão das autoridades dos Estados Unidos nesta terça-feira (28/07) para iniciar a fase final de testes de uma vacina contra a covid-19. Os testes das fases 2 e 3 contarão com a participação de cerca de 30 mil voluntários, com idades entre 18 e 85, e serão realizados em 120 centros de estudo em todo o mundo, entre eles o Brasil. O anúncio fez subirem as cotações das duas empresas na bolsa de valores.
A vacina da Pfizer e da BioNTech, batizada de BNT162, mostrou resultados promissores em pequenos estudos preliminares com 60 participantes, estimulando as respostas de anticorpos e células T, mesmo em doses baixas. "O início da fase 2/3 do estudo é um importante passo no nosso progresso em direção a fornecer a potencial vacina para ajudar na luta contra a atual pandemia de covid-19", declarou Kathrin Jansen, chefe de Pesquisas e Desenvolvimento de Vacinas da Pfizer.
A possível vacina usa ácido ribonucleico (RNA) como mensageiro químico. Ele induz as células humanas a produzirem proteínas que imitam a superfície externa do novo coronavírus. O corpo reconhece essas proteínas como intrusas, desencadeando uma resposta imunológica contra o vírus real.
Caso seja bem-sucedida, a vacina será submetida à aprovação regulatória já em outubro. De acordo com os planos da BioNTech, 100 milhões de doses poderão ser entregues até o fim do ano. Até o fim de 2021, a Biontech e a Pfizer pretendem fornecer mais de 1,3 bilhão de doses.
Todas as doses desse ano, porém, podem já ter destino certo. Na terceira semana de julho, o governo dos Estados Unidos acertou que pagará 1,95 bilhão de dólares por 100 milhões de doses dessa vacina, caso ela dê resultado. Como a vacina tem duas doses, aplicada com sete dias de distância, 50 milhões de americanos poderiam ser imunizados. Com base no preço acertado por Washington, custará cerca de 39 dólares para imunizar uma pessoa com a BNT162. Em comparação, a Universidade de Oxford e a empresa AstraZeneca prometeram disponibilizar a vacina que estão desenvolvendo "a preço de custo", por cerca de 2,90 dólares a dose.
Em todo o mundo, outras vacinas também estão na fase 3 de estudos clínicos. Nesta segunda-feira, a farmacêutica americana Moderna começou a terceira e última fase de testes de uma substância experimental contra a covid-19, com a participação de 30 mil voluntários. A empresa recebeu quase 1 bilhão de dólares do governo americano para financiar o projeto.
Recentemente, voluntários brasileiros passaram a testar a vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech. Os primeiros 890 participantes receberam doses no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo. Os pesquisadores do hospital vão analisar os voluntários a cada duas semanas, e estima-se que as primeiras análises estarão concluídas em até três meses. No total, participarão dessa fase 9 mil voluntários brasileiros, todos profissionais da saúde.
O Brasil também está participando da fase 3 da vacina experimental desenvolvida pela Universidade de Oxford e a empresa farmacêutica AstraZeneca. Os resultados preliminares recém-divulgados indicam que ela é segura e induziu resposta imunológica. Está em andamento a terceira fase dos estudos clínicos, que inclui testes em 50 mil voluntários, entre os quais 5 mil brasileiros, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em todo mundo, já foram registrados mais de 16,5 milhões de casos de covid-19 e 655 mil óbitos em decorrência da doença respiratória, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
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Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
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Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
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Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
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Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
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Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.