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Van der Bellen é eleito presidente da Áustria

23 de maio de 2016

Ambientalista que concorreu como candidato independente alcança 50,3% dos votos e derrota o populista de direita Norbert Hofer. Decisão sai após contagem de votos enviados pelo correio.

Alexander Van der Bellen
Foto: Getty images/AFP/R. Schlager

O ambientalista Alexander Van der Bellen venceu as eleições presidenciais na Áustria com 50,3% dos votos, impondo uma derrota ao populista de direita Norbert Hofer, do Partido da Liberdade (FPÖ), anunciou o Ministério do Interior austríaco nesta segunda-feira (23/05).

A contagem de 700 mil cédulas enviadas por eleitores pelo correio definiu o resultado do segundo turno apenas nesta segunda-feira. Ao final, Van der Bellen obteve apenas 31 mil votos a mais do que Hofer, num universo de 4,6 milhões de eleitores.

No domingo, as primeiras projeções após o fechamento das urnas indicavam um empate entre os dois candidatos. Ao final da contagem dos votos nas urnas, Hofer liderava com uma vantagem de 3,8 pontos percentuais. Cerca de 6 milhões de eleitores estavam aptos a votar. A participação foi de 72,7%.

"É claro que estou triste. Gostaria de cuidar do nosso maravilhoso país para vocês como presidente", escreveu Hofer em sua página no Facebook, ao reconhecer a derrota. O candidato angariou 49,7% dos votos. No domingo, a contagem mostravam Hofer com 51,9% dos votos, contra 48,1% para Van der Bellen.

Áustria dividida

Van der Bellen, de 72 anos, concorreu à presidência como candidato independente, com o apoio do Partido Verde, e defendeu o papel que a Áustria tem desempenhado na União Europeia (UE).

O ex-líder da legenda, no entanto, foi acusado por seus opositores de fomentar o "multiculturalismo" e o islamismo durante a campanha.

Com palavras de ordem nacionalistas e críticas à UE, Hofer havia conquistado 35% dos votos no primeiro turno. Vienenses reagiram desenhando "bigodinhos de Hitler" em muitos dos cartazes do político espalhados pela cidade.

No segundo turno, Hofer não reivindica mais a saída do país da UE, mas defendia que a Áustria assumisse mais competências no âmbito europeu.

KG/dpa/rtr

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