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SaúdeÁfrica do Sul

Variante delta gera forte onda de covid-19 na África

3 de julho de 2021

Segundo OMS, transmissões do coronavírus ocorrem em ritmo sem precedentes. Somente 2% dos 1,3 bilhão de habitantes do continente receberam a 1ª dose da vacina. África do Sul responde por 33% dos casos em toda a região.

Pessoas aguardam atendimento em centros de testagem para covid-19 em Joanesburgo. África do Sul é responsável por mais de 30% dos casos detectados nos 54 países africanos.
África do Sul é responsável por mais de 30% dos casos detectados nos 54 países africanosFoto: picture-alliance/AP Photo/S. Sibeko

A variante delta do coronavírus está por trás de uma nova onda de covid-19 que se espalha com rapidez pelo continente africano, informou nesta sexta-feira (02/07) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A velocidade e a escala da terceira onda na África é algo que jamais tínhamos visto”, afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para o continente.

O número de infecções em solo africano aumentou nas últimas seis semanas em uma média de um quarto do total a cada sete dias, chegando a quase 202 mil somente na semana passada. O recorde semanal de novos casos da doença é de 224 mil.

A África do Sul, onde a variante delta se tornou a cepa dominante, é o país mais atingido e já responde por mais da metade dos casos no continente. O número de infecções em solo sul-africano dobra a cada três semanas, segundo a OMS.

Com mais de 20 mil casos registrados somente nesta sexta-feira, totalizando quase 2 milhões de infecções, a África do Sul é responsável por mais de 30% dos casos detectados nos 54 países africanos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da África.

Em Joanesburgo e na província de Gauteng, que são o epicentro da epidemia no país, os hospitais trabalham com taxas de ocupação de 91%.

A variante delta já foi detectada em 16 países africanos, aparecendo em 97% das amostras colhidas em Uganda e em 79% no Congo.

"A disseminação desenfreada das variantes mais contagiosas empurra a ameaça na África para um novo patamar”, disse Moeti, em nota. "Mais transmissões significam mais infecções graves e mais mortes, então, todos devem agir agora e reforçar as medidas de prevenção para impedir que uma emergência se torne uma tragédia.”

Outro fator preocupante é o baixo índice de vacinação no continente. Menos de 2% dos 1,3 bilhão de africanos receberam a primeira dose da vacina.

rc (AFP, AP)

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