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Venceu a oposição

27 de março de 2010

Com vitória apertada, Ayad Allawi começa a negociar coalizão parlamentar para governar o Iraque e quer falar com todos os partidos. Atual primeiro-ministro, Nouri Al-Malaki, contesta o resultado das urnas.

Ayad Allawi faz discurso após anúncio da vitóriaFoto: AP

O vencedor das eleições parlamentares no Iraque, Ayad Allawi, começou neste sábado (27/03) as negociações para formar uma coalizão de governo.

"O governo precisa ser forte, capaz de tomar decisões que sirvam ao povo iraquiano e que tragam paz e estabilidade ao Iraque", argumentou Allawi, que já exerceu o cargo de primeiro-ministro no país.

O resultado da votação de 7 de março foi anunciado nesta sexta-feira. O bloco liderado por Ayad Allawi obteve 91 das 325 cadeiras do Parlamento, já o do atual primeiro-ministro, Nouri Al-Malaki, ficou com 89 assentos.

A Aliança Nacional Iraquiana, que reúne partidos religiosos xiitas, ficou em terceiro lugar com 70 cadeiras. E os dois principais partidos curdos obtiveram 43 posições.

Malaki se recusou a aceitar a derrota e alegou que os números divulgados são preliminares. Segundo informou um porta-voz do atual governo neste sábado, o resultado das eleições será contestado na Justiça e uma recontagem manual será pedida. Malaki ficará no poder interinamente até que o novo primeiro-ministro seja eleito.

Allawi corre contra o tempo para formar um bloco forte. O vencedor disse que a oferta está aberta a todos os partidos, sem exceções. "Isso vale para a coalização do governo vigente sobre a direção de Nouri Al-Malaki."

Eleições de 7 de março também foram marcadas por ataques a bombaFoto: AP

Repercussão do resultado

As eleições iraquianas foram elogiadas pelos Estados Unidos e pelas Nações Unidas. Segundo declarações oficiais norte-americanas, não há evidências de fraudes e o resultado da votação é confiável. Dentro de duas semanas, a corte iraquiana deve dar a aprovação final do resultado das eleições.

Em meio ao anúncio do ganhador parlamentar, um ataque a bomba matou pelo menos 52 pessoas em Bagdá.

NP/dpa/afp/lusa
Revisão: Alexandre Schossler

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