Veneza cobrará taxa de turistas que não pernoitam na cidade
2 de julho de 2022
Regra vigora a partir de janeiro e visa melhorar gestão do fluxo de visitantes. Ingresso custará de 3 a 10 euros. Quem reserva hospedagem local está isento. Multa para quem violar lei vai até 300 euros.
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A partir do próximo ano, Veneza vai passar a cobrar ingresso de quem visitar a cidade por apenas um dia. A regra, que vai vigorar a partir de 16 de janeiro, se destina a melhorar a gestão do fluxo de turistas na cidade e nas ilhas vizinhas, especialmente nas altas temporadas, informou o departamento local de turismo nesta sexta-feira (01/07).
Sobretudo os moradores criticam o turismo de massa que afeta a área, provocando superlotação de ruas e pontos turísticos. Antes da pandemia de coronavírus, a cidade chegava a receber mais de 100 mil visitantes por dia.
O turismo de massa começou em meados da década de 1960. Números de visitantes vêm subindo constantemente, enquanto diminui a população da cidade, afetada pelos congestionamentos, o alto custo do fornecimento de alimentos e outros bens, num lugar praticamente sem carros, e pelas inundações frequentes que danificam residências e empresas.
Um passeio de gôndola por Veneza
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Cerca de quatro quintos dos turistas visitam Veneza por apenas um dia. Em 2019, último ano completo de turismo antes da pandemia, cerca de 19 milhões de pessoas ficaram apenas algumas horas em Veneza e forneceram somente uma fração das receitas dos que ficam pelo menos uma noite.
Navios de cruzeiro
O novo regulamento é destinado aos que chegam na cidade para passeios de um só dia e hóspedes de navios de cruzeiro. Quem reserva hospedagem na cidade ou quem mora ou nasceu nela não precisa pagar ingresso.
As entradas são reservadas com antecedência através da internet. O preço varia de acordo com o volume de visitantes na cidade, mas deve custar entre 3 euros (R$ 17) e 10 euros (R$ 55,60) por pessoa. Quem comprar com maior antecedência, paga menos. Os ingressos podem ser exibidos através de código QR.
Quem for flagrado sem o comprovante de pagamento da taxa estará sujeito a multas que vão de 50 (R$ 278) a 300 euros (R$ 1.668).
Autoridades da cidade estão cogitando até instalar catracas nas entradas principais da cidade.
O projeto já vinha sendo discutido há alguns anos, mas foi suspenso durante a pandemia, quando os turistas desapareceram da cidade, devido às restrições.
md (DPA, AP)
Os dez principais mitos sobre viagens
Passagens de última hora são mais baratas? As últimas fileiras do avião são as mais seguras? A DW checou, desde o planejamento da viagem até o banho de mar. E desbancou alguns mitos.
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Passagens de última hora são mais baratas
Engana-se quem compra as passagens no dia do embarque e acha que está economizando. As agências de viagens não costumam reservar passagens e quartos de hotel além do que normalmente conseguem vender. Erros de cálculo são exceção, e só nestes casos há ofertas de última hora. Em geral, é recomendado fazer as reservas de oito a três semanas antes das férias.
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Fileiras traseiras são mais seguras
Muitos só viajam na parte de trás do avião, mas é difícil provar que essas sejam as mais poltronas seguras em caso de acidente. Como os aviões raramente caem, não há estatísticas seguras sobre a parte onde morrem mais passageiros. Tudo depende se a aeronave colide com o bico, as asas ou a parte traseira. Obviamente o lado contrário será considerado o mais seguro.
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Celulares ameaçam a segurança
Antes de o avião levantar voo, é pedido aos passageiros que coloquem seus telefones no modo avião. Mas, se alguém esquecer de fazer isso, não significa que o avião logo vai cair. Aparelhos eletrônicos podem interferir na sensível eletrônica de bordo. Como os celulares estão constantemente à procura de sinais, o piloto pode ficar exposto a chiados incômodos.
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Máscaras de oxigênio deixam chapado
A cada decolagem, a comissária mostra o que fazer em situações de emergência. Mas as máscaras de oxigênio são realmente necessárias? Há um boato de que o oxigênio deixa os passageiros chapados, para que não entrem em pânico. Lorota: o gás garante que a pessoa não fique desnorteada ou até mesmo perca os sentidos no caso de uma queda repentina da pressão na cabine.
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Dormir pouco causa jetlag
Quanto maior a diferença de fuso horário em relação ao destino da viagem, maior o jetlag, ou fadiga de viagem. Muitos pensam que isso se deve à falta de sono, mas a causa real é o choque que o organismo sofre com a interrupção do ritmo biológico. Como se deixa de comer e repousar nas horas habituais, o corpo tem que se acostumar.
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Preço de hotel não varia
Na recepção do hotel, você percebe que os preços estão mais altos e acha que pegou uma semana ruim. Afinal, hotéis não custam sempre a mesma coisa? Não necessariamente: quando há shows ou exposições importantes por perto, os preços explodem. Essa é a lei da oferta e da procura. Até mesmo o momento em que é feita a reserva pode influenciar o preço.
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Solário protege contra queimadura solar
Passagens compradas para ilhas paradisíacas, só falta garantir o pré-bronzeado no solário. Só que isso ajuda pouco, pois se corre o risco de subestimar o perigo dos raios solares. As câmaras de bronzeamento emitem praticamente só radiação ultravioleta do tipo A, mas é a radiação ultravioleta B que leva a um espessamento da pele e protege do Sol. Por isso, é sempre importante levar protetor solar.
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Treze dá azar
No hotel, você descobre que ao lado do quarto de número 12 fica o 14. O 13 simplesmente não existe, em atenção a hóspedes supersticiosos. Pelo mesmo motivo, muitas companhias aéreas eliminaram a fileira de poltronas de número 13. Ou seja, o boato sobre o número 13 é verdade.
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Veneza tem o maior número de pontes
Os turistas são atraídos pelos superlativos de uma cidade, como a maior igreja, a torre mais inclinada, ou a maior pirâmide. Mas muitas vezes isso não passa de propaganda. É o caso de Veneza, que não tem o maior número de pontes na Europa. Enquanto a cidade italiana tem pouco mais de 400, a campeã é Hamburgo, na Alemanha, com 2.500 pontes.
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Mar Morto é o mais salgado
Este superlativo tampouco é verdade. No mar Morto, pode-se flutuar lendo tranquilamente um livro, porque o nível de salinidade da água é de 28%. Mas ele não é o campeão: o lago Assal, na África, tem mais de 34% de salinidade, e no lago Don Juan, na Antártida, ela chega a 40%.