Venezuelanos são maior problema da Colômbia, diz Santos
20 de fevereiro de 2018
Presidente colombiano afirma estar disposto a receber ajuda internacional para lidar com onda migratória. Cerca de 37 mil venezuelanos cruzam diariamente fronteira com a Colômbia.
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta segunda-feira (19/02) que a chegada de venezuelanos é provavelmente o problema mais sério do país atualmente e reiterou que está disposto a receber ajuda humanitária internacional devido ao intenso fluxo migratório.
"Os migrantes que estão chegando ao nosso país são talvez o problema mais sério que temos neste momento", afirmou Santos, em entrevista à emissora de rádio colombiana Blu Radio.
O presidente afirmou que até agora o governo conseguiu lidar com a quantidade de venezuelanos que atravessou a fronteira, porém, a onda migratória aumenta a cada dia, diminuindo a capacidade do país de absorver os migrantes.
"Estamos dispostos a receber ajuda internacional", afirmou Santos. O presidente contou que está em contato com a ONU para saber como seria possível receber esse apoio e definir o quadro institucional adequado para lidar com essa situação. "A Colômbia nunca passou por esse tipo de problema", acrescentou.
Estima-se que mais de 550 mil venezuelanos estejam vivendo na Colômbia atualmente. Além disso, cerca de 37 mil venezuelanos entram diariamente no país, em busca de comida e medicamentos.
A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica e política. A escassez de produtos básicos e o desemprego levaram milhares de venezuelanos a deixar o país. A onda migratória atingiu especialmente países que fazem fronteira com a Venezuela, como a Colômbia e o Brasil.
CN/efe/dpa
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Em tempos de crise, venezuelanos buscam cura pela bruxaria
Quem fica doente na Venezuela enfrenta vários problemas, como escassez de medicamentos e contas astronômicas. No "beco dos bruxos", na favela de Petare, o tratamento é barato e consiste em toque de mãos e rituais.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/A. Fuente
Em caso de urgência, procure um feiticeiro
Eles são chamados de bruxos – e, para muitos venezuelanos, são a única alternativa de tratamento de doenças. A crise no sistema de saúde fez com que muitos não consigam mais pagar tratamentos médicos convencionais. Medicamentos são escassos e extremamente caros. Muitas vezes, pacientes com câncer também não têm acesso à quimioterapia.
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Cura no "consultório espiritual"
Em vez da aparelhagem médica, velas e estátuas: muitos venezuelanos adotaram a medicina alternativa. Num beco da favela de Petare, na região metropolitana de Caracas, dezenas de pacientes vão diariamente a um dos "consultórios espirituais", na esperança de conseguir a cura que não conseguem buscar na medicina convencional.
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"Beco dos bruxos" existe há mais de 50 anos
"El callejón de los brujos", ou "beco dos bruxos", é o nome popular dessa rua na favela de Petare. Há meio século, pacientes de todo o país vêm para cá. O movimento é especialmente grande aos sábados. Curandeiros e bruxos praticam a cura pelas mãos para amenizar o sofrimento dos doentes.
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Sem dinheiro para a cirurgia
Com frequência, os pacientes que vão ao "beco dos bruxos" não têm como arcar com as despesas de um tratamento hospitalar. Seriam obrigados a pagar centenas de dólares do próprio bolso por uma operação. É dinheiro demais para as pessoas na Venezuela, assolada por hiperinflação, fome, criminalidade e escassez de alimentos. Já consultar um curandeiro custa apenas um dólar.
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Questão de fé
Centenas de pessoas esperam diariamente para serem tratadas por um bruxo ou um curandeiro. Os curandeiros apostam em tratamentos baratos: dieta, rituais, toque de mãos. As intervenções espirituais devem "equilibrar a energia do paciente", explica um desses médicos tradicionais.
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Velas para combater doenças
Os mais jovens também recebem tratamentos. "Mas o espírito precisa autorizar o tratamento primeiro", explica um curandeiro. Algumas pessoas também se cadastram para um tratamento convencional, e a excursão pela medicina alternativa serve, entre outras coisas, para encurtar o tempo de espera até o início da terapia no hospital.