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Verdes reforçam resistência contra guerra

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O ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer, aproveitou a convenção do Partido Verde, em Berlim, para reforçar o claro não do governo alemão a uma guerra no Iraque.

Joschka Fischer dirige apelo aos EUA e IraqueFoto: AP

O conflito no Iraque é o tema dominante no encontro do órgão máximo do Partido Verde – o Conselho dos Estados - iniciado neste sábado em Berlim. Os 80 delegados, reunidos na pequena convenção, aplaudiram o chefe da diplomacia alemã, depois deles próprios terem se sentido confirmados pela manifestação de massa contra uma guerra no Iraque, que reuniu meio milhão de pessoas, em Berlim, no último sábado.

No momento em que outros 20 mil pacifistas protestavam nesta sábado (22), em várias cidades alemãs, contra uma intervenção militar dos Estados Unidos no Iraque, o ministro dizia discursava na capital. Um ação armada enfraqueceria as Nações Unidas, não seria apropriada ao combate ao terrorismo internacional e poderia empurrar todo o Oriente Médio para uma catástrofe, disse ele.

Guerra como último recurso, mas não o próximo passo

Fischer rechaçou a interpretação de que o governo do chanceler federal, Gerhard Schröder, teria abandonado a sua posição contra uma guerra para desarmar e destituir o regime iraquiano, na última conferência de cúpula da União Européia. Ele esclareceu que, embora a UE não exclua mais a guerra como último recurso, Berlim não mudou de opinião. Segundo o ministro, a declaração da UE assinada pelo chefe de governo alemão "significa claramente uma guerra como último recurso e não o próximo recurso".

Sob aplausos de membros de todas as alas do seu partido, o ministro insistiu que ainda não se esgotaram os recursos diplomáticos para desarmar o regime iraquiano por meio pacíficos. Ele cobrou do ditador Saddam Hussein o cumprimento da exigência feita pelo chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, para destruir todos os seus mísseis de longo alcance.

Ao mesmo tempo, Fischer dirigiu um apelo para os Estados Unidos respeitarem as resoluções do Conselho de Segurança em Nova York e não enfraquecerem o grêmio máximo das Nações Unidas com uma ação militar unilateral contra o Iraque.

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