Vergonha de voar coloca imigrantes entre a família e o clima
Ajit Niranjan av
24 de novembro de 2019
A expressão sueca "flygskam" resume o dilema de quem gosta de viajar, mas quer proteger o clima do planeta. O tema é especialmente sensível para quem voa por necessidade e para preservar os laços com a terra natal.
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Quando a adolescente alemã Jennifer Asamoah disse à mãe, em 2018, que não voaria para Gana, para o casamento de sua meia-irmã, ela não estava sendo teimosa, e sim tentando salvar o planeta. "Eu perdi um dos dias mais importantes da vida dela por causa da mudança climática", explica Asamoah, que opta por não usar aviões devido às emissões de gases do efeito estufa.
Voar, uma das atividades mais produtoras de CO2 que um cidadão pode fazer, está se tornando uma questão decisiva para quem queira ajudar a preservar o clima global. Um levantamento realizado em agosto pela firma de análise de dados Yougov mostrou que dois entre cada três britânicos se dispõe a limitar suas viagens aéreas.
A ativista do clima Greta Thunberg trouxe de forma dramática o assunto à tona, em meados do ano, ao atravessar o Oceano Atlântico não de avião, mas de barco, a fim de ir condenar os líderes do mundo por não estarem protegendo devidamente o planeta.
A Suécia, país natal da jovem de 16 anos, cunhou a expressão flygskam (em inglês: flight shame), que significa "vergonha de voar" – a culpa por tomar um avião, enquanto o meio ambiente se aprofunda numa crise talvez sem volta. O termo se tornou sinônimo dos movimentos antivoo que despontam pelo continente europeu.
O dilema dos migrantes
Parece fácil vencer a vergonha de voar: é só tomar trens e tirar férias mais perto de casa. No entanto para os imigrantes, que compõem 8% da população da Europa, e suas famílias, sacrificar as viagens aéreas impõe um dilema que toca fundo nas identidades de alguns: com que frequência se pode viajar para seus países de origem – se é que se pode?
Cidadãos nascidos no exterior voam mais, mas andam menos de carro do que aqueles cujas famílias vivem há mais de três gerações num país, indicou uma pesquisa da Universidade Técnica de Dortmund. Usando dados do Reino Unido e levando em consideração fatores como renda e educação, os pesquisadores concluíram que os migrantes voam 38% mais do que os nascidos no país em que vivem.
"Migrantes têm necessidade de voar para manter seus círculos de família e de amizades", explica Giulio Mattioli, pesquisador de transportes e principal autor do estudo. "Uma vez que você migra, isso implica um certo nível de viagens e emissões."
Mudar de país pode significar deixar para trás filhos, genitores, cônjuges e amigos. Laços mais sutis igualmente provocam o desejo de voltar, como, por exemplo, a necessidade de estar perto do local de nascença ou cercado pela língua materna.
Ao queimar enormes quantidades de combustível de aviação para levantar voo e planar acima das nuvens, as aeronaves emitem cerca de 2% do CO2 global. Elas também liberam poluentes como vapor d'água e óxidos de nitrogênio, que, a altitudes elevadas, contribuem ainda mais para o aquecimento do planeta.
Se Asamoah houvesse voado com a mãe da Alemanha para o casamento Gana e retornado, teria emitido cerca de 0,7 tonelada de dióxido de carbono, de acordo com o calculador online da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI). Isso é mais ou menos a média do que um ganense emite em todo um ano.
O estudo de Dortmund concluiu que, ao contrário de seus pais, os filhos de imigrantes não voam com mais frequência do que o restante da população – fato que os pesquisadores não associam a preocupações ambientais.
"Minha mãe apoia minha decisão e também acha que seja um tópico importante", explica Asamoah. "Mas quando se trata de visitar a família, ela não se importa [com suas emissões], só quer ver sua filha, e eu realmente entendo."
Vergonha: sim ou não?
Deparados com razões mais fortes para viajar, os imigrantes também têm menos alternativas. "Eu me recuso a me sentir envergonhado por tomar um avião, se não há alternativa melhor, mais sustentável", afirma Quang Paasch, que tem ascendência vietnamita e é um dos organizadores em Berlim do movimento de protesto Greve para o Futuro. "Não me sinto culpado por voar para ver minha família, porque o nosso sistema é baseado na injustiça social."
Para quem se estabeleceu em outros continentes, as conexões alternativas práticas são escassas: um trem de Berlim a Istambul leva três dias e meio; chegar a outras cidades ainda mais distantes, como Nova Délhi ou Pequim, poderia levar semanas.
"Uma linha de trem daqui a Nairóbi: isso eu adoraria", brinca Anastasia Nganga, uma queniana que vive na Alemanha e está tentando reduzir sua pegada carbônica. "Não volto ao Quênia toda semana ou mês, só no prazo de alguns anos. Tem gente aqui na Europa que voa para uma folga de fim de semana."
No cerne do movimento antivoo, está a questão da justiça. Não há dados confiáveis sobre que parcela da população mundial viaja de avião, mas os especialistas em aviação concordam que a maioria não o faz.
Um relatório divulgado em setembro pelo grupo de pesquisa sem fins lucrativos International Council on Clean Transportation, constatou que, embora só componham 16% da população, os cidadãos dos países ricos são responsáveis por 62% das emissões de CO2 da aviação. Mesmo entre os que usam aviões, um pequeno grupo de voadores frequentes, incluindo os migrantes, realiza uma parcela desproporcional das viagens, apontou o estudo de Dortmund.
Isso levanta questões delicadas para os movimentos ambientais em países mais ricos, que tentam se livrar de sua reputação de privilegiados, enquanto exigem que a população e os governos cortem suas emissões.
Pressionar os imigrantes para não voarem criaria muito conflito, antecipa Mothiur Rahman, advogado inglês de origem bangladeshiana e membro do grupo ativista ambiental Extinction Rebellion. "Quem mede tudo segundo as emissões de dióxido de carbono, está hipersimplificando. Há diferentes qualidades de motivos para voar."
We Stay on the Ground (Ficamos no Solo), um grupo criado na Suécia, mas ativo por toda a Europa e América do Norte, diz ter coletado mais de 12 mil assinaturas de gente que se compromete a não voar em 2020: No entanto tem dificuldade em envolver as comunidades de imigrantes e da diáspora em seu projeto.
"É a questão mais difícil que encaramos", admite a fundadora da campanha, Maja Rosen. Parte de mim quer dizer que, claro, todo mundo deveria poder ir ver sua família quando queira. O problema é que o clima não vê diferença."
No entanto há meios de cortar emissões de aviação sem sacrificar os laços familiares, ressalva Rosen. Como viajar com menor frequência, mas ficando mais tempo fora. Ou eliminar as férias no exterior. "Para mim, faz muito mais sentido alguém que tenha família na Índia ir visitá-la do que alguém como eu sair de férias", diz a fundadora da We Stay on the Ground.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eisele
Protestos em minas de carvão na Alemanha
Várias minas de carvão no leste da Alemanha foram palco de protestos, enquanto ativistas ambientais criticam os planos do governo sobre mudanças climáticas e exigem o fim imediato do carvão. Autoridades afirmaram que mais de mil pessoas participaram das manifestações em duas minas no estado de Brandemburgo e uma na Saxônia. O grupo ambientalista Ende Gelände falou em 4 mil manifestantes. (30/11)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt
Ataque terrorista em Londres deixa dois mortos
Um homem atacou vários pedestres com uma faca na Ponte de Londres. Duas pessoas - um homem e uma mulher - morreram e três ficaram feridas. O agressor foi morto a tiros pela polícia. Segundo o jornal The Times, o agressor era um radical islâmico que já havia sido condenado no passado por “atividades terroristas” em 2012. Ele deixou a prisão em dezembro de 2018 sob condicional. (29/11)
Foto: picture-alliance/empics/D. Lipinski
Luis Lacalle Pou é eleito presidente do Uruguai
O ex-senador de centro-direita Luis Lacalle Pou será o próximo presidente do Uruguai. A vitória do candidato e do Partido Nacional (PN) foi indicada pela recontagem dos votos do segundo turno das eleições presidenciais. O governista Daniel Martínez reconheceu a derrota. O resultado marca o fim de um período de 15 anos de hegemonia da esquerda no país. (28/11)
Foto: picture-alliance/ZumaPress/SOPA/M. Zina
Tribunal mantém condenação de Lula e aumenta pena
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que analisaram recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do sítio de Atibaia mantiveram a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão foi unânime. Eles ainda decidiram aumentar a pena total do petista no caso, de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos, um mês e dez dias. (27/11)
Foto: Reuters/A. Machado
Treze franceses morrem em operação contra jihadistas no Mali
Treze soldados franceses morreram após a colisão entre dois helicópteros militares durante uma operação contra jihadistas na região central do Mali. Foi a maior perda de combatentes franceses de uma só vez desde a intervenção da França no país africano, em 2013. Até agora, 28 combatentes franceses morreram na região do Sahel. (26/11)
Foto: Reuters/B. Tessier
Recorde de concentração de gases do efeito estufa
A concentração na atmosfera de gases que provocam o efeito estufa e causam o aquecimento global bateu recorde em 2018, aumentando mais rápido do que a média registrada na última década, segundo um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). (25/11)
Foto: picture-alliance/S. Ziese
Passeio sobre águas russas
Por si, a venerável cidade russa Rostov já vale a visita. No fim deste novembro, porém, vale ainda mais a pena viajar até o Lago Nero, ao norte de Moscou. Suas águas se congelaram como se tivessem parado no tempo, permitindo tomar um atalho até a cidade pitoresca. O passeio só não serve para os friorentos, pois a temperatura local é de seis graus negativos. (24/11)
Foto: picture-alliance/AP/D. Kozlow
Recepção pelada
Um guerreiro maori recebe príncipe Charles, com a tradicional dança haka em Takahanga Marae, Nova Zelândia. O nobre do Reino Unido não parece se intimidar com o ritual de guerra. E até dá a impressão de querer ajudar o musculoso jovem contra a nudez, com uma folha de figueira. (23/11)
Foto: Reutes/T. Nearmy
Governo interino da Bolívia denuncia Morales por "sedição e terrorismo"
Autoridades interinas da Bolívia apresentam vídeo no qual se ouve supostamente o ex-presidente convocando apoiadores para realizar bloqueios no país. Morales rechaça acusações e afirma que material é uma "montagem". (22/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Verdugo
Netanyahu é denunciado por fraude e propina em Israel
Procurador-geral acusa premiê de favorecer empresários em troca de presentes luxuosos e cobertura favorável na mídia. Caso aumenta a incerteza sobre quem irá liderar o país, que segue mergulhado num impasse político. (21/11)
Foto: AFP/G. Tibbon
Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua em novo depoimento
Funcionário alega que "lançou errado" em planilha o número da casa de Bolsonaro e que se sentiu "pressionado" quando contou que "seu Jair" havia autorizado entrada de suspeito pela morte da vereadora Marielle Franco. (20/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Ikegami
Bolsonaro oficializa saída do PSL
O presidente Jair Bolsonaro assinou a desfiliação do PSL durante uma reunião com seus advogados no Palácio do Planalto. A saída ocorreu em meio a uma disputa pelo poder da legenda pela qual ele foi eleito. Além do presidente, seu filho Flávio Bolsonaro, que é senador pelo Rio de Janeiro, também apresentou um pedido de desfiliação do PSL. (19/11)
Foto: Reuters/A. Machado
Desmatamento recorde
Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29,5% em comparação com os 12 meses anteriores. Ao todo, a floresta perdeu uma área de 9.762 km² (equivalente a sete vezes a cidade do Rio de Janeiro). É a maior taxa de desmatamento registrada desde 2008. Os dados são do Prodes, sistema de monitoramento por satélites operado pelo Inpe. (18/11)
Foto: Reuters/B. Kelly
Ponte para o nada?
Sete anos de construção, e aí... isso. A inauguração da Ponte do Alto Mosela foi frustrada pelo tempo nebuloso. Com tempo bom, é espetacular a vista da segunda mais alta ponte da Alemanha (160 metros), que atravessa o rio Mosela, no oeste. Seus apoiadores torcem por menos tráfego nos lugarejos locais; os adversários criticam a interferência na paisagem e os custos de 175 milhões de euros. (17/11)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Tittel
Milhares de tchecos pedem renúncia de premiê
Cerca de 250 mil tchecos protestaram em Praga contra o primeiro-ministro Andrej Babis. A manifestação ocorreu na véspera do 30º aniversário da Revolução de Veludo, que marca a queda do comunismo na antiga Tchecoslováquia. O populista Babis enfrenta uma série de acusações de corrupção. Entre os que discursaram na manifestação estavam ex-dissidentes que falaram nos comícios de 1989. (16/11)
Foto: Reuters/D. W. Cerny
Mais de 200 pessoas perderam visão em atos no Chile
A principal associação médica do Chile anunciou que pelo menos 230 pessoas perderam a visão, parcial ou completamente do olho afetado, devido a tiros com espingarda de pressão disparadas por agentes de segurança do Estado durante protestos no país sul-americano. Estatísticas adicionais da instituição mostraram que a idade média das vítimas é de 30 anos. (15/11)
Foto: Getty Images/AFP/C. Reyes
Alemanha aprova obrigatoriedade de vacina
A câmara baixa do Parlamento alemão (Bundestag) aprovou uma lei que tornará obrigatória a vacinação contra sarampo em creches e escolas a partir de março próximo. Imunização se tornará pré-requisito para matrícula de crianças em creches e escolas. Funcionários de locais de ensino, de saúde e de abrigos de solicitantes de refúgio também terão que se vacinar. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Sven Simon
Veneza enfrenta pior cheia em 50 anos
Veneza registra sua maior cheia em mais de 50 anos. A prefeitura da cidade decretou estado de emergência. Pouco antes da meia-noite, o nível da água atingiu 1,87 metro acima do nível do mar. O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, culpou as mudanças climáticas pela "situação dramática" na cidade. (13/11)
Foto: Reuters/M. Silvestri
Evo Morales recebe asilo no México
Dois dias após renunciar à presidência da Bolívia, Evo Morales desembarcou na Cidade do México, no país onde recebeu asilo político. Ao deixar a aeronave, afirmou que só haverá paz na Bolívia quando houver "justiça social". Em um breve discurso, Morales agradeceu ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pela decisão de recebê-lo e disse que asilo político "salvou sua vida". (12/11)
Foto: Reuters/L. Cortes
Abertura do Carnaval alemão
Às 11 horas e 11 minutos, foi aberta a chamada "quinta estação do ano" nas cidades da Renânia, uma das poucas regiões da Alemanha onde o carnaval é festejado. Com fantasias coloridas, música, alegria e cerveja, as pessoas vão às praças centrais das cidades para o início da temporada da folia. Em Düsseldorf, centenas de foliões participaram da festa. (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gambarini
Bolívia entre protestos e novas eleições
Participantes de protestos antigoverno bloqueiam ruas em torno do palácio presidencial de La Paz. O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a realização de novas eleições presidenciais, após um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontar suspeitas de fraude no pleito de outubro, que reelegeu o líder esquerdista já no primeiro turno. (10/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Karita
Berlim iluminada para queda do Muro
Em 9 de novembro de 1989, caiu o Muro de Berlim, que dividia as duas Alemanhas. Para a comemoração, a capital preparou numerosos eventos, tendo como ponto alto o show de luzes no Portão de Brandemburgo. Defronte, instalação que lembra uma anêmona gigante traz 30 mil fitas multicoloridas com desejos, sonhos e ideias para o futuro, em diferentes idiomas. (09/11)
Foto: AFP/T. Schwarz
Lula é solto depois de 19 meses na prisão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi solto depois de passar um ano e sete meses na sede da Polícia Federal em Curitiba. A soltura ocorreu após o Supremo derrubar uma decisão que autorizava a prisão em segunda instância, beneficiando diretamente o petista, que agora passa a recorrer em liberdade. Após deixar a prisão, Lula discursou para apoiadores e lançou críticas à Lava Jato. (08/11)
Foto: Reuters/R. Buhrer
STF derruba prisão em segunda instância
Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a decisão de 2016 que permitia o cumprimento de pena após condenação em segunda instância. Pelo novo entendimento do Supremo, um condenado só passará a cumprir pena após trânsito em julgado, ou seja, quando a possibilidade de recursos for esgotada. A decisão abre caminho para que o ex-presidente Lula seja solto. (07/11)
Foto: Agência Brasil
Lufthansa cancela 1.300 voos devido a greve
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou o cancelamento de cerca de 1.300 voos programados para os próximos dois dias, devido a uma greve convocada pelo sindicato alemão que representa os funcionários de cabine. O sindicato Ufo convocou seus membros para uma greve de 48 horas. A medida é parte de uma disputa dos funcionários com a maior empresa aérea da Alemanha sobre remuneração. (06/11)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Kneffel/
Atiradores matam nove membros de família mórmon no México
Ao menos três mulheres e seis crianças, todas cidadãs dos EUA, foram mortas numa emboscada no norte do México, aparentemente conduzida por pistoleiros de um cartel de drogas. Seis crianças foram encontradas vivas. O massacre ocorreu numa estrada perto da divisa dos estados de Sonora e Chihuahua, próximo à fronteira com os EUA. (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Alex leBaron
Berlim proíbe "soldados" no antigo Checkpoint Charlie
As autoridades de Berlim anunciaram que vão vetar as atividades de atores que se vestem como militares americanos para posar em fotografias ao lado de turistas no antigo Checkpoint Charlie, local que abrigou um posto de controle durante a Guerra Fria. As autoridades afirmaram que os atores costumavam pressionar turistas a pagar pelas fotos, muitas vezes de forma "agressiva". (04/11)
Foto: picture-alliance/J. Arriens
Ataque com faca durante protesto em Hong Kong
Um homem armado com uma faca feriu ao menos cinco pessoas durante protestos contra o governo em frente a um shopping center. Um político local pró-democracia, Andrew Chiu (foto), teve parte de sua orelha arrancada a mordidas pelo agressor, ao tentar contê-lo. Os protestos do fim de semana foram alguns dos mais violentos desde que as manifestações começaram há 22 semanas. (03/11)
Foto: Reuters/Stringer
Visões em Movimento
Para comemorar os 30 anos da queda do Muro de Berlim, o artista Patrick Shearn e seu estúdio Poetic Kinetics, prepararam a instalação "Visions in Motion" diante do icônico Portão de Brandemburgo: fitas coloridas portam pelos ares os desejos, esperanças e lembranças de 30 mil pessoas. (02/11)
Foto: AFP/T. Schwarz
"Fake news" no Dia das Bruxas
Lado a lado com vampiros, lobisomens, bruxas e zumbis, este homem desfilou na Village Halloween Parade de Nova York fantasiado como o moderno horror das "fake news". Com os outros monstros, o mundo já está tão acostumado que eles nem assustam mais. Mas seria realmente um filme de terror se o mesmo acontecer com as notícias falsas. (01/11)