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Viúva de atirador da França dá entrevista a jihadistas

13 de fevereiro de 2015

Hayat Boumeddiene, mulher de Amedy Coulibaly, estaria em território controlado pelo "Estado Islâmico". Ela vem sendo procurada pela polícia desde os atentados de janeiro, que deixaram 20 mortos em Paris.

Paris Geiselnahme jüdischer Supermarkt - Fahndungsfoto Hayat Boumeddiene
Foto: Photo by Direction centrale de la Police judiciaire via Getty Images

Procurada pela polícia francesa desde os atentados ocorridos em Paris há um mês, Hayat Boumeddiene, 26 anos, teria dado entrevista a um veículo que faz propaganda do "Estado Islâmico" (EI). As declarações da mulher, suspeita de cumplicidade nos ataques que deixaram 20 mortos, foram publicadas na revista nas edições de quarta e quinta-feira (11 e 12/02), e seriam a prova de que a viúva do sequestrador Amedy Coulibaly, que matou quatro pessoas em um mercado kosher no dia 9 de janeiro, teria chegado ao território controlado pelo EI.

Sem citar explicitamente seu nome ou publicar fotos de Boumedienne, os jihadistas referem-se a ela como "esposa do nosso irmão" Umm Basur al-Muhajirah, citando o nome adotado por Coulibaly. O sequestrador confessou ter coordenado o ataque ao semanário satírico francês Charlie Hebdo, juntamente com os irmãos Kouachi no mês passado. Said e Cherif Kouachi invadiram a redação da revista no dia 7 de janeiro e mataram 12 pessoas.

Na suposta entrevista, divulgada em inglês e francês, Boumedienne afirma que o marido tinha um "desejo ardente de se juntar aos irmãos e lutar contra os inimigos de Alá em solo do califado", e o teria feito se não tivesse levado à frente a intenção de realizar os atentados na França. Ela faz menção a passagens do Corão.

Além das quatro mortes do supermercado, Coulibaly também matou uma policial no primeiro dos três dias de terror vividos na capital francesa, antes de ser morto pela polícia. Apesar de ter deixado a França pouco antes dos ataques, segundo a polícia, Boumedienne é considerada peça-chave nas investigações dos atentados. Autoridades turcas afirmam que ela cruzou o país em direção à Síria um dia após o ataque ao Charlie Hebdo.

MSB/dpa/ap

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