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Parceiro energético

(as)31 de outubro de 2006

Ministro alemão das Relações Exteriores visita cinco países centro-asiáticos com o objetivo de avaliar a viabilidade de uma nova política da União Européia para a região, rica em recursos energéticos.

Steinmeier começa viagem por Astana, capital do CazaquistãoFoto: picture-alliance/dpa

O ministro alemão das Relações-Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, iniciou nesta segunda-feira (30/10) visita de uma semana ao Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão e Tadjiquistão, as cinco ex-repúblicas soviéticas que compõem a Ásia Central.

O principal motivo da viagem de Steinmeier é dar início a uma estratégia política da União Européia (UE) para a Ásia Central, região rica em gás e petróleo. A intenção do governo alemão é levar essa estratégia adiante durante o primeiro semestre de 2007, quando a Alemanha ocupará a presidência rotativa da UE.

De acordo com Steinmeier, a região é muito importante para a Europa do ponto de vista energético. Ele afirmou que a diversificação do fornecimento de energia ao continente é um ponto-chave da política energética externa da UE. "Durante a presidência rotativa alemã, daremos início a uma estratégia da UE para a Ásia Central."

Estabilidade e segurança

Segundo Steinmeier, a União Européia tem interesse na estabilidade e na segurança da região asiática. Três dos países da região fazem fronteira com o Afeganistão. A Ásia Central é considerada pelos europeus como o principal canal de saída de drogas oriundas do Afeganistão.

"A região é importante para a segurança de todo o continente euro-asiático, também no que se refere ao combate de atividades extremistas e à luta contra o terrorismo. A Ásia Central é um parceiro interessante e importante para a Europa", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Gernot Erler, à Deutsche Welle.

Relações econômicas

Outro motivo da viagem é intensificar as relações econômicas entre a Alemanha e a região asiática. Steinmeier é acompanhado de uma comitiva de empresários, entre eles representantes da Siemens, da empresa de gás e petróleo Wintershall e de empresas dos setores automotivo e da construção civil. O Cazaquistão, primeira parada da viagem, é um país rico em petróleo.

Já o Turcomenistão dispõe de grandes reservas de petróleo e de gás – estudos mostram que o país possui a quinta maior reserva de gás do mundo. Também o Uzbequistão é rico em reservas energéticas.

De acordo com Steinmeier, a União Européia é o principal parceiro econômico do Cazaquistão e o comércio entre o país e o bloco movimenta 15 bilhões de euros anuais.

Reformas políticas

Em Astana, Steinmeier exortou os cinco países da Ásia Central a adotar reformas políticas rigorosas. Segundo ele, também os empresários alemães necessitam de garantias baseadas no Estado de direito para investir na região. Os europeus também colocam o respeito aos direitos humanos entre os pré-requisitos para a intensificação das relações bilaterais entre as duas regiões.

Após encontro com o primeiro-ministro do Cazaquistão, Danyial Akhmetov, e com o ministro das Relações Exteriores do país, Kassymshomart Tokayev, em Astana, Steinmeier elogiou o governo local ao afirmar que ele adotou o caminho da abertura política com mais rigor que seus vizinhos da Ásia Central.

Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão e Tadjiquistão tornaram-se independentes em 1991, mas as reformas políticas não avançaram desde então. Ao contrário: as cinco ex-repúblicas soviéticas têm governos autocráticos e sofrem com as conseqüências da corrupção, do crime organizado e do desrespeito aos direitos humanos.

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