Vice-chanceler desiste e sugere Schulz contra Merkel
24 de janeiro de 2017
Sigmar Gabriel, presidente do SPD, anuncia que não será candidato na eleição de setembro e sugere nome do ex-presidente do Parlamento Europeu para concorrer contra a atual chanceler. Pleito é marcado para 24 de setembro.
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O presidente do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e vice-chanceler federal, Sigmar Gabriel, comunicou nesta terça-feira (24/01) a correligionários que não será candidato a chefe de governo na eleição parlamentar marcada para setembro.
Durante um encontro da bancada socialista em Berlim, Gabriel comunicou que está desistindo de sua candidatura e sugeriu que o ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz seja o candidato do partido na disputa contra a chanceler Angela Merkel.
Leia a cobertura completa sobre aeleição na Alemanha em 2017
A renúncia de Gabriel havia sido noticiada pouco antes pela revista Stern e pelo semanário Die Zeit. Segundo o Zeit, Gabriel deverá assumir o ministério do Exterior em substituição a Frank-Walter Steinmeier, cuja eleição para a presidência da Alemanha, em 12 de fevereiro, é dada como certa.
Segundo a Stern, Gabriel justificou sua decisão afirmando que Schulz é a melhor opção. "Se eu concorresse, eu fracassaria e, comigo, o SPD."
Schulz, de 61 anos, deixou a presidência do Parlamento Europeu no fim do ano passado para se dedicar à política interna alemã. Ele era eurodeputado desde 1994.
A cúpula do SPD se reúne ainda nesta terça-feira em Berlim para deliberar sobre a candidatura. O anúncio oficial do candidato estava previsto para o próximo fim de semana, mas poderá agora ser antecipado.
Nesta terça-feira, o presidente Joachim Gauck confirmou que a eleição será realizada em 24 de setembro.
AS/dpa/afp
Todos os chefes de governo da Alemanha
Da eleição para o primeiro chanceler federal da Alemanha, em 1949, até hoje, a Alemanha testemunhou mudanças históricas. Relembre algumas delas e os nove chefes de governo da história do país.
Foto: Britta Pedersen/AFP
Olaf Scholz (desde 2021)
Assumiu como chanceler federal em dezembro de 2021, comandando uma coalizão de seu Partido Social-Democrata (SPD) com o Partido Verde e o Partido Liberal Democrático (FDP). Antes, foi vice-chanceler de Angela Merkel e ministro das Finanças.
Foto: Britta Pedersen/AFP
Angela Merkel (2005-2021)
A democrata-cristã doutora em Física foi a primeira mulher a chefiar um governo na Alemanha, em 2005. Foi reeleita em 2009, 2013 e 2017. Após 16 anos no poder, ela decidiu se aposentar.
Foto: dapd
Gerhard Schröder (1998 - 2005)
O social-democrata governou em coalizão com o Partido Verde. Por negar o apoio à guerra no Iraque, causou uma crise nas relações com os EUA. Com o tempo, a coalizão perdeu apoio principalmente por causa do fraco desempenho da economia alemã e por críticas ao programa de reformas Agenda 2010. O governo Schröder terminou com a perda da moção de confiança no Parlamento.
Foto: picture-alliance/dpa
Helmut Kohl (1982 - 1998)
Em outubro de 1982, Helmut Kohl assumia como chanceler federal alemão, cargo que ocuparia por 16 anos. Foi o chefe de governo alemão que por mais tempo ficou no cargo.
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Helmut Schmidt (1974 - 1982)
O governo de Helmut Schmidt foi marcado pelo terrorismo da Fração do Exército Vermelho (RAF).
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Willy Brandt (1969 - 1974)
Willy Brandt foi o primeiro chanceler federal social-democrata da Alemanha. Renunciou ao cargo em 1974, em consequência de um caso de espionagem.
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Kurt Georg Kiesinger (1966 - 1969)
Foi eleito por uma grande coalizão de partidos e assumiu o problema da crise econômica.
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Ludwig Erhard (1963 - 1966)
O segundo chanceler federal alemão teve apenas três anos de mandato. Ele renunciou devido ao rompimento da coalizão de governo. Mesmo assim, o democrata-cristão participou de forma ativa da reforma monetária alemã do pós-guerra.
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Konrad Adenauer (1949 - 1963)
A eleição do democrata-cristão Konrad Adenauer para primeiro chefe de governo da República Federal da Alemanha, em 15 de setembro de 1949, marcou o início de um longo processo de reestruturação política no país. Reeleito em 1953, 1957 e 1961, ele renunciou ao cargo aos 87 anos de idade, em 1963.