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Vice-presidente da Samsung é interrogado por escândalo

12 de janeiro de 2017

Lee Jae-yong, herdeiro do conglomerado sul-coreano, corre risco de ser preso por supostos crimes de suborno em caso que resultou no impeachment da presidente do país. Empresa teria apoiado pivô do escândalo.

Lee, de 48 anos, assumiu a liderança da empresa após a morte de seu pai, o patriarca da família Lee Kun-hee, em 2014
Lee, de 48 anos, assumiu a liderança da empresa após a morte de seu pai, em 2014Foto: Getty Images/Chung Sung-Jun

O vice-presidente e herdeiro da Samsung Electronics, Lee Jae-yong, foi interrogado nesta quinta-feira (12/01) como suspeito de um crime de suborno relacionado ao escândalo de corrupção que levou ao impeachment da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.

Lee, de 48 anos – que assumiu a liderança da empresa após a morte de seu pai em 2014 – foi questionado devido a suspeitas de que o maior conglomerado do país teria apoiado financeiramente Choi Soon-sil, pivô do escândalo de corrupção.

Amiga íntima da presidente, Choi teria interferido em assuntos de Estado sem possuir cargo público. Ela é acusada de extorquir, com a cumplicidade de Park, dezenas de milhões de dólares dos principais grupos empresariais do país através de duas fundações. Ela teria se apropriado de parte dos fundos.

Os investigadores acreditam que o grupo Samsung assinou um contrato no valor de 22 bilhões de wons (cerca de 18,3 milhões de dólares) com uma empresa sediada na Alemanha, de propriedade de Choi. O conglomerado teria ainda apoiado financeiramente sua filha, que se dedica ao hipismo, para que treinasse no país e comprasse novos cavalos.

Alguns relatos sugerem que o contrato foi assinado em troca do apoio do fundo de pensão estatal – cujo presidente foi preso em dezembro por suposta participação no escândalo – a um importante acordo de fusão entre as filiais da Samsung em 2015.

Os investigadores avaliam se o gabinete presidencial pressionou para que o fundo estatal apoiasse a fusão em troca de favores da empresa para Choi. Em dezembro, Lee negou o acordo.

A Samsung também doou 20,4 bilhões de wons (16,3 milhões de dólares) para duas fundações operadas por Choi. A empresa afirma que a verba era destinada a promover a cultura e o esporte do país no exterior.

Um porta-voz da procuradoria sul-coreana disse que os investigadores vão decidir se Lee deve ou não ser alvo de um mandado de prisão. Eles avaliam se o herdeiro da Samsung mentiu durante uma audiência no Parlamento em dezembro sobre o envolvimento de sua empresa no escândalo. Ele pode ainda ser acusado de fraude e quebra de confiança.

RC/efe/rtr

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