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Vice-presidente do BCE espera inflação negativa para zona do euro em 2015

20 de dezembro de 2014

Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu, afirma que a zona do euro deverá registrar inflação negativa nos próximos meses, ressaltando que isso não deve se transformar em problema a longo prazo.

Ergebnisse von Bankentests in Europa werden veröffentlicht
Vítor Constâncio disse que inflação negativa não se traduz, necessariamente, em deflaçãoFoto: picture-alliance/dpa

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, acredita que a redução da inflação nos países da moeda comum europeia se deve, principalmente, à acentuada queda do preço do petróleo nos últimos meses.

Em entrevista à revista alemã de economia Wirtschaftswoche, publicada neste sábado (20/12), Constâncio afirmou já estar ultrapassada a recente previsão de uma inflação de 0,7 por cento para a zona do euro em 2015.

"Desde que os dados dos últimos prognósticos foram coletados, o preço do petróleo caiu 15%", explicou o português.

Ele acrescentou que o Banco Central Europeu deve fazer uso de todos os instrumentos disponíveis para evitar o que ele descreveu como "um perigoso círculo vicioso de queda de preços, aumento dos custos salariais reais, queda dos lucros, redução da demanda e novas quedas de preços."

Pressão descendente deve continuar até 2018

Constâncio também sublinhou que muitos economistas, incluindo aqueles do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia, previram que a crise na zona do euro deverá perdurar até 2018, o que significa que a pressão descendente sobre a taxa de inflação continuaria também até lá.

Ao mesmo tempo, Constâncio também assinalou que, mesmo que a zona do euro registre uma inflação negativa, isso não se traduz necessariamente em deflação. "Para tal, seriam necessárias taxas negativas de inflação por um longo período de tempo. Se é somente um fenômeno temporário, eu não vejo perigo", explicou.

Ele também afirmou que o aumento da produtividade em alguns países da zona do euro, como Espanha e Irlanda, poderiam ajudar a evitar a deflação nos países de moeda comum.

CA/rtr/afp