Viena é eleita melhor cidade do mundo para se viver
14 de agosto de 2018
Capital austríaca se destaca nos quesitos saúde, educação, infraestrutura e estabilidade, desbancando a australiana Melbourne, que liderava o ranking há sete anos. Baixa criminalidade também favorece cidade europeia.
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Viena, capital da Áustria, foi eleita a melhor cidade para se viver do mundo pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), desbancando Melbourne, na Austrália, que carregava o título há sete anos.
Viena obteve 99,1 pontos numa escala de 100 no ranking anual divulgado nesta segunda-feira (13/08) pela consultoria, que pertence ao Economist Group do qual também faz parte a revista The Economist.
Melbourne ficou em segundo lugar por uma diferença de apenas 0,7 ponto, com pontuação de 98,4. A cidade de Osaka, no Japão, ficou em terceiro lugar, com 97,7 pontos.
O ranking considera fatores como criminalidade, infraestrutura de transporte, acesso à educação e saúde, assim como estabilidade política e econômica.
Segundo a consultoria, a qualidade de vida melhorou tanto em Viena quanto em Melbourne, mas Viena se destacou na categoria estabilidade, o que a levou a ultrapassar a rival. Uma diminuição da ameaça de ataques terroristas na Europa ocidental e a baixa criminalidade da cidade ajudaram Viena a subir para o topo do ranking.
Viena e Melbourne tiveram pontuação máxima nas categorias saúde, educação e infraestrutura. Melbourne foi líder no segmento de cultura e meio ambiente, mas o melhor desempenho de Viena no que toca à estabilidade pesou mais no resultado final.
Viena é frequentemente campeã em um ranking da consultoria Mercer sobre qualidade de vida, mas é a primeira vez que fica em primeiro lugar na pesquisa da EIU, que adota o formato atual desde 2004.
A lista das dez cidades com melhor pontuação foi dominada por Canadá e Austrália, que conseguiram emplacar três cidades cada um nas dez primeiras posições. A Austrália se destacou com a cidade de Sydney, em quinto lugar, e Adelaide, em décimo, além de Melbourne. O Canadá marcou presença com Calgary, no quarto lugar, Vancouver, no sexto, e Toronto, que empatou no sétimo lugar com Tóquio, no Japão.
A única cidade europeia no top 10 além de Viena foi Copenhague, na nona posição.
Várias cidades no top 10 são de médio porte e com densidade populacional relativamente baixa. Viena, por exemplo, conta com transporte público barato e eficiente, além de ser repleta por espaços verdes e estar próxima de lagos e vinhedos.
Cidades maiores e densamente povoadas tendem a ter taxas de criminalidade mais elevadas e infraestrutura sobrecarregada. Apesar de oferecerem várias opções de entretenimento e lazer, Nova York (57° lugar), Londres (48°) e Paris (19°), por exemplo, sofrem com maior criminalidade e problemas no transporte público.
Quatro cidades saíram da lista de dez melhores neste ano: Hamburgo, na Alemanha, Helsinque, na Finlândia, Perth, na Austrália, e Auckland, na Nova Zelândia. O motivo não foi uma deterioração da qualidade de vida, mas sim a melhora de cidades concorrentes.
Na outra ponta, a lista das cinco piores cidades para se viver traz principalmente locais afetados por conflitos. Damasco, capital da Síria, ficou na ultima posição, precedida por Daca, em Bangladesh, Lagos, na Nigéria, Carachi, no Paquistão, e Port Moresby, em Papua-Nova Guiné.
A pesquisa, que engloba 140 países, não inclui várias das capitais mais perigosas do mundo, como Bagdá (Iraque) e Cabul (Afeganistão).
PJ/afp/rtr/dpa
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Na era dos smartphones, os relógios de rua perderam a importância de informar as horas – mas muitos deles permanecerão belos para sempre. Em algumas cidades europeias, vale a pena dar uma olhada para cima.
Foto: picture-alliance/Photoshot
Big Ben, Londres
A torre de relógio mais famosa da Europa fica em Londres. Big Ben (abreviatura de "Grande Benjamin", em inglês) é apenas o apelido da torre, que na verdade se chama Elizabeth Tower. Big Ben indica apenas o maior e mais pesado dos cinco sinos. A "voz do Reino Unido" badala a cada hora. Nos próximos anos, no entanto, ela deve permanecer em silêncio, porque a torre está sendo restaurada.
Foto: picture-alliance/dpa/PA Wire/V. Jones
Orloj, Praga
O Orloj, relógio astronômico da antiga prefeitura de Praga, data de 1410 e é uma obra-prima da tecnologia medieval. Diz a lenda que, depois de pronto, os olhos de seus construtores foram perfurados para que o relógio permanecesse único no mundo. Durante os próximos meses, porém, os visitantes perderão o famoso show de marionetes dos doze apóstolos, pois o Orloj também está sendo restaurado.
Foto: picture-alliance/chromorange/Bilderbox
Zytglogge, Berna
Quando se trata de relógios, os suíços não podem ficar de fora. Nenhum outro país é tão conhecido pela qualidade desse produto. É o que também comprova o ponto turístico mais conhecido de Berna: a torre do Zytglogge, ou "relógio do tempo". Ali, galos, bobos da corte e ursos dançantes divertem os passantes desde 1530. A torre propriamente dita é ainda mais antiga, tendo servido também como prisão.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Relógio astronômico, Estrasburgo
Este relógio na Catedral de Estrasburgo também foi construído por relojoeiros suíços, originalmente em 1352. Foi remontado em 1547 e restaurado em 1843. Ao meio-dia vê-se o cortejo de apóstolos, e às 12h30 quatro personagens começam a se mover. Eles passam pela figura da morte, que faz soar um sino de prata, marcando o quarto de hora e as quatro fases da vida: criança, jovem, adulto e idoso.
Foto: picture-alliance/Arco Images GmbH/G. Lenz
Relógio mundial, Berlim
O "Weltzeituhr" ou "relógio mundial" da Alexanderplatz é mais recente. Foi construído na época da Alemanha Oriental pelo designer industrial Erich John e apresentado ao público em 1969. Desde então, tem sido um popular ponto de encontro de berlinenses e turistas. No topo, encontra-se uma maquete simplificada do sistema solar. No cilindro abaixo, é possível ler a hora nos 24 fusos da Terra.
No prédio do Europa Center, em Berlim, encontra-se um relógio menos conhecido, mas não menos interessante. O cronômetro de 13 metros de altura, do ano de 1982, se estende por três andares. Aqui se pode ver como o tempo flui. O nível de líquido verde nas grandes esferas à esquerda indica as horas; nas pequenas bolas à direita, podem ser lidos os minutos.
Foto: picture-alliance/Eibner-Pressefoto
Carrilhão da prefeitura, Munique
Duas ou três vezes por dia, as personagens do carrilhão na prefeitura de Munique fazem sua grande apresentação. As figuras em tamanho real representam dois eventos da história da capital da Baviera: o casamento do duque Guilherme 5°, em 1568, e a dança dos "Fassmacher" (fabricantes de barris) após uma severa epidemia de peste. Apesar de histórico, o carrilhão é operado com energia solar.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Warmuth
O maior cuco do mundo, Triberg
Os relógios de cuco são embaixadores da Floresta Negra, no sul da Alemanha. Não é de se admirar que o maior relógio cuco do mundo possa ser encontrado ali. E na cidade de Triberg. Só o mecanismo do relógio pesa seis toneladas! O cuco também não deixa a desejar – a cada meia hora, o pássaro de madeira de 4,5 metros de altura canta de sua janela no primeiro andar.
Foto: Stadtverwaltung Triberg
Relógio Ankeruhr, Viena
O relógio mais famoso de Viena adorna uma pequena ponte entre as duas alas do edifício Ankerhof na praça Hohe Markt. O relógio foi projetado pelo pintor Franz Matsch. Ao longo de 12 horas, atravessam a ponte doze figuras de cobre da história de Viena. Ao meio-dia, todos os personagens desfilam com acompanhamento musical – incluindo a imperatriz Maria Teresa e o compositor Joseph von Haydn.
A torre do relógio de Graz também ganhou fama. Situado na montanha do castelo (Schlossberg), ele pode ser visto de longe e é um dos cartões-postais da capital austríaca. A particularidade: aqui os ponteiros das horas e dos minutos estão trocados. Porque, originalmente, havia apenas um grande ponteiro para as horas. Mais tarde, foi adicionado um ponteiro menor para os minutos.
Foto: picture-alliance/dpa/Votava
Torre dell'orologio, Veneza
O relógio astronômico na Praça de São Marcos mostra não apenas as horas, mas também o atual signo do zodíaco e as fases lunar e solar. Até a última restauração, em 1998, o "Temperatore" – relojoeiro e vigia da torre – morava com a sua família no edifício. Desde 2006, o relógio passou a ser monitorado digitalmente.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Engelhardt
Casa da Magia, Blois
Embora não se trate de um relógio propriamente dito, estas cabeças de dragão são muito pontuais. Elas aparecem nas janelas a cada meia hora e se movimentam assustadoramente. Atrás da fachada há um museu dedicado à história da magia. Pois, nesta casa, nasceu o famoso mágico francês Jean Eugène Robert-Houdin (1805-1871).