Ela não tem comércio nem transporte público, mesmo assim uma vila com nove casas e alguns galpões perto de Berlim foi adquirida por comprador anônimo. Seu desafio será salvar os prédios antes que virem ruína.
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A pequena vila de Alwine, a cem quilômetros de Berlim e com 20 moradores, foi vendida neste sábado (09/12) por 140 mil euros em um leilão organizado por uma imobiliária de Berlim.
Nos mais de 16.800 metros quadrados ocupados pelo lugarejo, há nove casas e vários prédios secundários, além de casebres e garagens. Por fazerem parte do antigo terreno de uma fábrica, os prédios, construídos por volta de 1900, precisam de reformas urgentes. Muitas casas estão vazias e, outras, alugadas.
Segundo explicou um porta-voz da casa de leilões imobiliários Karhausen, a única pessoa que fez uma oferta foi um comprador que participou por telefone e ofereceu 140 mil euros pelo povoado. O preço inicial havia sido estipulado em 125 mil euros. O comprador anônimo vem da região em torno de Berlim. Sua intenção seria fazer algo de positivo para os moradores de Alwine.
Karhausen anunciou Alwine em seu catálogo como "localidade com características de interior", o que despertou o interesse da mídia e, segundo seu porta-voz, também de compradores, embora no final das contas não tenha havido concorrência na hora da compra.
"Mais de 40 pessoas mostraram interesse, inclusive da Índia", disse Matthias Knake, da casa de leilões Karhausen. As casas que compõem a vila são modestas, têm muitos danos em suas fachadas e problemas causados pela umidade.
Apesar de ficar a cem quilômetros da capital da Alemanha, a Alwine não tem lojas nem é servida por transporte público. Segundo o prefeito Andreas Claus, de uma cidade próxima, as reformas nas casas deverão custar cerca de dois milhões de euros.
A localidade fica perto da cidade de Uebigau-Wahrenbrück, de 5.500 habitantes, no estado alemão de Brandemburgo. Antes da queda do Muro de Berlim, Alwine pertencia à Alemanha Oriental, de regime comunista.
Ali havia uma fábrica de briquetes de carvão, que fechou após a Reunificação alemã, em 1990. Em 2001, dois irmãos de Berlim, um dos quais já morreu, compraram a pequena localidade, mas a deixaram deteriorar.
RW/efe/dpa
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Onde se é mais feliz na Alemanha?
Atlas da Felicidade mostra que especialmente os alemães no leste do país vêm demonstrando aumento nos níveis de satisfação, equiparando-se aos estados no oeste. Saiba onde vivem os alemães mais felizes.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Rehder
Alemães continuam felizes
Pela sétima vez desde 2013, os Correios da Alemanha publicaram o Atlas da Felicidade, ou Glücksatlas, que mede a satisfação de vida dos alemães numa escala de 0 a 10. A satisfação geral alcançou 7,07 pontos - uma leve baixa em comparação com o nível de 2016 (7,11 pontos). Na comparação com outros países da Europa, a Alemanha continua em nono lugar. Na foto, a palavra "Glück", ou "felicidade".
Foto: picture-alliance/dpa
Economia, garantia de felicidade?
A economia registra bom desempenho na Alemanha, e o bem-estar dos cidadãos cresce. Mas, segundo jornais como o "Die Welt", ter sempre mais não é garantia de felicidade. "Os 7,07 pontos são até uma leve piora em relação a 2016. A Alemanha pode ser o motor econômico e a máquina de bem-estar da Europa, mas a satisfação subjetiva dos cidadãos não melhorou por causa disso", diz o jornal.
Foto: Verlagsgruppe Random House GmbH
Os mais insatisfeitos
O estado de Saxônia-Anhalt, onde fica a cidade natal de Martinho Lutero, Eisleben (foto), foi o pior colocado das 19 regiões avaliadas pelo Atlas. A pesquisa levou em consideração critérios como trabalho, renda e saúde. Na Saxônia-Anhalt, os indicadores para a insatisfação citados pelos entrevistados foram o alto nível de desemprego e de pessoas necessitando de cuidados de enfermagem.
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt
Leste alemão fica mais feliz
Em geral, as regiões da antiga Alemanha Oriental comunista registraram aumento nos níveis de felicidade e chegaram mais perto dos estados da antiga Alemanha Ocidental - que costumam ser avaliados como mais felizes. Os alemães do oeste tiveram queda na satisfação: 7,11 pontos (em 2016, foram 7,16 pontos). Na foto, a cidade de Dresden.
Foto: picture-alliance/CHROMORANGE/U. Gnoth
Felicidade no sul e no norte
Regiões no sul e no norte da Alemanha foram as que registraram a maior pontuação no Atlas da Felicidade. O terceiro lugar ficou com o território histórico de Baden. Na foto, o palácio de Karlsruhe, fundado em 1715. A cidade ficou conhecida por ter sido capital do território de Baden e pela sua arquitetura barroca.
Foto: picture alliance/dpa/U. Deck
Sustentabilidade traz felicidade
A pesquisa do Atlas da Felicidade ouviu quase 5.700 pessoas durante o verão europeu. A consulta foi ligada a outra sobre o estilo de vida sustentável, que entrevistou mil pessoas. Na Alemanha, as pessoas se mostram mais felizes quando podem se engajar em causas sociais e ecológicas. Mas muitos rejeitam mudanças na qualidade de vida: apenas 14% pagariam mais caro por produtos recicláveis.
Foto: imago/Eibner
Maior salto
A cidade-estado de Hamburgo alcançou a segunda colocação no Atlas da Felicidade de 2017. Foi o maior salto de satisfação em comparação com 2016: quatro posições. A satisfação dos hamburgueses aumentou 0,08 ponto para 7,28, um resultado que não foi suficiente para chegar aos 7,43 pontos registrados pelo primeiro colocado.
Foto: Mohammad Nassiri
Pentacampeão
É a quinta vez que o estado alemão de Schleswig-Holstein ocupa o primeiro lugar na pesquisa da Deutsche Post. A região mais ao norte na Alemanha tem as pessoas mais felizes do país. O estado, que fica entre o Mar do Norte e o Mar Báltico e cuja capital é Kiel, contraria o clichê do "nortenho ranzinza".
Foto: picture-alliance/dpa/A. Heimken
Felicidade contagia
A felicidade dos habitantes de Schleswig-Holstein também é explicada pelo governo do estado, que diz que a satisfação na região pode ser evidenciada com a "mentalidade do norte da Alemanha e pela proximidade com a Dinamarca, onde vivem as pessoas mais felizes da Europa". Completam o top 5 do Atlas: Hamburgo, Baden, Hessen, Francônia e a região sul da Baviera.