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Violência antissemita na Alemanha teve forte aumento em 2019

10 de maio de 2020

Relatório mostra incremento abrangente da criminalidade politicamente motivada, tanto partindo da direita como da esquerda. Incremento foi especialmente grave nos estados da antiga Alemanha Oriental.

Sinagoga de Halle, Saxônia-Anhalt, palco de atentado em 9/10/2019
Sinagoga de Halle, Saxônia-Anhalt, palco de atentado em 9/10/2019Foto: Reuters/F. Bensch

Em 2019 foram perpetrados na Alemanha 2 mil atos criminosos contra judeus e instalações israelitas, noticiou neste domingo (10/05) o semanário Welt am Sonntag. O mais notório foi o atentado contra uma sinagoga na cidade de Halle, na Saxônia-Anhalt, em 9 de outubro, no Yom Kippur, o mais importante feriado judaico.

Os dados se baseiam no relatório Criminalidade politicamente motivada (PMK), a ser apresentado oficialmente na terça-feira pelo Ministério do Interior e o Departamento Federal de Investigações (BKA).

Em comparação, no ano anterior foram registrados 1.799 atos antissemitas. No total, a criminalidade política voltou a aumentar depois de dois anos de retrocesso: mais de 41 mil atos representou um acréscimo de 14% diante dos 36.062 em 2018.

Desse total, 22 mil foram classificados como criminalidade de direita (+9% em relação a os 20.431 de 2018), e 10 mil, de esquerda (+24% em relação a 7.961). Os ataques contra abrigos de asilados e refugiados permaneceram em nível relativamente baixo, enquanto os crimes de ódio na internet ganharam novo destaque.

Sobretudo em estados da antiga Alemanha Oriental (RDA), o incremento da criminalidade de motivação política foi desproporcionalmente grande. Os recordes couberam a Turíngia (+40%) e Brandemburgo (+52,5%). Este último apresentou a maior incidência de casos desde a introdução do sistema PMK, em 2001.

Segundo o Sindicato da Polícia alemã (GdP), os agressores de motivação política estão agindo de forma cada vez mais radical. "O limiar da violência baixou. Os agressores se tornam mais rapidamente violentos, como expressão de maior autoconfiança, por acreditarem que são socialmente aceitos", comentou ao Welt am Sonntag Jörg Radek, vice-presidente do GdP. "Toda violência, de direita e de esquerda, tem que ser proscrita, seja contra equipes de filmagem e de resgate, ou contra os ocupantes de uma viatura de polícia.

AV/kna,afp,dpa

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