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Visita a Cuba é oportunidade histórica, diz Obama

21 de março de 2016

Ao discursar para funcionários da recém-reaberta embaixada dos Estados Unidos em Havana, presidente americano fala em construir novos laços entre os dois países. Multidão aplaude líder dos EUA durante tour pela cidade.

Kuba Havana Staatsbesuch US Präsident Obama
Foto: Y. Lage/AFP/Getty Images

Obama é recebido com aplausos em Havana

02:08

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido neste domingo (20/03) com aplausos em Havana, onde inicia uma visita de 48 horas a Cuba, após décadas de hostilidades entre os dois países. É a primeira vez que um líder americano visita a ilha caribenha em 88 anos.

Como parte de um tour pela capital cubana, Obama e sua família visitaram a Catedral de Havana. Uma multidão reunida na praça diante da igreja aplaudiu o presidente americano, gritando seu nome. Obama cumprimentou alguns cidadãos cubanos antes de entrar na catedral.

Ao discursar para funcionários da recém-reaberta embaixada dos Estados Unidos em Havana, reunidos num hotel, Obama classificou a visita de histórica. "É uma oportunidade histórica de fazer contato direto com o povo cubano, de estabelecer novos acordos comerciais e de construir novos laços entre nossos povos. E, para mim, é uma oportunidade de apresentar minha visão de futuro, que é mais brilhante que nosso passado."

Após a polêmica envolvendo a ausência do presidente cubano, Raúl Castro, no momento em que Obama aterrissou no Aeroporto Internacional Jose Martí, em Havana, a Casa Branca disse que não há motivo para considerar a ausência uma ofensa.

Ben Rhodes, conselheiro de segurança de Obama, afirmou que a presença de Castro no aeroporto nunca foi considerada ou discutida. Ele afirmou que os cubanos consideram a cerimônia marcada para a manhã desta segunda-feira, com Obama e Castro presentes, o evento oficial de boas-vindas.

A visita teria sido impensável até Obama e Castro concordarem, em dezembro de 2014, em acabar com um distanciamento que começou quando a revolução cubana derrubou um governo pró-Estados Unidos, em 1959. Os dois países reataram as relações diplomáticas em julho passado.

Embargo comercial

Apesar da reaproximação, o embargo comercial imposto pelos EUA durante a Guerra Fria ainda pesa sobre a ilha, com poucas perspectivas de que seja removido pelo Congresso americano, dominado pelo Partido Republicano.

O governo dos EUA, porém, realizou mudanças regulatórias para permitir o comércio e viagens entre os dois países. Depois de Cuba, o presidente americano visitará, nos dias 23 e 24 de março, a Argentina.

Horas antes da chegada de Obama, a polícia cubana deteve dezenas de militantes do movimento dissidente Damas de Branco, criado por mulheres de opositores ao regime comunista, após o desfile que realizam todos os domingos.

Nesta segunda-feira, além da reunião com Raúl Castro, Obama visita o Memorial José Martí. Um encontro com Fidel Castro não está previsto. O momento mais aguardado por muitos em Cuba acontecerá nesta terça-feira, quando o presidente americano fará um discurso, transmitido pela TV, no qual falará diretamente ao povo cubano.

LPF/rtr/ap/efe

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