Os encontros dos deputados Detlef Dzembritzki (SPD), Hellmut Königshaus e Karl Addicks (ambos do Partido Liberal) com o ministro de Refugiados da Autoridade Palestina, Atef Edwan, gerou irritações no governo alemão, nesta quarta-feira (18/05).

"O diálogo com o ministro do Hamas rompe a linha defendida não só na grande coalização, mas também pelo Quarteto do Oriente Médio, de só conversar com o Hamas quando este aceitar a existência de Israel", disse porta-voz para política externa da bancada da CDU, Eckart von Klaeden.

Os deputados que se encontraram com Edwan na terça-feira disseram que se tratou apenas de uma "troca de idéias inoficial, particular". Eles teriam esclarecido mais uma vez as exigências feitas pela União Européia e o Quarteto do Oriente Médio ao Hamas, que a UE considera uma organização terrorista.

Segundo o porta-voz do governo, Thomas Steg, a visita de Edwan – considerado pernosa non grata em Berlim – também irritou a chanceler federal alemã Angela Merkel e o ministro das Relações Exteriores Frank-Walter Steinmeier.

Após um encontro com parlamentares suecos, Edwan teria chegado à Alemanha, através da Noruega, usando o visto obtido no vizinho membro da União Européia. Segundo o jornal Die Welt, o governo alemão havia advertido claramente a Suécia e a Noruega de que Edwan "não é desejado na Alemanha". Em vista disso, a Suécia teria de ter impedido a viagem do palestino para território alemão, escreveu o jornal.

Links relacionados: