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Vitória de Nikolic cria temores de que Sérvia se distancie da UE

21 de maio de 2012

Para surpresa geral, o país balcânico terá um novo presidente: o líder da oposição Tomislav Nikolic. Ele derrotou o pró-europeu Boris Tadic, que concorria à reeleição.

Foto: AP

Embora todas as pesquisas apontassem para a vitória do presidente Boris Tadic, do Partido Democrático, há anos no poder na Sérvia e de tendência pró-europeias, o líder nacionalista da oposição, Tomislav Nikolic, do Partido Sérvio do Progresso, venceu o segundo turno das eleições no país neste domingo (20/05). Foram registrados no pleito percentuais de 49,5% para Nikolic contra 47,4% para Tadic.

A participação nas eleições foi baixa, o que pode ter favorecido Nikolic. Apenas 45% dos eleitores foram às urnas. Além disso, informações extra-oficiais apontam para um total de 100 mil votos nulos. Nas eleições de 2004 e 2008, Tadic concorreu com Nikolic, tendo derrotado o adversário em ambas as vezes.

Ingresso na UE

Nikolic, visto como um político próximo à Rússia e menos simpático à União Europeia (UE), tentou acalmar os ânimos já na noite do domingo. "A Sérvia não vai se desviar do caminho europeu", afirmou o novo chefe de governo diante de seus simpatizantes.

Ele confirmou a intenção, também defendida por Tadic, de que a Sérvia trilhe o mais rápido possível o caminho para o ingresso na União Europeia. No entanto, observadores afirmam que esse caminho não será tão fácil quanto seria sob um governo de Tadic.

Boris Tadic deixa o poder depois de anos no governoFoto: dapd

Nikolic foi, de início, um crítico ferrenho da aproximação do país com o bloco europeu. Tadic, por sua vez, conseguiu fazer com que a Sérvia, isolada política e economicamente, se aproximasse da UE. Desde março deste ano, o país é candidato oficial ao ingresso no bloco.

Assuntos de ordem econômica dominaram campanha

Pela primeira vez nas últimas décadas, a campanha eleitoral na Sérvia não foi dominada pelo conflito nos Bálcãs, mas por assuntos de ordem econômica. Sob o ponto de vista econômico, o país nunca esteve tão mal desde o fim da guerra na região.

A taxa oficial de desemprego é de 24% e a esperança de que empresas europeias criassem subsidiárias no país acabou não se concretizando. Nikolic e seu partido se beneficiaram principalmente da insatisfação das camadas da população que foram mais atingidas pela crise econômica.

O governo de Tadic era bem visto no cenário internacional. Tanto os EUA quanto a UE viam nele a melhor alternativa para garantir a estabilidade política e econômica no país.

SV/dpa/dapd/rtr/afp
Revisão: Alexandre Schossler

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